Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


Via Sacra

(Na semana santa 2010)

A semana santa é um oportuno momento para se refletir acerca das estações da Via Sacra. Assim, nos próximos dias, sugerimos três delas por vez, para meditação de todos.

Primeira Estação – Jesus é condenado à morte
Nossa saúde precisa ser completa e, para isso, é indispensável estar em harmonia consigo mesmo e com os irmãos, na comunhão dos santos. Para que não estejamos em caminho de morte nem estejamos a eliminar de nossa vida os demais ou rejeitar-lhes oportunidade. É preciso aceitar o caminho da purificação para frutificar.

Segunda Estação – Jesus carrega a sua cruz
A cruz que recebemos é aquela que podemos carregar. Isso não significa um caminho livre de tropeços, mas que através dela alcançaremos a eterna alegria. Compreender o modo como as dificuldades do dia-a-dia podem ser a oportunidade para nossa felicidade e saber que de Deus apenas provém o Bem é fundamental para carregarmos com fortaleza a nossa cruz.

Terceira Estação – Jesus cai pela primeira vez
O peso da cruz pode enventualmente derrubar. Mas sempre podemos nos levantar. Aceitar nosso estado de vida não significa resignar-se a uma posição de sofrimento, mas sim que Cristo nos dá o exemplo de que o caminho não termina numa queda; ela apenas faz parte dele.


Quarta estação - Jesus encontra Maria
O encontro com a mãe é sempre um momento de retorno às origens. Integrados em Deus, devemos constantemente, com o auxílio formidável de Maria, perguntarmo-nos sobre como está o nosso Caminho e pedirmos a Deus por aqueles que sofrem.

Quinta Estação - Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a cruz
Obrigado pelos guardas, Simão, o Cirineu, ajuda a Cristo. Quantas vezes, em meio às dificuldades da vida, paramos para dar apoio àquele que precisa de nós? Quantas vezes conseguimos reconhecer Cristo no outro? Assim saberemos que nada somos sozinhos.

Sexta Estação - Verônica enxuga a face de Jesus
Quantas vezes, por não termos carregado nossa cruz, por não termos ajudado a quem precisa, vemos outrem humildemente realizar essas tarefas? A impotência humana tem de reconhecer o dom daqueles que se colocam à disposição. O serviço despretensioso é uma graça que devemos sempre buscar.


Hoje continuamos nossa meditação na via crucis. Na semana em que aprofundamos nossa alma no mistério da paixão e ressurreição, eis a porta por onde se pode entrar na misericórdia divina.


Sétima Estação - Jesus cai pela segunda vez
A fragilidade do corpo é uma realidade que pode dificultar a atenção aos bens celestes e, por vezes, até parecer que é um problema fora do nosso alcance ou que nos é imposto. É próprio ao humano tornar a cair. E é próprio divino saber receber e perdoar. Mas para isso devemos tornar a levantar e tomar a cruz nos ombros.

Oitava Estação - Jesus fala às mulheres de Jerusalém
Deus sempre tem uma palavra de consolo. Mas também de advertência. O que podemos esperar se nós não nos arrependermos de nossas falhas, nem buscarmos ajudar os que falham? Certamente não estaremos a aliviar o sofrimento do Cristo. Temos de buscar o apoio no Sumo Bem.

Nona Estação - Jesus cai pela terceira vez
Homem, mulher, podem cair novamente. E caímos sucessivas vezes. Mas, no simbolismo das três quedas, não podemos deixar de esquecer nossa realidade – corpo, mente, espírito – nem a completude da Trindade. O Pai, o Filho e o Espírito são aqueles que podem nos ajudar a levantar e garantir que cheguemos à plenitude da graça.


Décima Estação - Jesus é despojado de suas vestes
Despir-se dos bens materiais, como literalmente fez Francisco, ou deixar-se humildemente despir, suportando as injustiças – em nome de Deus – é um ato que conduz à desejada santidade. Mas aqui inicia o sofrimento final imposto a Cristo. E quantas vezes nós não despimos ou deixamos despidos os irmãos? Se isso ocorre, deixamos de ver Cristo no outro.

Décima Primeira Estação - Jesus é pregado na cruz
A cruz, símbolo predito da nossa salvação, abre espaço para união entre o céu e a terra. Símbolo da dor e da alegria eterna, do sofrimento injusto e da busca de Justiça. Jesus tornou-a o símbolo maior de nosso caminho. É a cruz, com a tristeza do que nela foi feita, que tantas vezes carregamos à mostra em nosso peito. Deve servir para lembrar-nos de nossa missão profética e para que não venhamos a praticar atos que nos afastem de Jesus.

Décima Segunda Estação - Jesus morre na Cruz
A morte de Jesus inicia a vitória de toda a humanidade sobre o pecado. Se o Pai ouve no sofrimento o nosso clamor, tanto mais o de seu Filho Amado. Morto para o mundo, mas eternamente vivo, é a redenção buscada. Acima de tudo, é o motivo maior para confiar na salvação e na capacidade de vencer as dificuldades, pois, não há mais obstáculos.


Décima Terceira Estação - Jesus é retirado da Cruz
Nos momentos de tristeza, sempre podemos contar com a ajuda e o apoio dos irmãos, de nossa família, da Mãe Santíssima. Também podemos ver a importância de manter a esperança, através da perseverança nos atos que são importantes e valorosos para continuar a vida.

Décima Quarta Estação - Jesus é sepultado
A morte de Jesus parece ter silenciado o mundo, mas é um momento de preparação. Para quem seguiu a cruz até aqui, é o momento de já não ter o peso nos ombros. No sepulcro, devemos deitar nossas preocupações mortais e nos preparar para a verdadeira alegria.

Décima Quinta Estação - A Ressurreição
A alegria está completa. Aleluia! As promessas se realizam na verdade de Deus. Com Cristo, cada um de nós tem a certeza do renascimento. Ele é Vida, Ele é a nossa Vida. E assim, não renasce Cristo apenas para depois tornar a morrer. Pela Paixão, Morte e Ressurreição do Cordeiro de Deus, alcança-se a vitória sobre o pecado e uma vida incorruptível, abençoada e longe das dificuldades que um dia caracterizaram uma existência limitada. É a grande transformação, mudança, que a penitência quaresmal renova em nossas vidas.

Paz e Bem!