Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


domingo, 29 de março de 2015

segunda-feira, 23 de março de 2015

"Não peques mais"!



“Susana, porém, chorando, disse em voz alta: ‘Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!’ […] Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam.” (Dn 13, 42-43, 60)

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.

Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo.
[…]
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida.”
(Sl 22, 1-4, 6)

“Então Jesus lhe disse: ‘Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais’” (Jo 8, 11)


A misericórdia de Deus suplanta toda a perspectiva humana. Tenhamos ou não nos desviado do caminho, Ele nos ama. Se somos inocentes, vem em nosso socorro para que o mal seja visto. Se somos culpados, quer o nosso coração. Mas isso exige de todos uma postura humilde e reconciliadora, capaz de buscar e encontrar o Bem no íntimo da alma humana.

Paz e Bem!


(5ª semana da Quaresma de 2015, segunda-feira)

domingo, 22 de março de 2015

Ser povo de Deus



"serei seu Deus e eles serão meu povo. Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: 'Conhece o Senhor!`; todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado'." (Jr 31, 33-34)

"Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado,
e apagai completamente a minha culpa!
...
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido."
(Sl 50, 3-4, 12)

"Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu." (Hb 5, 8)

"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (...). Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. (...) Então, veio uma voz do céu: 'Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!'" (Jo 12, 24, 26, 28)


Em Deus, não há mancha, não há pecado. Conhecê-lo, é estar com ele. Não significa apenas vê-lo e mesmo assim resistir a seu apelo de amor, mas abrir o coração para seu poder libertador. Poder olhar e dizer "Meu Senhor e Meu Deus". E depois, como Francisco, "meu Deus... E meu tudo!".
O Criador, ao se encarnar e assumir a condição humana, fá-lo corporalmente sem limites. Há um mistério de entrega e amor ao compartilhar o caminho com sua criação que se louva através dos séculos. Tudo para atrair o homem a Ele.
Para isso, não precisamos nos revestir externamente de boa aparência moral, mas internamente mostrar um coração puro e ter firmeza para seguir os passos do Senhor.
E, ao seguir esses passos, teremos nova vida.
Cristo nos convida a ver morrer tudo o que em nós é velho e limitado para conhecê-lo. E conhecê-lo é servir. Não apenas a Ele, mas sobretudo com Ele e Nele, com a Igreja - seu corpo místico - e nela.
O Senhor nos dá o exemplo da oração na qual reconhece que é preciso deixar o Pai agir, não pedir para nos livrar do que julgamos ser sofrimento, para que tudo seja conforme a nossa vontade. Conhecer e seguir a Deus significa reconhecer que, dentre os vários caminhos que nos surgem, um é de Deus. E basta permanecer nele. Para isso, Deus nos diz que assim glorifica a Cristo, caminho, verdade e vida.

Paz e Bem!

(5º domingo da Quaresma de 2015, ano B)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Fazer Cristo presente



“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina.“ (Sb 2, 12)

“O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que se refugia junto dele.
Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem.”

(Sl 33, 8-10)

“Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou” (Jo 7, 28-29)


Devemos assumir a radicalidade do seguimento de Cristo ao profetizar no meio em que vivemos, evidenciando o que é certo e errado, mas com amor e ternura. Sobretudo, não aderir ao mal e preparar-se para a irresignação e incompreensão que poderá ser gerada. Mas será que estou preparado para o seguimento de Cristo? Tudo o que ele nos revela é fonte de santidade e de Amor. Estejamos com Ele.

Paz e Bem!

(4ª semana da Quaresma de 2015, sexta-feira)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Nota oficial da CNBB sobre manifestações

NOTA DA CNBB SOBRE A REALIDADE ATUAL DO BRASIL

"Pratica a justiça todos os dias de tua vida e não sigas os caminhos da iniquidade" (Tb 4, 5)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 10 a 12 de março de 2015, manifesta sua preocupação diante do delicado momento pelo qual passa o País. O escândalo da corrupção na Petrobras, as recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Governo, o aumento da inflação, a crise na relação entre os três Poderes da República e diversas manifestações de insatisfação da população são alguns sinais de uma situação crítica que, negada ou mal administrada, poderá enfraquecer o Estado Democrático de Direito, conquistado com  muita luta e sofrimento.

Esta situação clama por medidas urgentes. Qualquer resposta, no entanto, que atenda ao mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e desvia-se do caminho da justiça. Cobrar essa resposta é direito da população, desde que se preserve a ordem democrática e se respeitem as Instituições da comunidade política.

As denúncias de corrupção na gestão do patrimônio público exigem rigorosa apuração dos fatos e responsabilização, perante a lei, de corruptos e corruptores. Enquanto a moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada empecilho à busca do poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no Brasil. A solução passa também pelo fim do fisiologismo político que alimenta a cobiça insaciável de agentes públicos, comprometidos sobretudo com interesses privados. Urge, ainda, uma reforma política que renove em suas entranhas o sistema em vigor e reoriente a política para sua missão originária de serviço ao bem comum.

Comuns em épocas de crise, as manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. O que se espera é que sejam pacíficas. "Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e Instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva, que leva ao seu descrédito" (Nota da CNBB 2013).

Nesta hora delicada e exigente, a CNBB conclama as Instituições e a sociedade brasileira ao diálogo que supera os radicalismos e impede o ódio e a divisão. Na livre manifestação do pensamento, no respeito ao pluralismo e às legítimas diferenças, orientado pela verdade e a justiça, este momento poderá contribuir para a paz social e o fortalecimento das Instituições Democráticas.

Deus, que acompanha seu povo e o assiste em suas necessidades, abençoe o Brasil e dê a todos força e sabedoria para contribuir para a justiça e a paz. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda pelo povo brasileiro.

Brasília, 12 de março de 2015.

Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís – MA
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 12 de março de 2015

Mensagem do Papa

Está disponível no Blog (item Publicações, à direita) o link para a Mensagem do Papa para esta Quaresma de 2015. Especial atenção deve ser dedicada ao pedido de oração a ser realizado nos dia 13 e 14 de março.

Aceitar ouvir a Deus




"Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes. Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; mas não ouviram e não prestaram atenção" (Jr 7, 23-26)

“o Senhor é um Deus imenso, um rei que ultrapassa todos os deuses;
nas suas mãos estão as profundezas da terra, e os cumes das montanhas lhe pertencem.
Dele é o mar, ele o criou; assim como a terra firme, obra de suas mãos.
Vinde, inclinemo-nos em adoração, de joelhos diante do Senhor que nos criou. Ele é nosso Deus; nós somos o povo de que ele é o pastor, as ovelhas que as suas mãos conduzem.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não vos torneis endurecidos […]”
(Sl 94, 3-8)

“Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.  Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”. (Lc 11, 20-23)


Nós somos o povo de Deus. Ele nos pastoreia como a ovelhas. E ele é o bom pastor. Antes de tudo, ele prescreveu: “ouvi a minha voz” (Jr 7, 23)! Não nos deixemos levar pelo espírito de orgulho ou indiferença. Em Cristo e no seu acolhimento ao próximo está todo o poder que pode guarnecer a nossa casa, a nossa mente e a nossa família. Não tenhamos medo, a partir de nossos atos, vamos render-lhe louvor para reunirmos a todos Nele que nos salva.

Paz e Bem!

(3ª semana da Quaresma de 2015, quinta-feira)

Atendimento fraterno na OFS

domingo, 8 de março de 2015

O caminho que Deus ensina para seu coração




“Não terás outros deuses além de mim.” (Ex 20, 3)


“Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.

O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete.

Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz;

aí armou Deus para o sol uma tenda.
E este, qual esposo que sai do seu tálamo, exulta, como um gigante, a percorrer seu caminho.

Sai de um extremo do céu, e no outro termina o seu curso; nada se furta ao seu calor.

A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples. Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração; o mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos.”

(Sl 18, 2-9)


“Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (1Cor 1, 25)


“Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.” (Jo 2, 23-25)



Escândalo para muitos, não compreendido até pelos seus. Uns à espera de milagres, feitos fantásticos, caminhos de salvação imediata. Outros na busca de serem impressionados ou de algo que lhes fosse superior.

Eis o Deus verdadeiro, eis a nós, seu povo.

Assim, não reconhecemos que o Reino de Deus está próximo (disse João Batista – Mt 3,2 – e Jesus – Mt 4, 17, Mc 1, 15 –, que mandou assim pregar – Mt 10, 7, Lc 10, 9-11), nem zelaremos pelo Templo com o Amor que devemos ter (S l 69, 10).

Os mandamentos, enquanto expressão da essência, da identidade que devemos ter com Deus, mostram o caminho que nos leva à unidade e à comunhão dos santos. Se tivermos consciência disso, jamais deixaremos de ter em mente a importância dessa união:
“Ouça, Israel! Javé nosso Deus é o único Javé. Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força. Que estas palavras, que hoje eu lhe ordeno, estejam em seu coração. Você as inculcará em seus filhos, e delas falará sentado em sua casa e andando em seu caminho, estando deitado e de pé. Você também as amarrará em sua mão como sinal, e elas serão como faixa entre seus olhos. Você as escreverá nos batentes de sua casa e nas portas da cidade.” (Dt 6, 4-9)

A prática dos mandamentos nos afasta do mal e dos pecados capitais, sendo, mais do que uma regra ou ordem, uma descrição do caminho que segue aquele que tem Deus por seu criador e salvador:
“Quanto a você, volte a obedecer a Javé seu Deus, colocando em prática todos os mandamentos dele, que eu hoje lhe ordeno. Javé seu Deus fará prosperar as iniciativas suas, o fruto do seu ventre, o fruto dos seus animais e o fruto do seu solo. Porque Javé voltará a ter prazer com a felicidade de você, assim como tinha prazer com a felicidade de seus antepassados. A condição, porém, é que você obedeça a Javé seu Deus, observando-lhe os mandamentos e estatutos escritos neste livro da Lei, e que você se converta com todo o coração e com toda a alma para Javé seu Deus.” (Dt 30, 8-10)

Portanto, aquele que ama a Deus, por consequência, e se tem o devido entendimento, segue esses mandamentos. Eles são a garantia da liberdade que Deus nos deseja. Uma liberdade das prisões terrenas, nesta vida e nos céus.

Deus está acima de tudo e presente como o sol que ilumina o dia. Não há como afastar a sua força, nem fugir do caminho que preparou. Essa é uma realidade da qual não teremos como fugir.

Por isso mesmo, se ele quer nosso coração (Sl 49, 23; 50, 19), não adianta cumprimentos apenas exteriores de seus preceitos. Ele nos conhece. Mais ainda, conhecemos seus mandamentos, os quais, como obra da criação, estão inscritos em nosso interior como vestígio do traço de Deus. Se nos desviamos, são nossos atos que nos condenam (Mt 25, 31; “Assim, casa de Israel, eu vou julgar cada um de vocês de acordo com a própria maneira de viver”, Ez 18, 30).

Devemos ser firmes para expulsar tudo que se aproxima do Templo do Senhor (1 Cor 3, 16; 6, 19; 2 Cor 6, 16; Jo 2, 21). Ora, e se somos Templo do Espírito, por onde a obra de Deus se faz, não podemos permitir que, por comodismo, displicência ou relativismo, a iniquidade se aproxime e conspurque o espaço de oração. É preciso expulsar tudo aquilo que tenta fazer do Templo um local de autossuficiência mundana. Só assim, vivendo a radicalidade do amor divino, poderemos verdadeiramente considerar que somos oferenda para Deus.


Paz e Bem!

(3º domingo da Quaresma de 2015)

sábado, 7 de março de 2015

Confiar no Amor de Deus



"Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia." (Mq 7, 18)

"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
...
Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes."
(Sl 102, 1-2, 11-12)


"O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. Mas o pai disse aos empregados: 'Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. [...] 'Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.' [...] Então o pai lhe disse: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado"'. (Lc 15, 21-22, 29, 31-32)

A fé que tenho em Deus deve ir ao ponto de também abrir os braços, como imagem e semelhança Dele, e não ter medo de ir ao seu encontro para mostrar-lhe meu coração arrependido. O tempo todo, ele nos lembra: "o que é meu, é teu"! Alegremo-nos! Estejamos felizes na simplicidade do dia-a-dia e façamos a festa pelo que retorna, mesmo que na nossa humanidade não o desejássemos.

Paz e Bem!

(2a semana da Quaresma de 2015, sábado)

sexta-feira, 6 de março de 2015

Deus quer ver-nos frutificar



“Eles, porém, tendo-o visto ao longe, antes que se aproximasse, tramaram a sua morte.” (Gn 37, 18)


“Recordai as maravilhas que operou, seus prodígios e julgamentos por seus lábios proferidos, ó descendência de Abraão, seu servidor, ó filhos de Jacó, seus escolhidos!

É ele o Senhor, nosso Deus; suas sentenças comandam a terra inteira.

Ele se lembra eternamente de sua aliança, da palavra que empenhou a mil gerações”
(Sl 104, 5-8)


“Por isso eu vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos.” (Mt 21, 43)


Senhor, por vezes já sei de antemão que não vou obedecê-lo. Afasto-me de vossa seiva santa. Mas Deus quer frutos, e frutos de santidade. Ele não se cansará de nos buscar. Por vezes, mesmo na provação, seus insondáveis planos, já traçados, marcham sem parar. Devemos confiar. Só nos apercebemos aos poucos ou quando a obra é terminada. Precisamos estar prontos para estarmos no Reino de Deus.

Paz e Bem!

(2ª semana da Quaresma de 2015, sexta-feira, jejum)

quinta-feira, 5 de março de 2015

Abrigar-se na misericórdia de Deus



“Maldito o homem que confia no homem e faz consistir sua força na carne humana, enquanto o seu coração se afasta do Senhor; é como a árvore plantada junto às águas […] Bendito o homem que confia no Senhor, cuja esperança é o Senhor […] Eu sou o Senhor, que perscruto o coração e provo os sentimentos, que dou a cada qual conforme o seu proceder e conforme o fruto de suas obras”. (Jr 17, 5, 7, 8, 10)

“Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.
Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.
Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes […]

Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição.”
(Sl 1, 1-3, 6)

“Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. Mas Abraão lhe disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos” (Lc 16, 30-31)

Eu devo sempre me esforçar para aumentar a fé em Deus e não no que eu ou outros são capazes de fazer. Sem a graça de Deus, nada de verdadeiro é alcançado. Tudo o que faço deve ser oferta humilde a serviço do plano divino. Vigiar as condutas, a quem valorizo e me associo, precisa ser um trabalho constante.  Já nos foi dito tudo o que precisávamos; agora, é acreditar de coração e ver as maravilhas de Deus nas coisas simples.

Paz e Bem!


(2ª semana da Quaresma de 2015, quinta-feira)

quarta-feira, 4 de março de 2015

Confiar na proteção divina



“Atende-me, Senhor, ouve o que dizem meus adversários. Acaso pode-se retribuir o bem com o mal? Pois eles cavaram uma cova para mim. Lembra-te de que fui à tua presença, para interceder por eles e tentar afastar deles a tua ira.” (Jr 18, 19-20)

“Junto de vós, Senhor, me refugio. Não seja eu confundido para sempre; por vossa justiça, livrai-me! … Pois só vós sois minha rocha e fortaleza: haveis de me guiar e dirigir, por amor de vosso nome. …

Em vossas mãos entrego meu espírito; livrai-me, ó Senhor, Deus fiel…

Exultarei e me alegrarei pela vossa compaixão, porque olhastes para minha miséria e ajudastes minha alma angustiada. … Tende piedade de mim, Senhor, porque vivo atribulado, de tristeza definham meus olhos, minha alma e minhas entranhas. … Tornei-me objeto de opróbrio para todos os inimigos, ludíbrio dos vizinhos e pavor dos conhecidos. Fogem de mim os que me vêem na rua. …

Mas eu
, Senhor,

em vós confio.

Digo: Sois vós o meu Deus.

Meu destino está nas vossas mãos. Livrai-me do poder de meus inimigos e perseguidores. …

Senhor, não fique eu envergonhado, porque vos invoquei: Confundidos sejam os ímpios e, mudos, lançados na região dos mortos. … Quão grande é, Senhor, vossa bondade, que reservastes para os que vos temem e com que tratais aos que se refugiam em vós, aos olhos de todos …

Bendito seja o Senhor, que usou de maravilhosa bondade, abrigando-me em cidade fortificada. …

Animai-vos e sede fortes de coração todos vós, que esperais no Senhor.”

(Sl 30, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 15-16, 18, 20, 22, 25)

“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará. […] Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”. (Mt 20, 18-19, 26-28)


Qual a fé que temos em Deus? No Pai, no Filho, no Espírito Santo? As provações, os tratamentos injustos, a ingratidão, são coisas do mundo e assim existem. Tanto quanto perdoar, devemos saber confiar em Deus, em sua Divina Misericórdia, e confiar que, se seguimos seus preceitos, se agimos como Jesus, tudo também ocorrerá como deve ser. É sinal de confiança realmente pedir a Deus e entregar-lhe o que não está a nosso alcance prever ou mudar. Repito: Senhor, em vós confio, pois sois vós o meu Deus!

Paz e Bem!

(2ª semana da Quaresma de 2015, quarta-feira)

terça-feira, 3 de março de 2015

Deus quer nosso coração



“Lavai-vos, purificai-vos. Tirai a maldade de vossas ações de minha frente. Deixai de fazer o mal! Aprendei a fazer o bem! Procurai o direito, corrigi o opressor. […] Se consentirdes em obedecer, comereis as coisas boas da terra.” (Is 1, 16-17, 19)


“minha é a terra e tudo o que ela contém.

[…]

Ao pecador, porém, Deus diz: Por que recitas os meus mandamentos, e tens na boca as palavras da minha aliança?

[…]

Compreendei bem isto, vós que vos esqueceis de Deus: não suceda que eu vos arrebate e não haja quem vos salve.

Honra-me quem oferece um sacrifício de louvor; ao que procede retamente, a este eu mostrarei a salvação de Deus.”

(Sl 49, 11, 16, 22-23)


“Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a Lei de Moisés. Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. […] Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado.” (Mt 23, 2-3, 11-12)


A conversão, como todo ato de vontade, tem um objetivo. E ele está expresso no amar a Deus. E Deus é caminho de salvação. Seguindo seus passos, seremos felizes prisioneiros de Cristo, como São Paulo, e livres para o amor. Não bastarão palavras, será preciso mostrar Deus ao mundo por nossas atitudes de serviço, simplicidade e humildade cristãs.

Paz e Bem!


(2ª semana da Quaresma de 2015, terça-feira)

segunda-feira, 2 de março de 2015

Como medirmos, seremos medidos




“Temos pecado, temos praticado a injustiça e a impiedade, temos sido rebeldes, afastando-nos de teus mandamentos e de tua lei […] mas a ti, Senhor, nosso Deus, cabe misericórdia e perdão, pois nos temos rebelado contra ti, e não ouvimos a voz do Senhor, nosso Deus, indicando-nos o caminho de sua lei, que nos propôs mediante seus servos, os profetas” (Dn 9, 5, 9-10)

“Ajudai-nos, ó Deus salvador, pela glória de vosso nome; livrai-nos e perdoai-nos os nossos pecados pelo amor de vosso nome.”
(Sl 78, 9)

“Sede misericordiosos, como também o vosso Pai é misericordioso. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados.” (Lc 6, 36-37)

Está a nosso alcance sermos perfeitos como o Pai, a começar pelos momentos em que dizemos “perdoai as nossas ofensas”, pois antes deveríamos dizer, “mas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. Ao tratarmos um irmão de determinada forma, saibamos que é assim que seremos tratados. Não somos proprietários dos céus para julgarmos os outros. Apenas compreendamos o outro e o ajudemos. Assim, levaremos Deus ao outro.

Paz e Bem!

domingo, 1 de março de 2015

Nada afasta Deus de nós



"Uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. (...) Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste". (Gn 22, 17-18)


"Conservei a confiança ainda quando podia dizer: Em verdade sou extremamente infeliz.

Mas que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me tem dado?

Cumprirei os meus votos para com o Senhor, na presença de todo o seu povo.

É penoso para o Senhor ver morrer os seus fiéis."
(Sl 115, 10, 12, 14, 15)


"Irmãos: Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele?" (Rm 8,31b-32)

"Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. (...) Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". (...) Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" (...) Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos." (Mc 9, 2, 5, 7, 9)


Abraão e Isaac não tentaram a Deus (Gn 22, 1). Quem segue o caminho que Deus indica e confia que Ele tudo proverá, coloca o que tem de mais precioso - principalmente aos olhos dos homens - a serviço desse chamado. E, em três dias, chegaram a Moriá.

Deus providenciará tudo para o caminho (Lc 10, 4; 12, 27; Mt 6, 28), inclusive o destino. E suas bênçãos recairão sobre seus servos.

A fé deve ser manifestada numa conduta de louvor e agradecimento, que manifestará a caridade no mundo e pegará a esperança na vida que há de vir.

Como os apóstolos reconheceram Moisés e Elias? Poderíamos pensar que de maneira sobrenatural e maravilhosa foi-lhes dito naquela ocasião única e especial por aqueles que estavam a sua frente. Mas, de maneira mais simples e aberta, podemos dizer que eles o souberam.

Em seus corações, viram Jesus entre a Lei e os Profetas. Viram e sentiram-no. Mais não necessitou ser dito sobre isso.

São Marcos registra o medo e a dificuldade mesmo dos mais próximos de Jesus para compreender a realidade divina mesmo após verem o Mestre transfigurado e terem ouvido a própria voz do Pai; o que santo evangelista também registra e que confirma a relação filial com o Cristo.

Por quê seria diferente conosco? Por quê também não teríamos dificuldade? E poderíamos também já perguntar, por quê não seríamos também filhos de Deus?

E, em assim sendo, por quê não haveríamos de ressuscitar com Ele?

Para isso, precisamos manter viva a fé e ouvirmos o que Ele nos diz, mesmo nas dificuldades, mesmo quando estivermos distantes.

Quanto mais longe de Deus, mais devemos silenciar para ouvi-Lo. Menos barulho do mundo devemos procurar. Menos devemos fugir Dele.

A Luz veio ao mundo e temos que abrir os olhos para ela (Jo 3, 19; 8, 12). A Deus, nada é impossível e Ele nos busca sem cessar, mesmo que não o procuremos. Porém, muitas vezes, não reconhecemos sua Providência, seu Amor.

Ouçamos a Cristo.
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Paz e Bem!

(2° domingo da Quaresma de 2015)