Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Imaculada Conceição, 08/12

Hoje, Imaculada Conceição de Maria. Por bênção, na segunda semana do advento, a preparação dos caminhos para o Senhor.
Deus age em cada momento. Ao refletir na concepção de Maria, forma do verbo encarnado, sangue que gerou o Cristo no seu ventre, sentimos um chamado à conversão.
Um chamado para abrirmos o coração a Deus e tocarmos sua plenitude em tudo e todos. Para deixarmos que ele nos toque com seu poder.
Um coração aberto é sobretudo um coração humilde, que não almeja as coisas do mundo. Que não se deixa conduzir pelas razões, paixões, bens, vontades e palavras passageiras, mas se encanta pelo eterno. Por aquele cujo tempo não temos como comparar.
Crer na Imaculada Conceição é sobretudo crer na santidade de Deus e na nossa condição de criaturas em íntima ligação com os céus. Ter fé e não desanimar, ter esperança e manter-se unido na caridade, no amor maior.

Os caminhos do Senhor são retos e estão a nossa espera. Ele nos busca. "A Deus, nada é impossível", disse o Santo Anjo Gabriel.  Tudo está pronto. Como responderemos?

" Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1, 37-38), disse Maria.

"Vós sois toda formosa, ó Maria, e o pecado original não vos manchou. ... Intercedei por nós junto a nosso Senhor Jesus Cristo!"

"Ó Deus, que preparastes uma digna habitação para vosso Filho, pela imaculada conceição da Virgem Maria, preservando-a de todo pecado em previsão dos méritos de Cristo, concedei-nos chegar até vós, purificados também de toda culpa por sua maternal intercessão. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!"

Paz e Bem!

domingo, 16 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

Em Assis, OFS tem novo Ministro-Geral

Do site do Conselho Nacional da OFS, Brasil

Tibor Kauser (Hungria, 55 anos), é o novo Ministro Geral da OFS, após o Capítulo Eletivo realizado hoje em Assis (Itália), onde o resto da Presidência do Conselho Internacional da OFS para os próximos seis anos, também foi escolhido (2014-2020).


Tibor, eleito no primeiro escrutínio, foi um membro da presidência anterior, que serviu para os últimos seis anos, o cargo de conselheiro para língua Inglesa. Tornou-se o quarto Ministro Geral da OFS após a venezuelana Manuela Mattioli, a italiana Emanuela De Nunzio e a espanhola Encarnita Del Pozo.
Junto com Tibor, foi eleita como Vice-Ministra Geral, Chelito Nunez (Venezuela); Chelito também fazia parte da presidência anterior, mas sua experiência completa 12 anos como Conselheira da Língua Espanhola.
Em relação aos outros conselheiros, cabe destacar que apenas um deles repete desde a presidência anterior, representando uma grande renovação no Conselho Internacional da OFS. A repetição é Ana Fruk, o ex-conselheira da JUFRA, a mudança de área e vem para representar a Europa-1 Inglês / área alemã.
Attilio Galimberti (Área Europa-2 Inglês / Italiano), Ana Maria Raffo (espanhol Latina Área América), Silvia Diana (Área Português / Espanhol Latino Americano do Sul), Jenny Harrington (Área Inglês North America / África), Agostinho Young (Inglês Ásia Área / Oceania) e Michel Janian (área de Francês) completam os Conselheiros da Presidência e da área.
Finalmente, Andrea Odak (Bósnia e Herzegovina), será a conselheira da Presidência para Juventude Franciscana, que também faz Coordenadora da Juventude Franciscana Internacional.

O novo Conselho da Presidência tomou posse de seu novo serviço em uma missa de ação de graças celebrada na Basílica Superior de São Francisco, presidida pelo Ministro Geral da TOR Fr. Nicholas Polichnowski, que também presidiu o Capítulo Eletivo da Fraternidade Internacional.

Fonte: http://www.ofs.org.br/noticias/item/389-a-nova-presidencia-do-ciofs

sábado, 18 de outubro de 2014

Sobre a família - I

Família em primeira pessoa

Sou Franciscano. Sou Católico Romano. Tenho um Credo. Não foi uma imposição ou circunstância cultural, mas opção. Diante de tantos fatos que escapavam às explicações naturais, foi o único conjunto de ensinamentos sério e coerente capaz de ser posto à prova que encontrei. Poderia então ter sido outro, claro. E é preciso estar aberto para ver que estava errado. Paradoxalmente, essa descoberta do erro é sinal de estar no caminho certo. É bom. Mas até agora, só achei os erros anteriores a essa confirmação.
Esse pensar advém de uma certa curiosidade pessoal que me fez seguir pelo caminho da ciência, da dúvida permanente, da busca de segurança, certeza. Nesse caminho fiz vários cursos nos mais diversos níveis. Há graduação concluída, outra não, cursos de extensão, de aperfeiçoamento, um mestrado, um doutorado, concursos, cursos no exterior, dois pós-doutorados (um ainda em curso). Vivo em um meio com colegas céticos sobre religião, ateus, agnósticos e com crenças as mais diversas, no qual os argumentos contam bastante e o diálogo é sério e respeitoso. Passei a conhecer bem os motivos da negação religiosa, do afastamento do divino, os limites da influência cultural, familiar, entre outros aspectos. E sempre me coloco à disposição para quem tenha algum interesse em saber o porquê do que eu acredito ou por quê eu acredito.
Em primeiro lugar, por Jesus. As demais respostas são consequência.
Família é coletivo de amor. Local onde Deus "nasce" e onde se casa com o seu povo. Mas, como consta no início, dou aqui o meu depoimento pessoal, individual, em primeira pessoa, sobre a família.
Recentemente, vejo acentuadas as críticas, sobremaneira por desconhecimento, acerca da compreensão da Igreja sobre a família.
Em comum, o fato de que os autores das críticas pouco ou nada leram do que a Igreja efetivamente disse. Assim, apresentam idéias errôneas sobre os fatos ou mesclam épocas e informações sem conexão entre si.
O objetivo aqui não deve ser o de uma apologética abrangente e geral, mas de expressar algumas inquietações. Isso é oportuno à vista da realização do Sínodo sobre a Família no Vaticano e diante de inúmeras propostas legislativas no Brasil e no mundo acerca do tema.
Em tudo e sobretudo, minha disponibilidade para estudar junto as perguntas que podem inquietar o coração de quem lê.

Papa no encerramento do Sínodo: "Esta é a Igreja, nossa mãe!"

Papa no encerramento do Sínodo: "Esta é a Igreja, nossa mãe!"



Eu poderia tranquilamente dizer que – com um espírito de colegialidade e de sinodalidade – vivemos realmente uma experiência de “Sínodo”, um percurso solidário, um “caminho juntos”.
E tendo sido “um caminho” – e como em todo caminho -, houve momentos de corrida veloz, quase correndo contra o tempo prá chegar logo à meta; em outros, momentos de cansaço, quase querendo dizer basta; outros momentos de entusiasmo e de ardor. Houve momentos de profunda consolação, ouvindo os testemunhos dos pastores verdadeiros (cf. João 10 e Cann. 375, 386, 387) que levam no coração sabiamente as alegrias e as lágrimas dos seus fieis. Momentos de consolação e graça e de conforto escutando os testemunhos das famílias que participaram do Sínodo e partilharam conosco a beleza e a alegria de sua vida matrimonial. Um caminho onde o mais forte sentiu o dever de ajudar o mais fraco, onde o mais esperto se apressou em servir os outros, mesmo por meio dos debates. E sendo um caminho de homens, com as consolações houve também outros momentos de desolação, de tensão e de tentações, das quais se poderiam mencionar algumas possibilidades:
- Uma: a tentação de enrijecimento hostil, isto é, de querer fechar-se dentro do escrito (a letra) e não deixar-se surpreender por Deus, pelo Deus das surpresas (o espírito); dentro da lei, dentro da certeza daquilo que conhecemos e não daquilo que devemos ainda aprender e atingir. Desde o tempo de Jesus, é a tentação dos zelosos, dos escrupulosos, dos cuidadosos e dos assim chamados – hoje – “tradicionalistas” e também dos “intelectualistas”.
- A tentação do “bonismo” destrutivo, que em nome de uma misericórdia enganadora, enfaixa as feridas sem antes curá-las e medicá-las; que trata os sintomas contra os pecadores, os fracos, os doentes (cf. Jo 8,7), isto é, transformá-los em “fardos insuportáveis” (Lc 10,27).
- A tentação de descer da cruz, para acontentar as pessoas, e não permanecer ali, para realizar a vontade do Pai; de submeter-se ao espírito mundano ao invés de purificá-lo e submeter-se ao Espírito de Deus.
- A tentação de negligenciar o “depositum fidei”, considerando-se não custódios, mas proprietários ou donos ou, por outro lado, a tentação de negligenciar a realidade utilizando uma língua minuciosa e uma linguagem “alisadora” (polida) para dizer tantas coisas e não dizer nada”. Os chamavam “bizantinismos”, acho, estas coisas...
Queridos irmãos e irmãs, as tentações não devem nem nos assustar nem desconcertar e muito menos desencorajar, porque nenhum discípulo é maior do que seu mestre; portanto se Jesus foi tentado – ate mesmo chamado de Belzebu (cf. MT 12, 24) – os seus discípulos não devem esperar um tratamento melhor.
Pessoalmente, ficaria muito preocupado e triste se não houvesse estas tentações e estas discussões animadas; este movimento dos espíritos, como chamava Santo Inácio (EE, 6), se tudo tivesse sido de acordo ou taciturno em uma falsa e ‘quietista’ paz. Ao contrário, vi e escutei – com alegria e reconhecimento – discursos e pronunciamentos plenos de fé, de zelo pastoral e doutrinal, de sabedoria, de franqueza, de coragem: e de parresia. E senti que foi colocado diante dos próprios olhos o bem da Igreja, das famílias e a “suprema Lex”, a “salus animarum” (cf. Can. 1752). E isto sempre – o dissemos aqui, na Sala – sem colocar nunca em discussão as verdades fundamentais do Sacramento do Matrimônio: a indissolubilidade, a unidade, a fidelidade e a ‘procriatividade’, ou seja, a abertura à vida (cf. Cann. 1055, 1056 e Gaudium et Spes 48).
E esta é a Igreja, a vinha do Senhor, a Mãe fértil e a Mestra atenciosa, que não tem medo de arregaçar as mangas para derramar o óleo e o vinho nas feridas dos homens (cf. Lc 10, 25-37); que não olha a humanidade de um castelo de vidro para julgar ou classificar as pessoas. Esta é a Igreja Una, Santa, Católica, Apostólica e formada por pecadores, necessitados da Sua misericórdia. Esta é a igreja, a verdadeira esposa de Cristo, que procura ser fiel ao seu Esposo e à sua doutrina. É a Igreja que não tem medo de comer e beber com as prostitutas (cf. Lc 15). A Igreja que tem as portas escancaradas para receber os necessitados, os arrependidos e não somente os justos ou aqueles que acreditam ser perfeitos! A Igreja que não se envergonha do irmão caído e não faz de conta de não vê-lo, ao contrário, se sente envolvida e quase obrigada a levantá-lo e a encorajá-lo e retomar o caminho e o acompanha para o encontro definitivo, com o seu Esposo, na Jerusalém celeste.
Esta é a Igreja, a nossa mãe! E quando a Igreja, na variedade dos seus carismas, se expressa em comunhão, não pode errar: é a beleza e a força do sensus fidei, daquele sentido sobrenatural da fé, que é doado pelo Espírito Santo para que, juntos, possamos todos entrar no coração do Evangelho e aprender a seguir Jesus na nossa vida, e isto não deve ser visto como motivo de confusão e de mal-estar.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Festa de São Francisco 2014 - Natal


Nossos irmãos menores capuchinhos do Convento de Santo Antônio, Igreja do Galo, convidam para a festa em louvor a Deus pela memória das maravilhas feitas na vida de seu servo Francisco de Assis a partir do dia 25 de setembro até o dia 4 de outubro próximo. O tema será: "afasta-te do mal e faça o bem, procure a paz e faça tudo para alcançá-la".

Não deixe de participar desse especial momento de espiritualidade, vivência e vocação franciscana.

O folder com a  programação completa está disponível no blog do Convento (clique aqui).

Aviso:
"Estamos preparando o almoço dos pobres que acontecerá dia 28 de setembro e ainda aceitando doações: carne, farinha, batata doce, refrigerante. As doações devem ser entregues na portaria do convento, no horário comercial, de segunda à sexta. Dúvidas? ligue 3211 42 36"

Paz e Bem!

Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la

"Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la" (Lc 8, 16). O cristão é chamado, portanto, a ir acender sua luz nas mesas da Palavra e da Eucaristia ("ide vós também para a minha vinha", Mt 20,6) e des-cobri-la; levá-la pelo mundo.

O que podes fazer de bem, devo fazê-lo logo (Pr 3, 28).

Pois é fundamental caminhar sem pecado e praticar a Justiça fielmente; pensar apenas a verdade no nosso íntimo e não soltar em calúnias a língua (Sl 14).

Se nos mantivermos no caminho de Deus, poderemos contar em sermos encontrados por sua misericórdia.

Paz e Bem!

sábado, 6 de setembro de 2014

O que temos, recebemos de Deus. Louvemos ao Senhor.

"quem é que te faz melhor que os outros? Que tens que não tenhas recebido?"

"somos injuriados, e abençoamos; somos perseguidos, e suportamos; somos caluniados, e exortamos"

(1Cor 4, 7, 12-13)


"Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos"

(Sl 144, 21)


"quando estavam sentindo fome [...] Davi entrou na casa de Deus, pegou dos pães oferecidos a Deus e os comeu, e ainda por cima os deu a seus companheiros. [...] “O Filho do Homem é senhor também do sábado”"

(Lc 6, 3-5)


Que o Espírito Santo nos anime nesta caminhada, dê vida verdadeira e nos faça glorificar ao Senhor em nossas vidas reconhecendo Sua superioridade face aos obstáculos do mundo.
Assim seja, assim seja, Amém!

Paz e Bem

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Transformar o mundo em comunhão com Deus

"Como é o barro na mão do oleiro, assim sois vós em minha mão" (Jr 18, 6)

"[É esse o Deus] que faz justiça aos oprimidos, e dá pão aos que têm fome. O Senhor livra os cativos; o Senhor abre os olhos aos cegos; o Senhor ergue os abatidos; o Senhor ama os justos. O Senhor protege os peregrinos, ampara o órfão e a viúva; mas entrava os desígnios dos pecadores." (Sl 145, 7-9)

"Todo mestre da Lei, que se torna discípulo do Reino dos Céus, é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas" (Mt 13, 52)

É esse Deus, que entra em comunhão com sua Igreja, que nos transforma dia-a-dia. E é essa Igreja que precisa estar atenta e seguir os Seus passos para poder também se transformar em luz na terra, a partir do interior de cada um. Converter-se é um convite e um processo para toda a vida.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

"É na vossa luz que vemos a luz" (Sl 35, 10)

Só em Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, podemos encontrar respostas. E na contemplação do mistério sobrenatural da Trindade Divina encontramos o âmago de nossa fé.

"O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo." (CIC 234)

E qual a dificuldade que temos para ver, ouvir, sentir esse mistério? Cristo no-lo diz: "Porque o coração deste povo se tornou insensível" (Mt 13, 15).

E Jeremias profetiza: "Dois pecados cometeu meu povo: abandonou-me a mim, fonte de água viva, e preferiu cavar cisternas, cisternas defeituosas que não podem reter água” (Jr 2, 13). Escutamos, mas não entendemos (Is 6, 9).

Essas são as lições da liturgia de hoje (16ª semana comum, quinta-feira, ano par).

Que maravilhosa comparação.

Há pouco, na liturgia da semana passada (15º domingo comum, ano A), lemos em Isaías que a Palavra de Deus é "como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente"(Is 55, 10), no mesmo dia em que refletimos sobre a parábola do semeador (Mt 13, 1-23); a mesma que, providencialmente, é retomada hoje. Pois bem, a palavra de Deus, semente lançada no coração dos homens, é como a água pura, sobre a qual um vento impetuoso soprava no primeiro dia da criação (Gn 1,2), vento que fez as águas baixarem após o dilúvio (Gn 8, 1) e que separou as águas do Mar Vermelho (Ex 14, 21).
Assim, água e vento são no mínimo duas fortes imagens para a comunicação da mensagem de Cristo, mas que exige uma compreensão própria para cada contexto. Pois, o mesmo vento, enquanto força da natureza que manifesta o poder de Deus, também é o Espírito, que "sopra onde quer, você ouve o barulho, mas não sabe de onde ele vem, nem para onde vai" (Jo 3, 8).

Pois se as graças de Deus são como chuva, que vêm e não voltam sem cumprir sua missão - temos que fazer a bondade de Deus retornar para Ele, do outro lado temos a tentativa vã de reter algo na terra, como quem se afunda cavando cacimbas que podem até reter um pouco de água por um tempo, mas que se esvai com o tempo e não deixa nada em seu lugar. Nessas horas, clamamos por chuva, que vem de graça e que temos de saber aproveitar. São imagens, sabemos que fisicamente todas voltam para o ar. Mas, com a alma, contemplamos a angústia da água que some - apesar de nossos esforços - e comparamos com a alegria da água que vem de cima, às vezes inesperada e sempre desejada. É essa água que sabemos que devemos reter, cuidar e usar da melhor maneira possível.

Portanto, qual o caminho para reter essa água, para ter sempre essa chuva de graças em nosso coração? Como ouvir e entender? Lembremos, "é na luz que vemos a luz" (Sl 35). Então veremos que a Palavra divina é Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (CIC 464-469), e tudo “foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo 1, 3-4)

Temos que ter cuidado para não abandonar a Deus e achar que iremos "cavar" respostas nas coisas que são exclusivamente deste mundo. Antes, temos que santificar o mundo. "Santificado seja o Vosso nome" por nossas obras, que então são vossas, ó Pai!

Por isso, como parte dessa relação entre o terreno e o divino na encarnação e vida de Jesus, do seu lado trespassado jorram “sangue e água” (Jo 19, 34).

A Cristo, o Vento e o Mar obedecem (Mt 8, 27; Mc 4, 41; Lc 8, 25).
Como não deixar nossa alma seguir Seu Espírito Santo?!

E, se as águas deste mundo tentarem nos engolfar, peçamos a Pedro a força e a coragem para dizer "Senhor, salva-me"!

Paz e Bem!

sábado, 19 de julho de 2014

Paciência para curar

"os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos." (Mt 12, 14-15)

Deus dá-nos dons; nossa missão. Sermos autênticos no-los revela. Independentemente de termos uma profissão ou atribuição da qual gostamos - e isso é importante -, apenas o exercício desses dons é que nos deixará perto de Deus e nos amadurecerá no Espírito.
Essa prática da graça divina pode ser na profissão - que sempre deve ser digna - ou não. Podem conviver em separado ou não. E teremos que tomar decisões.
Questões para nós: como eu vejo o mundo? Como quero mudá-lo ou não? Como eu me contento com o mundo, com o que tenho? O que isso pode revelar o que tenho de bom? E no que essa resposta é ruim?
São passos num encontro profundo com Deus, para daí, sem rótulos, sem limitações tipo "não coma espigas no sábado", sem ter que fazer escolhas padrões (emprego, vida social, realização etc), ver como me realizo e glorifico a Deus na simplicidade do dia-a-dia. É o caminho que tenho seguido para fugir dos momentos em que sou o irmão do filho pródigo que procura o excepcional, a grande festa, mas é incapaz de ver o pai a seu lado o tempo todo.
"Por que me procuráveis?..." (Lc 2, 49), diz o Senhor.

Paz e Bem!

"O Senhor torna-se refúgio para o oprimido, uma defesa oportuna para os tempos de perigo.
Aqueles que conheceram vosso nome confiarão em vós, porque, Senhor, jamais abandonais quem vos procura.
[...]
Senhor, ouvistes os desejos dos humildes, confortastes-lhes o coração e os atendestes.
(Sl 9, 10-11.38[17])

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A coragem para semear



Na sua paixão, carregando a cruz, Cristo lembra a profecia de Oséias: dirão às montanhas “caí sobre nós” (Lc 23,30; Os 10,8; Ap 6, 16)!

Uma profecia de fundo rural, agrário, na simplicidade do povo. “Semeiam ventos, colherão tempestades” (Os 8, 7) Plantemos Justiça, aremos o amor”! Diz o profeta:

Semeiem conforme a justiça e colham o fruto do amor. Cultivem um campo novo, porque é tempo de procurar a Javé, até que ele venha e faça chover sobre vocês a justiça. Vocês cultivaram a impiedade e por isso colheram a injustiça e comeram o fruto da mentira. (Os 10, 12-13)


A divisão, a separação, a falta de crença num só Deus, levou à desestruturação do povo de Deus. Por isso, a vergonha o cobriria, e pensaria que melhor seria se os montes caíssem sobre ele. Eis o primeiro mandamento violado:

Peçam a Javé as chuvas temporãs e tardias, pois Javé envia relâmpagos e chuva forte, dando a erva para cada um no seu campo. Pois os instrumentos de adivinhação dizem coisas vãs, os videntes só enxergam mentiras, contam sonhos fantásticos e dão consolo sem valor: por isso, o povo anda vagando, perdido, como ovelhas sem pastor. (Zc 10, 1-2)

Então Miquéias disse ao rei: “Estou vendo Israel espalhado pelas montanhas, como ovelhas sem pastor.” (1Rs 22, 17; 2 Cr 18, 16)

Por falta de pastor, minhas ovelhas se espalharam e se tornaram pasto de feras selvagens […] Elas não têm pastor, porque os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho: ficam cuidando de si mesmos, em vez de cuidarem do meu rebanho […] Providenciarei um só pastor para cuidar das minhas ovelhas. Será o meu servo Davi. Ele cuidará delas, e será o seu pastor. Eu, Javé, serei o Deus delas, e o meu servo Davi será o seu chefe. (Ez 34, 5.8.23)


São essas as ovelhas que Cristo vê (Mt 9, 36; Mc 6, 34). Ovelhas separadas em meio à descrença semeada e, por muitos motivos, sem condições de amar e que precisam de um pastor (cf. Jdt 11,19).

E hoje, será que vejo o sofrimento do outro e prefiro me esconder em vez de assumir minhas dificuldades e levá-las adiante em busca da redenção? O que eu semeio? O que eu trago para junto das pessoas que estão cotidianamente ao meu redor? Eu planto amor, mansidão, tranquilidade? Ou despejo fardos pesados para os outros? (Mt 11, 29-30)

Muitas vezes, ignoramos o poder de pequenos atos e lançamos fora as sementes porque não são frutas. E assim nunca o serão.

Às vezes, aceitar verdades é essa pequena semente.

Preciso ter condições de ver as ovelhas sem pastor. Em casa, no trabalho, na rua, no mundo. Preciso me oferecer para o trabalho e procurar as ovelhas perdidas e ajudar (Mt 9, 38; 10, 6), como instrumento de Cristo, a tirar delas o mal, as doenças.


“Eu sou o bom pastor […] haverá um só rebanho e um só pastor.” (Jo 10, 11.16)


“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6, 3; 2, 16)


Paz e Bem!


Procurem Javé e sua força, busquem sempre a sua face. (Sl 104, 5)
O profeta está louco, o homem inspirado delira. À enormidade de teu pecado junta-se a de tua perseguição. (Os 9, 7)




sábado, 5 de julho de 2014

Orar, ter fé, não temer

Essa semana lembramos São Tomé! Se Cristo se entrega por nós, ainda que pecadores, o seu convite é tudo que gostaríamos de ouvir: toca-me! Sinta-me! E ainda que não saibamos para onde ir, Ele nos diz: "Eu Sou o Caminho". Tudo isso, Cristo disse a Tomé, que conclui: "meu Senhor e meu Deus". Mas, para Cristo-vida, o apóstolo disse: morramos por Ele! E, como disse São Paulo, assim viveremos.
Tomé é o ser humano em sua dúvida. Mas é sua fé racionalizada que dá espaço para a manifestação de Deus. Cristo vem ao seu encontro, repreende-o e, ao dizer das felicidade de quem crê sem ver, chama a atenção para o fato de que estar com Ele deve ser sinal de serviço e adoração, não de privilégio ou poder mundano: felizes pois que não estão comigo humanamente, mas acreditam! E acreditar é agir como Jesus.
Esse será feliz. Esse que não depende de ver. Ainda que apenas após as dúvidas, os sofrimentos, por Seu Amor, tenha sentido a grandiosidade de um Deus que se fez homem e veio resgatá-lo.
A oração deve ser parceira constante. Sem ela, vamos nos afundar na dúvida, na dificuldade em crer. E Maria, cuja veneração agrada tanto ao seu Filho, é quem docemente nos espera na cruz, concebida que foi para trazer o Salvador. Ela nos mostra o caminho.
E assim aprendemos que o sofrimento não apenas não é decidido por nós, nem como o esperamos. O mal nos prende a coisas mundanas e nos gera medo de perdê-las para Deus. O Filho do Homem não tem onde encostar a cabeça, mas qual o Pai que não dá coisas boas a seu Filho, qual o lírio que não é bem vestido? Qual a mãe que não adorna com carinho os presentes e ofertas que um filho dá a seu Pai?
Haverá a cruz de nossa missão, a morte para o mundo, não sofrimento, mas glória de Deus.
Por isso, uma adoração cada vez mais inteira a Deus é fundamental para o encontrarmos nas pequenas coisas da vida.
Devemos aceitar Cristo a se oferecer e anos dar a mão. A mostrar o caminho nos pequenos detalhes, coincidências.
E, sobretudo, quando formos incrédulos com o que não está de acordo com o quer poderíamos esperar, saber que Cristo vem para os doentes, pós pecadores. Quando temermos pelo que é do mundo e, em verdade nem mais nos interessa, seguramos em sua mão, por nossa pouca fé.
Aceitar essa misericórdia divina é um grande e difícil passo. Culpar-se é mais fácil.
Mas Deus não nos quer sob o domínio do erro! A esses Ele diz, "afasta-te de Mim". Mas podemos lembrar o que Ele diz à pecadora perseguida pela multidão com pedras: Eu te mostro o meu Amor e compreensão, agora "vá e não peques mais"! Vá e não peques mais!
E, Maria, como fazer isso? "Faça o que Ele diz"! Estejamos sempre no caminho, sem fugir para os barrancos traiçoeiros. A todo instante, examinemos nossas ações.
Não pensemos em metas desnecessárias, em consequências divinas. Apenas tomemos a cruz em cada momento, façamos o que Jesus faria.
A Pedro, ao jovem rico, a discípulos, a todos, o Cristo diz e repete: "segue-me". "Quanto a você, siga-me"!
E os medos? E os que temos de enterrar, e o que pode ficar para trás?! "NADA te perturbe"! Deus não passa.

Paz e Bem!

domingo, 29 de junho de 2014

O CHAMADO DO SENHOR

Este é um período feliz, rico, para reflexões diante de tantas celebrações. No mês em que comemoramos popularmente Antônio, João Batista e Pedro, também temos nossas orações voltadas para outros aspectos do chamado divino.
A festa do Sagrado Coração de Jesus nos mostra um Cristo que chama a si os fatigados, os injustiçados, os que buscam a bem-aventurança em um mundo de tribulações. É como se dissesse: "Venham! Meu jugo é suave, meu fardo é leve... não vêem?!" Será que não seremos capazes de acreditar no Senhor? Será que minha vida, na luta para levar Cristo ao outro, não enfrenta dificuldades?
E Maria, ao celebrarmos seu Imaculado Coração, se mostra não apenas a Escolhida por Deus, mas aquela que o Criador, desde o início dos tempos, preparou, como criatura, para ser sua primeira morada neste mundo, o primeiro Tabernáculo do Senhor, como lembra São Francisco.
E o que nos diz Maria? "Façam o que ele diz!" Ela, com o casto São José, encontram Jesus no templo, e ele nos indaga, diante de nossas dúvidas "não sabíeis onde eu deveria estar?!"
Vejamos bem, Ele nos chama e Ele nos diz que sabemos onde encontrá-lo! Basta procurarmos com calma, refletindo em nosso coração.
Mas o que ele quer com isso nos é mostrado hoje, na Festa de São Pedro e São Paulo.
Ele liberta Pedro das cadeias para que se ponha a caminho, ainda que não acredite nas benesses de Deus. Paulo compreende que o importante é "combater o bom combate". E é em comunidade que Cristo ergue a sua Igreja, diante do testemunho de Pedro, "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo" (Mt 16, 16), e deixou claro a todos que o ouviam que o mal jamais prevalecerá sobre ela!
Paciência, temor, e a fé mostrará a profundidade da fundação em Pedro.
Ponhamo-nos a caminho! Sejamos testemunhas desse amor de Cristo pelo mundo!


"Bendirei continuamente ao Senhor, seu louvor não deixará meus lábios. Glorie-se a minha alma no Senhor; ouçam-me os humildes, e se alegrem. Glorificai comigo ao Senhor, juntos exaltemos o seu nome. Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores."
(Sl 33, 2-5)

Paz e Bem!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Ver a Cristo neste mundo: Corpus Christi!

Ó Deus, que neste dia eu saiba ver o Corpo do Senhor que sua Mãe Santíssima nos apresenta no Espírito Santo. Que eu saiba apreciar a minha cruz e saber que não sou eu que a escolho, mas Deus. Que ela não é dor, mas caminho de salvação. E que, na humildade, eu não a verei em meio a sofrimentos, mas alegrias. Pois eu a recebi no Caminho e assim posso discerni-la: não é o que causa dor somente ou o que serve de motivo para me afastar - numa troca injusta, mas o que me aproxima e me torna Corpo e Sangue de Cristo no mundo. Amém!

Tu és minha vida, outro Deus não há, Senhor!

"São hoje em dia réprobos todos aqueles que - embora vendo o sacramento do corpo de Cristo que, pelas palavras do Senhor, se torna santamente presente sobre o altar, sob as espécies de pão e vinho, nas mãos do sacerdote - não olham segundo o espírito e a divindade, nem crêem que se trata verdadeiramente do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo." (São Francisco, Admoestações, n. I)

terça-feira, 6 de maio de 2014

Saudades da Irmã Eulália



Hoje a Fraternidade se despede corporalmente em oração de nossa querida Irmã Eulália, modelo de simplicidade, caridade, pobreza, pureza e obediência.  Elevemos nossas preces a Deus para que a acolha com seus santos pela intercessão de Francisco e Clara. Aos céus nós pertencemos, ao Senhor da misericórdia. Sua alma esperou no Senhor, e a irmã morte a recebe na glória.
Em vida, construiu testemunho da presença de Cristo na Terra e sinal de Amor para a Ordem. Seu carinho continuará em nós. A próxima alvorada será de alegria eterna.

Paz e Bem!

domingo, 27 de abril de 2014

Festa da Divina Misericórdia


"A tua tarefa e obrigação é pedir aqui na Terra a misericórdia para o mundo inteiro. Nenhuma alma terá justificação, enquanto não se dirigir, com confiança, à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia. Faço-te dispensadora da Minha misericórdia. Diz ao teu confessor que aquela Imagem deve ser exposta na igreja, e não dentro da clausura desse Convento. Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela" (D. 570); "Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate. A Minha misericórdia é tão grande que, por toda a eternidade, nenhuma mente, nem humana, nem angélica a aprofundará. Tudo o que existe saiu das entranhas da Minha misericórdia. Toda alma contemplará em relação a Mim, por toda a eternidade, todo o Meu amor e a Minha misericórdia. A Festa da Misericórdia saiu das Minhas entranhas. Desejo que seja celebrada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa" (D. 699); "Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a Santa Comunhão na Festa da Minha misericórdia" (D. 1109).

domingo, 6 de abril de 2014

Jornada de Formação

Hoje a Fraternidade realiza sua primeira jornada de formação do ano.  E a convivência fraterna dá a tônica das reflexões, estudo, oração e meditação.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Papa aos políticos: "Pecadores serão perdoados, corruptos não"

De New.Va: Papa aos políticos: "Pecadores serão perdoados, corruptos não"



Cidade do Vaticano (RV) – Cerca de 500 políticos, entre deputados, senadores e ministros do governo italiano participaram, às 7h desta quinta-feira, da missa celebrada pelo Papa Francisco no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro.
Os Presidentes da Câmara e do Senado, Laura Boldrini e Pietro Grasso, lideraram o grupo. O convite foi feito no início de fevereiro pelo capelão de Montecitorio (sede do Governo), Mons. Lorenzo Leuzzi, “atendendo a desejo do Papa de acolher os pedidos de muitos parlamentares que queriam participar de sua missa da manhã”.
Em sua homilia, Francisco lembrou que nos tempos de Jesus, a classe dirigente havia se afastado do povo, o havia ‘abandonado’ por ser corrupta e incapaz de enxergar além de sua ideologia.
Interesses partidários e lutas internas: nisso pensavam aqueles que comandavam, ao ponto que quando Messias apareceu diante deles, não o reconheceram e o acusaram de ser um curandeiro do bando de Satanás”....Para continuar, clique aqui: Papa aos políticos: "Pecadores serão perdoados, corruptos não"

sábado, 22 de março de 2014

OFS dá início as jornadas de formação 2014


No próximo dia 06, a Fraternidade São Francisco realiza a sua primeira jornada formativa deste ano. Cerca de dez pessoas se preparam para a a profissão definitiva. De acordo com os estatutos da OFS, os vocacionados à vida franciscana passam por um período formativo mínimo de três anos, sendo um ano para iniciação e dois para a formação. Na profissão, o candidato renova as promessas do batismo e afirma publicamente o compromisso de viver o Evangelho no mundo, segundo o exemplo de São Francisco e a Regra da Ordem. Os interessados podem entrar em contato pelo blog ou pelo e-mail: vocacional.ofs.natal@gmail.com 

Gente Precisa Amar

Gente não tem precisão de amor. A gente tem precisão de amar. Carece de viver o significado da palavra, não basta fazê-la.
Amar não apenas romanticamente, mas, sobretudo, amar por amor. É preciso ver o outro como uma continuidade de nós mesmos. Sem ele, não haveria diálogo. Ou seria um louco monólogo ou uma solidão desesperada por sentido.
A melhor campanha seria esta: “eu amo”. Eu amo. Sem por quês ou porques. Sem quem nem alguém. Amar como estado de espírito. Amar como movimento em direção ao outro e na busca de si mesmo.
Em vez de se preocupar com as dificuldades em tratar bem o inimigo, não colecionar rancores, perdoar o outro ajudando-o, uma perspectiva diversa.

Amar o outro como vigiar-se, protegendo-se das fraquezas do desamor. Sem esperar, mas uma busca onde se encontrar é se perder no infinito.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Divulgado logotipo e lema da viagem do Papa à Terra Santa, em maio






De News.va: Divulgado logotipo e lema da viagem do Papa à Terra Santa, em maio






"Ut unum sint ("que todos sejam um") é o lema escolhido para a próxima viagem do Papa Francisco à Terra Santa – anunciou o site que também informa dos trabalhos da última assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, que teve lugar a 11 e 12 do corrente mês de Março, em Tiberíade. Nesta reunião os responsáveis das comunidades católicas em Israel, Palestina, Jordânia e Chipre apresentaram o logotipo e o lema para a peregrinação do Papa, programada para 24 a 26 Maio.



O lema da peregrinação "refere-se àquilo que que o Papa considera ser o coração da sua viagem, ou seja, o encontro com o Patriarca Ecuménico Bartolomeu e os responsáveis das Igrejas em Jerusalém". Como se sabe, o Papa Francisco e Bartolomeu vão se encontrar na Basílica do Santo Sepulcro para comemorar e renovar o desejo e a nostalgia de unidade entre os cristãos expressa pelo Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, em Jerusalém, há cinquenta anos atrás.



Na mesma linha vai o logotipo da viagem, que propõe o abraço entre os dois Apóstolos irmãos, Pedro e André, os primeiros a serem chamados por Jesus na Galileia, e respectivamente padroeiros da Igreja de Roma e da de Constantinopla. Na Igreja mãe de Jerusalém (segundo a imagem proposta pelo logo) os dois abraçam-se, dentro do barco que representa a Igreja universal, e que tem como mastro a cruz do Senhor, enquanto que as velas da embarcação são enchidas pelo vento, o Espírito Santo, que dirige o barco na sua navegação pelas águas deste mundo, um modo, enfim, de dar forma ao desejo expresso pelo Senhor na Última Ceia - "que todos sejam um só" (Jo 17, 20-23)."

Maiores informações sobre o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, católico ortodoxo, podem ser encontradas em: http://www.ecclesia.com.br/patriarcado_ecumenico/index.html

quarta-feira, 19 de março de 2014

OFS marca presença no aniversário de sacerdócio do pároco

A Fraternidade São Francisco participou, na tarde de hoje, da missa em ação de graças dos 13 anos de Vida Sacerdotal do pároco do bairro Flávio Herculano. As comemorações aconteceram na  Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação.

domingo, 16 de março de 2014

Fraternidade acolhe novo iniciante

Na manhã de hoje, João Santana foi admitido na iniciação do processo formativo da Ordem. A Formação tem a duração mínima de três anos. Os interessados podem fazer contato pelo Blog ou pelo e-mail: vocacional.ofs.natal@gmail.com .

sábado, 15 de março de 2014

A liberdade e o próximo

"Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para seguires os seus caminhos, e guardares seus preceitos, mandamentos e decretos, e para obedecerdes à sua voz." (Dt 26, 17).

"Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos" (Mt 5, 44-45).

Cristo não convida a um relativismo, como se os nossos comportamentos fossem indiferentes para Deus. Não, Ele convida para uma prática deliberada e desinteressada de Amor ágape.

Toda a criação resplandece a beleza e a grandeza divinas. É retornar ao pecado tentar fazer divisões entre os merecedores da nossa atenção (e o amor que demonstramos apenas provém de Deus) e da nossa distância. Cristo veio para os necessitados desse Amor. E como seus embaixadores, não podemos limitar sua entrega.

"A imagem divina está presente em cada homem" (CIC 1702) e seu sinal é a liberdade. E é assim, com seu uso responsável, que poderemos alcançar a felicidade para a qual somos convidados.

Estamos no mundo porque fomos escolhidos por Deus. Vamos fazer bom uso de nossa liberdade. O convite de Deus é aberto. Portanto, se nossa escolha por seguir a Deus é livre, precisamos estar atentos ao significado desse "sim" para não nos perdermos no caminho das paixões desordenadas e do egoísmo estéril.

Paz e Bem!

domingo, 9 de março de 2014

Momento de fraternidade

Comemoração na OFS

Hoje comemoramos o aniversário do irmão formando Sesiom Silveira no salão do Convento. Os convidados ofereceram presentes na forma de doações em alimentos para a Ronda Paz. E como o aniversariante lembrou, "as portas estão abertas todos os dias para receber doações", pois a fome não será apenas hoje. Paz e Bem!

quinta-feira, 6 de março de 2014

Atualizações do Blog

Caros irmãos, aos poucos nosso Blog adquire mais conteúdo. Fiquem à vontade para enviar seus textos e notícias que compartilhem do mesmo espírito franciscano que impulsiona sua manutenção.

Algumas alterações foram feitas recentemente. Visite-as e indique aos seus amigos nas redes sociais. Assim poderemos aumentar a presença da mensagem de Deus nas comunicações eletrônicas.

Novidades: substituição do link de áudio por um vídeo com a "Oração de São Francisco", inserção de link animado para a Exortação Evangelii Gaudium - com mensagem inicial extraída da mesma, novos caminhos de sites (Centro Franciscano de Espiritualidade, Escola Franciscana de Meditação e Digital Franciscans).

Participe! Sugira temas nos comentários e dê sua opinião sobre o Blog. Diga, por exemplo, se há algum assunto interessante para o qual poderíamos disponibilizar um link?

Por fim, eis a nota que foi postada pelo Blog Digital Franciscans, que reúne links de movimentos e fraternidades, num saudável exercício de conhecimento da família e do trabalho franciscanos:



("nosso primeiro link para uma Fraternidade OFS sul-americana!")


Que bom viver a alegria do encontro franciscano!


Paz e Bem!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Campanha da Fraternidade 2014: Fraternidade e Tráfico humano

Iniciamos nesta Quaresma mais uma Campanha da Fraternidade. Desta vez, somos levados a refletir sobre aqueles cuja dignidade é violentamente tirada. Muitas vezes, por não ouvirmos suas vozes somos nós também que perdemos nossa humanidade.
Faça a campanha da Fraternidade em sua família, sua Igreja Doméstica, se possível, convide seus vizinhos.
Paz e Bem!

No meu itinerário Franciscano III

A Liturgia do último domingo (Ano A, 8º domingo comum, Mt 6, 24-34) apresenta trecho do Evangelho que muito marcou minhas juvenis reflexões de infância e adolescência.
  • Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro
  • Quem de vós pode prolongar a duração da própria vida, só pelo fato de se preocupar com isso?
  • Não vos preocupeis com a vossa vida, com o que havereis de comer ou beber
  • Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo.
Este é mais um relato do que um estudo, então pode ser que passagens mais adequadas ao aprofundamento ou sua melhor compreensão não estejam mencionadas aqui. Esses são trechos que me marcaram e representam, de certa foram, um convite de Deus.

Não sei se a leitura que fiz à época e, mais que isso, o modo como apliquei à minha vida foram os mais consentâneos com a Boa Nova, mas sei que foram fundamentais para construir o caminho que hoje sigo na Ordem Franciscana Secular. É verdade também que outros chamados ocorreram, mas irei aos poucos relatando-os neste itinerário franciscano.

Através desse exame retrospectivo, pude entender que nem sempre compreendemos os desígnios exatos ou o que Deus nos reserva. Apenas com o tempo é-nos dada a graça de contemplar a grandiosa participação do Pai em nossas vidas.

Minha forma de viver é marcada por esse excesso de preocupação que tanto ocupa o lugar de Deus em nossas vidas e nos conduz ao sofrimento e ao pecado. A criança já sabe disso.

E a inexplicabilidade da fé nos deixa ver que isso não se trata de mera conjectura de nossa compulsão para ver de modo positivo um conjunto desordenado de fatos em nossa existência, mas um mistério divino. Como explicar a um não crente a certeza que nos invade a alma, a sensação da presença de Deus, diante de tantos argumentos químicos, fisiológicos, psicanalíticos, da luta pela construção de uma "normalidade"?

Sobram-nos a convicção, os milagres, o testemunho. Sobra-nos tentar brandir a obviedade da existência de Deus para os irmãos a quem, como Paulo nos lembra, somos enviados como Embaixadores de Cristo (2Cor 5, 20).

Muitas vezes recebi de Deus pela boca de outro a pergunta: "por quê você crê?". Quando não, recebi a admiração por uma conduta consentânea com a crença em Deus - ainda que não possa ser modelo de revelação cristã: "você crê?!". Para muitos, a instrução que Deus, por meus pais, oportunizou deveria ser suficiente para afastar a crença em Deus ("Muitos olhavam para mim como para um prodígio, porque eras tu o meu abrigo seguro"; Sl 71, 7) - ainda quando eu sentia que me afastava de Deus. E também não poucas vezes a fé foi vista como extrapoladora daquele limite das convenções sociais, como se houvesse um limite para ser levada a sério - mesmo quando os outros a levassem dentro desse limite.

Mas havia algo a mais no que acreditar. Não há limites para o Amor de Deus nem para a entrega a Ele. Não há um ponto onde eu coloco o meu querer em seu lugar, o mundo quando Ele já não me pareça proporcionar suficiente prazer.

Por que creio

Há duas perguntas aí. Por que crer em Deus. Por que crer em Cristo.
Um apego racional faz com que nos refugiemos em tentativas de explicar para o outro, como se isso pudesse convencê-lo por si só (a fé é dom gratuito e sobrenatural de Deus), a existência de um Ser criador e não criado. Difícil, ainda que grandes Santos tenham construído significativas e portentosas explicações; quase sempre ignoradas pelos críticos.
Já o crer em Cristo e o ser católico são intimamente relacionados.
Acima de tudo é preciso dizer que creio na liberdade, na união, na Paz, na vida em Fraternidade.
Os católicos são perseguidos em todo o mundo e não será diferente nos locais em que gozem de mais liberdade. Tudo por pregarem a liberdade e o Amor como sinal de vida entre os homens.
Há muita incompreensão e perguntas falaciosas.
Argumentos que, na maioria das vezes, senão na totalidade, não resistiriam a leitura e conhecimento de documentos da Igreja.
Sigo a Cristo em primeiro lugar e, como me ensinou meu primeiro assistente espiritual, sigo a Doutrina que melhor permitir isso. Não encontrei ainda uma mais perfeita que a Católica.
Sou católico por opção, não por conveniência, não por influência familiar, mas por estudo e por chamado de Deus.  Isso é de certa maneira uma falha em minha conversão, mas foi assim que cheguei e só posso pedir a misericórdia de Deus.
Querer negar a Trindade, a eucaristia, a encarnação é uma tentativa que não encontrou ainda respaldo nem no exercício das mentes cultas nem na ciência - basta ver a análise dos milagres mais significativos.
Confirmações científicas de fatos bíblicos, por sua vez, apenas mostra o que já era comprovadamente sabido há milênios por transmissão do Santo Espírito. São como reproduções em laboratório de fenômenos naturais. A natureza já fazia; agora é preciso saber um porquê fazer. E não será retirando a religião que esse porquê surgirá.
Mas, como rezamos, "é melhor compreender que ser compreendido". E, nesse patamar, prefiro muitas vezes não responder por quê eu creio, mas sim, indagar: você quer crer?
O catolicismo é uma forma de vida prática pautada pelo amor a Deus e ao próximo. Assim, mais proveitoso é perguntar-se pelo que pode ser feito para ajudar o outro. Como Deus, através de nós, pode agir em sua vida.

Paz e Bem!

Quarta-feira de cinzas

Hoje é dia de um convite especial. Todos os dias somos convidados à alegria, à oração, à caridade, à abstinência dos prazeres vazios e vãos. Mas hoje há um convite à conversão. Há um convite para uma alegria, uma oração, um coração mais puro e mais verdadeiro.

A isso se destina o terceiro mistério da luz no Santo Rosário, do Reino já personificado no Cristo, segundo o Beato João Paulo II (Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae):

"a pregação com a qual Jesus anuncia o advento do Reino de Deus e convida à conversão (cf. Mc 1, 15), perdoando os pecados de quem a Ele se dirige com humilde confiança (cf.Mc 2, 3-13; Lc 7), início do ministério de misericórdia que Ele prosseguirá exercendo até ao fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à sua Igreja (cf. Jo 20, 22-23)".

Então é um convite não apenas à verdade, mas nessa Páscoa anual, para a Grande Quaresma cristã. Toda a comunidade de Amor, como corpo místico de Cristo, reunida em torno de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo; especialmente pela cruz de Cristo.

O catecismo da Igreja Católica reforça da seguinte forma essa oração conjunta da assembléia, ao trazer lição de São João Crisóstomo (CIC 2179):

"Podes também rezar em tua casa; mas não podes rezar aí como na igreja, onde muitos se reúnem, onde o grito é lançado a Deus de um só coração. [...] Há lá qualquer coisa mais: a união dos espíritos, a harmonia das almas, o laço da caridade, as orações dos sacerdotes".

Todo um povo, unido em pensamento, coração e forças, voltado para a conversão e preparação para a presença do Reino ("Venha a nós o Vosso Reino") quando da vinda de Cristo.
Hoje somos convidados às cinzas que dão início ao tempo litúrgico da Quaresma.
Período propício às bênçãos. Dia de Penitência e, por isso, de alegria. Pois ela nos aproxima do Pai.
Portanto, toda penitência precisa ter sentido, precisa ser orientada para Deus, seja o jejum, a esmola ou a oração.
Muitos optam pelo jejum. Mas de nada adiante se abster de deleites mundanos apenas temporariamente, quiçá por uma saúde corporal, se esta não estiver acompanhada de perto pelo de desejo de ofertar seus benefícios a uma vida digna. E de nada adiantará, após o período da quaresma, retomar a prática dos mesmos hábitos pecaminosos.
O jejum alimentar, como caminho de salvação e entrega do corpo a Deus, deve ser feito pelo menos na quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa, e se constitui em uma alimentação moderada, leve, três vezes ao dia, apenas. Fundamental é que identifiquemos o que é pecado ou nos leva ao pecado e nos abstermos desse comportamento, seja alimentar ou não.
É preciso adotar pensamentos que convertam, que propiciem uma mudança de vida voltada para o caminho apontado por Cristo:

  • As práticas de piedade e caridade são particularmente valiosas para nos levarem ao encontro de Cristo no outro.
  • A oração será uma grande aliada para deixarmos que Deus nos diga como mudarmos nossa vida.
  • E a abstinência de tudo aquilo que nos afasta Dele será motivo de verdadeira alegria.


Onde estão minhas preocupações? O que me tira a Paz? O que me afasta de Deus?

Não devo colocar essas respostas no outro.

Pois é o meu coração que o Senhor quer (Sl 49, 12, "Se tivesse fome, não precisava dizer-te, porque minha é a terra e tudo o que ela contém"; Sl 50, 19, "Meu sacrifício, ó Senhor, é um espírito contrito, um coração arrependido e humilhado, ó Deus, que não haveis de desprezar").

Por isso, na sua Carta a um Ministro, Francisco de Assis disse: "que não haja nenhum frade no mundo, que tenha pecado tanto quanto puder pecar, que, depois que tiver visto teus olhos, nunca se retire sem a tua misericórdia, se buscar misericórdia"; n. 9). Pois também no outro experimentamos a misericórdia de Deus: "E assim queiras e não outra coisa. E que isso seja ti obediência verdadeira do Senhor Deus e minha, porque sei firmemente que esta é a verdadeira obediência. E ama aqueles que te fazem isso. E não queiras outra coisa deles senão o que o Senhor te der." (n. 3 a 6)

Paz e Bem!

As cinzas

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

UM SANTO ORGULHO, por Dom Fernando Rifan

Dom Fernando Rifan: UM SANTO ORGULHO:             Diante dos ataques contra a Igreja por causa da fraqueza humana e queda de seus membros, especialmente nos EE UU, cito trechos ...

O CARNAVAL, por Dom Fernando Rifan

Dom Fernando Rifan: O CARNAVAL:              Estamos próximos do Carnaval, atualmente uma festa totalmente profana e nada edificante. Ao lado de desfiles deslumbrantes das escolas de samba, com todo o seu requinte, riqueza de detalhes, fantasias fascinantes, desperdício de dinheiro, exposição de luxo, vaidade e também despudor, presencia-se paralelamente uma verdadeira bacanal de orgias e festas mundanas, cheias de licenciosidade, onde se pensa que tudo é permitido. Nesses dias, a moral vem abaixo: até as pessoas mais sérias se mostram debochadas, a imoralidade e a libertinagem campeiam, a pureza perece e a tranquilidade desaparece. Infelizmente, há muito tempo que o Carnaval deixou de ser apenas um folguedo popular, uma festa quase inocente, uma brincadeira de rua, uma diversão até certo ponto sadia. ...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Papa Francisco cria 19 novos cardeais

O papa Francisco criou 19 novos cardeais no último domingo (23/02/2014) em solenidade que contou com a presença do Papa Emérito Bento XVI.
Disse o papa na ocasião: “Jesus não veio a nós para ensinar boas maneiras! Para isso, não precisaria descer do céu e morrer sobre a cruz. O Cristo veio para nos salvar, para nos mostrar o caminho, o único caminho de saída das areias movediças do pecado, e este caminho é a misericórdia. Ser santo não é um luxo, é necessário para a salvação do mundo.”
Ele fez questão de sublinhar importância da santidade do cardeal, em um oferecimento gratuito.
“Por conseguinte, amemos aqueles que nos são hostis; abençoemos quem fala mal de nós; saudemos com um sorriso a quem talvez não mereça; não aspiremos a fazer-nos valer, mas oponhamos a mansidão à prepotência; esqueçamos as humilhações sofridas. Deixemo-nos guiar pelo Espírito de Cristo: Ele santificou-se a si próprio na cruz, para podermos ser “canais” por onde corre a sua caridade. Este é o comportamento, esta é a conduta de um Cardeal. O Cardeal entra na Igreja de Roma, não entra numa corte. Evitemos todos – e ajudemo-nos mutuamente a evitar – hábitos e comportamentos de corte: intrigas, críticas, facções, favoritismos, preferência. A nossa linguagem seja a do Evangelho: “sim, sim; não, não”; as nossas atitudes, as das bem-aventuranças; e o nosso caminho, o da santidade” […] “Queridos Irmãos Cardeais, permaneçamos unidos em Cristo e entre nós! Peço-vos que me acompanheis de perto, com a oração, o conselho, a colaboração”.
O Papa Emérito Bento XVI compareceu a convite do Papa Francisco. Este o saudou tão logo ingressou na Basílica de São Pedro. Esta foi a primeira participação do Pape Emérito em uma solenidade desde sua renúncia em 11 de fevereiro de 2013. Cogita-se que poderia participar da vindoura canonização dos Beatos João Paulo II e João XXIII, em 27 de abril próximo.
Os 19 cardeais consolidam uma mudança no perfil da hierarquia eclesial conduzida pelo Espírito Santo. Aqueles com direito a voto em conclave estão geograficamente divididos pela metade entre aqueles do Hemisfério Sul e da América do Norte (61) e Europeus (61).

Isso permite que muitos países com grande quantidade de fiéis tenha melhores vias de comunicação com a totalidade da Igreja e possam assim participar mais ativamente da construção do Reino de Deus. Dos 19 novos cardeais, cinco são latino-americanos (Argentina, Chile, Brasil, Haiti, Nicarágua), dois africanos (Costa do Marfim e Burkina Faso) e dois asiáticos (Coréia do Sul e Filipinas). Mas vários dos europeus tiveram significativas vivências na América Latina. Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, foi criado cardeal.

Fontes: