Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Perdão de Assis e Visita das Relíquias


Hoje, 02 de agosto, festa de Santa Maria dos Anjos, comemora-se nas igrejas franciscanas o "Perdão de Assis", ou "Perdão da Porciúncula", mediante indulgência plenária pedida por São Francisco de Assis e concedida por Cristo, confirmada pelo Papa Honório III, como forma de ajudar os arrependidos no caminho da graça. Para isso e em benefício de fieis vivos ou falecidos, é preciso neste dia: Confissão Sacramental para estar na graça de Deus (oito dias antes ou depois); Participação na missa e comunhão eucarística; Visitar a imagem de Santa Maria dos Anjos presente na igreja de Santo Antônio no dia de sua festa, onde se renova a profissão de fé, mediante a oração do CREDO, para afirmar a própria identidade cristã;            Rezar a oração do PAI NOSSO e uma AVE MARIA, para afirmar a própria dignidade de filhos de Deus recebida no Batismo; Orar (Pai nosso e Ave Maria) em intenção do Papa, para afirmar a própria pertença a Igreja, cujo fundamento e centro visível de unidade é o Pontífice Romano; Rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria em intenção do Bispo, Padres e Religiosos.



quinta-feira, 27 de abril de 2017

Missão da Igreja no mundo de hoje



Seguem alguns trechos para ajudar a compreender a vinculação da Igreja às reivindicações sociais. Não substituem a leitura integral do mesmo, exigem uma interpretação contextualizada e não trazem toda a sua fundamentação. Mas convidam à reflexão.

Além dos que estão abaixo, também se indica a leitura:
·         Carta Encíclica Rerum Novarum, do Sumo Pontífice Papa Leão XIII, sobre a condição dos operários
·         Carta Encíclica Populorum Progressio de Sua Santidade Papa Paulo VI, sobre o desenvolvimento dos povos
·         Carta Encíclica Centesimus Annus do Sumo Pontífice João Paulo II, no centenário da Rerum Novarum
·         Carta Encíclica Sollicitudo Rei Socialis do Sumo Pontífice João Paulo II, pelo vigésimo aniversário da Encíclica Populorum Progressio
No final, conclui-se com Admoestação do Seráfico Pai Francisco.

Paz e Bem!

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL CHRISTIFIDELES LAICI DE SUA SANTIDADE O PAPA JOÃO PAULO II SOBRE VOCAÇÃO E MISSÃO DOS LEIGOS NA IGREJA E NO MUNDO

“Para animar cristãmente a ordem temporal, no sentido que se disse de servir a pessoa e a sociedade, os fiéis leigos não podem absolutamente abdicar da participação na « política », ou seja, da múltipla e variada acção económica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum.[...]
os fiéis leigos devem dar testemunho daqueles valores humanos e evangélicos que estão intimamente ligados à própria actividade política, como a liberdade e a justiça, a solidariedade, a dedicação fiel e desinteressada ao bem de todos, o estilo simples de vida, o amor preferencial pelos pobres e pelos últimos. Isso exige que os fiéis leigos sejam cada vez mais animados de uma real participação na vida da Igreja e iluminados pela sua doutrina social. Para isso poder-lhes-á ser de apoio e de ajuda a familiaridade com as comunidades cristãs e com os seus Pastores.
Estilo e meio de realizar uma política que tenha em vista o verdadeiro progresso humano é a solidariedade: esta pede a participação activa e responsável de todos na vida política, desde os cidadãos individualmente aos vários grupos, sindicatos e partidos: todos e cada um somos simultaneamente destinatários e protagonistas da política. (42)”

CARTA ENCÍCLICA DEUS CARITAS EST DO SUMO PONTÍFICE BENTO XVI, SOBRE O AMOR CRISTÃO
“Isto significa que a construção de um ordenamento social e estatal justo, pelo qual seja dado a cada um o que lhe compete, é um dever fundamental que deve enfrentar de novo cada geração. Tratando-se de uma tarefa política, não pode ser encargo imediato da Igreja. Mas, como ao mesmo tempo é uma tarefa humana primária, a Igreja tem o dever de oferecer, por meio da purificação da razão e através da formação ética, a sua contribuição específica para que as exigências da justiça se tornem compreensíveis e politicamente realizáveis.” (28)
“o dever imediato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é próprio dos fiéis leigos. Estes, como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida pública. Não podem, pois, abdicar « da múltipla e variada acção económica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum ». Por conseguinte, é missão dos fiéis leigos configurar rectamente a vida social, respeitando a sua legítima autonomia e cooperando, segundo a respectiva competência e sob própria responsabilidade, com os outros cidadãos.” (29)
“A actividade caritativa cristã deve ser independente de partidos e ideologias. Não é um meio para mudar o mundo de maneira ideológica, nem está ao serviço de estratégias mundanas, mas é actualização aqui e agora daquele amor de que o homem sempre tem necessidade. O tempo moderno, sobretudo a partir do Oitocentos, aparece dominado por diversas variantes duma filosofia do progresso, cuja forma mais radical é o marxismo. [...]Só se contribui para um mundo melhor, fazendo o bem agora e pessoalmente, com paixão e em todo o lado onde for possível, independentemente de estratégias e programas de partido. O programa do cristão — o programa do bom Samaritano, o programa de Jesus — é « um coração que vê ». Este coração vê onde há necessidade de amor, e actua em consequência. Obviamente, quando a actividade caritativa è assumida pela Igreja como iniciativa comunitária, à espontaneidade do indivíduo há que acrescentar também a programação, a previdência, a colaboração com outras instituições idênticas.” (31, b)

CONSTITUIÇÃO DOGMÁTICA LUMEN GENTIUM, SOBRE A IGREJA
“Só Cristo é mediador e caminho de salvação e Ele torna-Se-nos presente no Seu corpo, que é a Igreja [...] São plenamente incorporados à sociedade que é a Igreja aqueles que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam toda a sua organização e os meios de salvação nela instituídos, e que, pelos laços da profissão da fé, dos sacramentos, do governo eclesiástico e da comunhão, se unem, na sua estrutura visível, com Cristo, que a governa por meio do Sumo Pontífice e dos Bispos.”(14)
“Ensina, por isso, o sagrado Concílio que, por instituição divina, os Bispos sucedem aos Apóstolos, como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo.” (20)

CONSTITUIÇÃO PASTORAL GAUDIUM ET SPES, SOBRE A IGREJA NO MUNDO ACTUAL
“É necessário, portanto, tornar acessíveis ao homem todas as coisas de que necessita para levar uma vida verdadeiramente humana: alimento, vestuário, casa, direito de escolher livremente o estado de vida e de constituir família, direito à educação, ao trabalho, à boa fama, ao respeito, à conveniente informação, direito de agir segundo as normas da própria consciência, direito à protecção da sua vida e à justa liberdade mesmo em matéria religiosa.” (26)
“O nosso respeito e amor devem estender-se também àqueles que pensam ou actuam diferentemente de nós em matéria social, política ou até religiosa. Aliás, quanto mais intimamente compreendermos, com delicadeza e caridade, a sua maneira de ver, tanto mais facilmente poderemos com eles dialogar.
Evidentemente, este amor e benevolência de modo algum nos devem tornar indiferentes perante a verdade e o bem. Pelo contrário, é o próprio amor que incita os discípulos de Cristo a anunciar a todos a verdade salvadora. Mas deve distinguir-se entre o erro, sempre de rejeitar, e aquele que erra, o qual conserva sempre a dignidade própria de pessoas, mesmo quando está atingido por ideias religiosas falsas ou menos exactas. Só Deus é juiz e penetra os corações; por esse motivo, proibe-nos Ele de julgar da culpabilidade interna de qualquer pessoa.” (28)
“Ela própria manifesta assim ao mundo que a verdadeira união social eterna flui da união dos espíritos e dos corações, daquela fé e caridade em que indissoluvelmente se funda, no Espírito Santo, a sua própria unidade. Porque a energia que a Igreja pode insuflar à sociedade actual consiste nessa fé e caridade efectivamente vividas e não em qualquer domínio externo, actuado com meios puramente humanos” (42)
“Entre os direitos fundamentais da pessoa humana deve contar-se o de os trabalhadores criarem livremente associações que os possam representar autênticamente e contribuir para a recta ordenação da vida económica; e ainda o direito de participar, livremente, sem risco de represálias, na actividade das mesmas.
Quando, porém, surgem conflitos económico-sociais, devem fazer-se esforços para que se chegue a uma solução pacífica dos mesmos. Mas ainda que, antes de mais, se deva recorrer ao sincero diálogo entre as partes, todavia, a greve pode ainda constituir, mesmo nas actuais circunstâncias, um meio necessário, embora extremo, para defender os próprios direitos e alcançar as justas reivindicações dos trabalhadores. Mas procure-se retomar o mais depressa possível o caminho da negociação e do diálogo da conciliação.” (68)
“Os cristãos que desempenham parte activa no actual desenvolvimento económico-social e lutam pela justiça e pela caridade, estejam convencidos de que podem contribuir muito para o bem da humanidade e paz do mundo.” (72)
“É plenamente conforme com a natureza do homem que se encontrem estruturas jurídico-políticas nas quais todos os cidadãos tenham a possibilidade efectiva de participar livre e activamente, dum modo cada vez mais perfeito e sem qualquer discriminação, tanto no estabelecimento das bases jurídicas da comunidade política, como na gestão da coisa pública e na determinação do campo e fim das várias instituições e na escolha dos governantes” (75)
“E de grande importância, sobretudo onde existe uma sociedade pluralística, que se tenha uma concepção exacta das relações entre a comunidade política e a Igreja, e, ainda, que se distingam claramente as actividades que os fiéis, isoladamente ou em grupo, desempenham em próprio nome como cidadãos guiados pela sua consciência de cristãos, e aquelas que exercitam em nome da Igreja e em união com os seus pastores”. (76)
“Tudo o que, tirado dos tesouros da doutrina da Igreja, é proposto por este sagrado Concílio, pretende ajudar todos os homens do nosso tempo, quer acreditem em Deus, quer não.” (91)
“Isto exige, em primeiro lugar, que, reconhecendo toda a legítima diversidade, promovamos na própria Igreja a mútua estima, respeito e concórdia, em ordem a estabelecer entre todos os que formam o Povo de Deus, pastores ou fiéis, um diálogo cada vez mais fecundo. Porque o que une entre si os fiéis é bem mais forte do que o que os divide: haja unidade no necessário, liberdade no que é duvidoso, e em tudo caridade.” (92)

SÃO FRANCISCO, ADMOESTAÇÕES, N. 3
“1.Diz o Senhor no Evangelho: Quem não renunciar a tudo que possui, não pode ser meu discípulo (Lc 14,33); e:
2.Quem quiser salvar sua alma, vai perdê-la (Lc 9,24).
3.Deixa tudo que possui e perde seu corpo o homem que se entrega inteiro à obediência, nas mãos de seu prelado.
 [...]
7.Mas se o prelado ordenar alguma coisa contra a sua alma, ainda que não lhe obedeça, todavia não se separe dele.
8.E se por isso sofrer perseguição de al­guns, ame-os mais por Deus.”
9.Pois o que prefere so­frer perseguição a separar-se de seus irmãos, permanece de verdade na obe­diência perfeita, porque dá sua vida (cf. Jo 15, 13) por seus irmãos.


terça-feira, 11 de abril de 2017

Terça-feira Santa, buscar a união com Cristo em nossas vidas


Is 50,4-7

4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado.

Sl 70
Sede uma rocha protetora para mim, um abrigo bem seguro que me salve! Porque sois a minha força e meu amparo, o meu refúgio, proteção e segurança! Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio.
— Minha boca anunciará vossa justiça.

Jo 13,21-33.36-38

33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”.



Devemos procurar a Cristo, estarmos em união com Ele, para, com nossas obras, glorificarmos a Deus e sermos testemunho de Sua presença no mundo.

Paz e Bem!

terça-feira, 21 de março de 2017

3ª Semana da Quaresma - Terça-feira


"Javé é bondade e retidão, e aponta o caminho aos pecadores" (Sl 24, 8)

Quando nós, com retidão, reconhecemos nossos erros, ainda que supliquemos apenas tempo para aprendermos, o Senhor tem compaixão, liberta-nos de nossas angústias e perdoa todas as nossas faltas, ainda que não o peçamos (Mt 18, 27), tal é a grandeza do poder de Deus diante daquele que tem fé.


“De agora em diante, queremos, de todo o coração, seguir-te, temer-te, buscar tua face; não nos deixes confundidos, mas trata-nos segundo a tua clemência e segundo a tua imensa misericórdia; liberta-nos com o poder de tuas maravilhas e torna teu nome glorificado, Senhor”
(Dn 3, 41-43)

Paz e Bem!

domingo, 8 de janeiro de 2017



Hoje é a festa da EPIFANIA DO SENHOR
Epifania é uma palavra de origem grega que transmite a ideia de uma revelação ou inspiração especial com natureza divina. No calendário litúrgico católico romano é celebrada, como festa religiosa, no Domingo após o primeiro de Janeiro.
Como, em 2017, o 1° de Janeiro, dedicado à solenidade de Maria, Mãe de Deus, foi em um domingo, então a solenidade da Epifania dar-se-á no segundo domingo. E, por circunstâncias do calendário gregoriano e para organizar as meditações da Páscoa anual dos cristãos, que tem o inestimável auxílio do calendário litúrgico, a festa do Batismo de Jesus - na qual se relembra a Epifania a S. João Batista - será na segunda-feira seguinte (09), por a solenidade que a precede ocorrer em dia 07 ou 08.
Todas essa detalhada organização celebrativa traz para nós, católicos, um conjunto de leituras e orações diárias, reflexões e ações específicas, de caráter místico, litúrgico e prático que estão incluídas no TEMPO DO NATAL, o qual teve início no dia 24 de dezembro e se prolonga até o Batismo de Jesus.
Hoje, também conhecido como SANTOS REIS, contemplamos um dos grandes mistérios da nossa fé: a ENCARNAÇÃO DE CRISTO, a força da Palavra divina que se faz carne. Mas de um modo especial, não apenas seu "nascimento" para o mundo, mas o especial recolhimento de coração que, por ação do Espírito Santo, revela ali a presença de Deus humanado. A fé que no ser humano Jesus de Nazaré está o próprio Criador de tudo.
E o símbolo, o sinal, está não apenas na natureza, na estrela de Belém, ou em acontecimentos maravilhosos como o coro de anjos, ou na realização de profecias, mas no discernimento humano de três "reis magos" que se dispõem a submeter sua realeza e realidade mundanas (do mundo) ao que é maior e eterno.
Por eles, aprendemos que é preciso meditar nas coisas do alto, aplicarmo-nos a distinguir o que é de Deus e dar-Lhe o que de melhor temos. Isso é parte dos ensinamentos do Natal. Nesse caminho, Deus acompanhar-nos-á e Dirá o que devemos fazer em prol do crescimento do Seu Reino em nós e no próximo.
Por outro lado, vemos a junção da simplicidade de um nascimento em uma manjedoura, que tanto impactou Francisco de Assis, com a oferta de preciosidades da Terra (ouro, incenso e mirra). Mesmo sem buscar simbologias, com a beleza e ensinamento valioso que contêm, vemos que Deus quer nosso coração, não nossa riqueza ou pobreza material. Estas são caminhos do mundo para cada um, em seus desafios, aprender a trilhar e não deixar que afastem de Deus, do próximo, da família, do oprimido e da Fraternidade universal.
Paz e Bem!
Feliz Natal!

"A estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram." (Mt 2, 9-11)