Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Adoração ao Santíssimo Sacramento


No dia de hoje, a Fraternidade passou toda a tarde em adoração ao Santíssimo Sacramento na Igreja do Galo.
Do meio dia ao anoitecer, a Fraternidade esteve ao lado do Nosso Senhor Jesus Cristo, em adoração e pedindo pela sua caminhada e pelo sucesso do Curso de Formação Regional que ocorre neste final de semana e ocorrerá em nossa sede.
O curso começa na sexta-feira à noite e segue até o sábado à tarde. Os participantes devem vir de todas as fraternidades do Regional (RN/PB) e contemplará os cargos e serviços das fraternidades, bem como a Juventude Franciscana. Nossa Fraternidade tem a grande alegria, com a força do Cristo vivo e ressuscitado, de acolher os participantes.
A exposição do Santíssimo ocorre todas as quintas-feiras à tarde na Igreja do Galo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Visita ao Arcebispo



No último dia 14 de outubro o Conselho, em nome de toda a Fraternidade, esteve reunido com o Arcebispo de Natal, Dom Matias Patrício de Macêdo, oportunidade na qual apresentou-se à santa obediência e informou as atividades realizadas pela Fraternidade neste ano e os planos para o triênio.

O acolhimento do sucessor apostólico foi bastante caloroso e afável. Aproveitando para exortar os irmãos a perseverarem na fé e darem exemplo de santidade e comunhão no serviço franciscano, abençoou nossa missão. Pediu que prossigamos cada vez mais empenhados nas atividades da Arquidiocese e ao final ofertou um terço missionário à Fraternidade.

A importância dessa visita advém do que determinam as Constituições Gerais da OFS, no seu artigo 101, item 1:
"Os franciscanos seculares colaborem com os Bispos e sigam as suas orientações, enquanto moderadores do ministério da Palavra e da Liturgia e coordenadores das diversas formas de apostolado na Igreja particular."

O que está em acordo com o artigo 6º da Regra e Vida da OFS, o qual diz que os franciscanos seculares "[...] inspirados por São Francisco e com ele chamados a restaurar a Igreja, empenhem-se em viver em comunhão plena com o Papa, os Bispos e os Sacerdotes, promovendo um confiante e aberto diálogo de fecundidade e de riqueza apostólicas". Pois o principal serviço do franciscano à Igreja é a fidelidade ao seu carisma no estado secular e a vivência "sincera e aberta" da fraternidade (CG 100, 3).

O Seráfico Pai Francisco assim deixou na sua Regra Bulada: “não preguem os irmãos na diocese de algum bispo, quando este lhes tiver proibido” (c. IX).

Portanto, o franciscano secular, chamado por Deus à vida laical, vive essa comunhão com os irmãos que se dedicam, por chamado divino, à vida religiosa, e reconhece nestes os responsáveis por organizar a vida da Igreja e pastorear espiritualmente os fiéis, enquanto responsáveis por trazer até nós o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Carta aos Fiéis, segunda recensão).

Que a comunhão eucarística da Igreja, corpo do Senhor, frutifique em obras de caridade.

Paz e Bem!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Frei Galvão


Hoje, a Igreja, comunidade de amor, medita no exemplo de Frei Galvão - Santo Antônio de Sant'Anna Galvão -, o primeiro nascido no Brasil a ser canonizado. Sua beatificação coube ao Venerável João Paulo II, e a canonização a SS. Bento XVI.

Muito devotado à Virgem Maria, a quem confiava a intercessão por escrito em suas "pílulas", Frei Galvão, frade menor, foi assistente espiritual da OFS e, com relação à segunda ordem, foi co-fundador, com a irmã Helena Maria do Espírito Santo, da Ordem do Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição - concepcionistas do Mosteiro da Luz.

Servindo aos pobres, passou sua vida dedicado a ensinar o caminho da Paz e a ajudar aqueles que mais necessitavam de amparo material e espiritual.

Frei Galvão, rogai por nós.


Para saber mais, clique aqui (FreiGalvão.com)

domingo, 24 de outubro de 2010

Do Evangelho à vida: o verdadeiro culto (i)

O senhor houve a súplica que se dirige à Justiça.

O pobre, o oprimido, é aquele que não tem a quem recorrer diante de uma injustiça. Para quem tudo no mundo está perdido, resta o tudo dos céus.

Quando julgamos que nada mais há a fazer por nós, se estivermos com Deus, é porque tudo está feito. É importante perseverar no caminho do que é certo – sem se deixar levar pela tentação de se achar melhor – e na oração.

Prestar louvores a Deus é nosso dever, mas daí não advém que teremos tudo o que queremos. Antes, estamos a nos comprometer a fazer com que o certo aconteça entre os homens.

“Se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos filhos, quanto mais o Pai do céu! Ele dará o Espírito Santo àqueles que o pedirem” (Lc 11:13)

“Quem serve a Deus como ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens. A prece do humilde atravessa as nuvens” (Eclesiástico 35: 20-21)

A oração com confiança a Deus tudo pode. “Subiste ao topo” (Sl 67:19).

A experiência religiosa e prática do povo hebreu assim escreveu para a posteridade:

Provem e vejam como Javé é bom: feliz o homem que nele se abriga. Tema a Javé, povo consagrado a Javé, pois nada falta aos que o temem.” (Sl 34: 9-10)

Temer a Deus é reconhecê-lo como Santo, cujo Reino desejamos e cuja vontade respeitamos na condição de criaturas.

Cristo mostra que a auto exaltação apenas pode conduzir ao pecado (Lc 18:9-14), mas Deus faz justiça àqueles que por ele clamam (Lc 18:7).

“Observar a Lei vale mais do que oferecer sacrifícios, e observar os mandamentos é como oferecer sacrifício de comunhão. O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e o sacrifício pelo pecado é afastar-se da injustiça. A oferta do justo alegra o altar, e o perfume dela sobe até o Altíssimo.”

(Eclo 35:1, 3, 5)

sábado, 23 de outubro de 2010

Do Evangelho à vida: conversão

"Penintência", diz o Terceiro Segredo de Fátima, ecoando a duplamente milenar mensagem do Cristo que nos chama a seguir o Seu Caminho. Convertei-vos. Adverte Ele que temos de nos comportar como irmãos, sendo compreensivos, antes que chegue o juiz (Lc 12:58) ou eventual morte corporal que nos leve à presença de Deus: "se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo" (Lc 13:3 e segs), em pecado.

Que significa então seguir esse Caminho para a casa do Pai? "Vamos subir à casa do Senhor... Eis que nossos pés se estacam diante de tuas portas" (Sl 121:1-2).

Não é fácil descrever. A alma humana não consegue o alcance de a tudo vislumbrar, e o que vislumbra, por não entender, tem dificuldades de exprimir.

Agostinho sobre o tempo e as palavras disse que compreendia o tempo e o conhecia, podendo falar dele, mas não poderia explicá-lo (Confissões, livro IX, 14). Mas que, como uma criança que aos poucos aprende a se expressar, pode alcançar ao menos o desejo de Deus para sua vida (Livro I, 6,8).

"Toda a sabedoria vem do Senhor Deus, ela sempre esteve com ele. Ela existe antes de todos os séculos. Quem pode contar os grãos de areia do mar, as gotas de chuva, os dias do tempo? Quem pode medir a altura do céu, a extensão da terra, a profundidade do abismo? Quem pode penetrar a sabedoria divina, anterior a tudo?" (Eclesiástico 1:1-3).

Tentar compreender a realidade divina é ligar-se a toda a criação em seus mínimos detalhes. É compreender a grandeza da estrutura atômica do menor grão de areia em uma praia e ao mesmo tempo a razão de ser e origem dos ventos atmosféricos que passam sobre ela.

Mais ainda, é tentar penetrar na alma humana para daí extrair a solidariedade e o amor.

"Deus não é o autor da morte, a perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma. Ele criou tudo para a existência, e as criaturas do mundo devem cooperar para a salvação. Nelas nenhum princípio é funesto, e a morte não é a rainha da terra" (Sabedoria 1:13-14).

A Igreja é essa comunidade de criaturas que cooperam para a salvação. São Paulo tentou descrever esse mistério particularmente em sua carta enviada aos Efésios quando diz que a cada um foi dado um dom diferente, mas proveniente do mesmo Filho. E que somente unindo-os é poderemos vislumbrar o Reino de Deus (c. 4). É como recompor uma peça que está em pedaços para rever sua beleza.

"Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança." (Efésios 4:4).

E o resultado disso, Paulo, que experimentou a prisão das coisas divinas, apenas pôde descrever como:

"Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade, a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual seja a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus" (Efésios 3:17-19).

Conhecer todas as dimensões celestes, em altura, largura e profundidade. Eis a chegada ao Reino dos Céus, que se deve buscar enquanto no mundo terrestre vivemos.

Mas o próprio São Paulo deixa clara a limitação de suas descrições:

"A vós, irmãos, não vos pude falar como a homens espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo. Eu vos dei leite a beber, e não alimento sólido que ainda não podíeis suportar. Nem ainda agora o podeis, porque ainda sois carnais." (I Coríntios 3:1-2).

A mesma idéia está na Carta aos Hebreus (5:12).

Todo a Bíblia, que é a história da redenção humana, traz uma evolução desde o politeísmo até a descoberta do Deus único, passando pelo gradativo abandono da violência pelos filhos do Pai até a sua abertura a todos os povos.

Nesse caminho não faltaram interpretações exclusivistas e belicosas das mensagens divinas. Pois cada um sempre compreende segundo sua própria realidade. Mas nunca faltaram profetas que condenassem as interpretações equivocadas e os abusos dos poderosos.

O Caminho do Povo de Deus é o caminho da liberdade. Agora numa dimensão não meramente física.

"Porque não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser conhecido." (São Lucas 12:2).

E, por ocasiãoda revelação da terceira mensagem de Fátima, manifestou-se o hoje papa Bento XVI, então cardeal e prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé: "perceber os sinais do tempo significa compreender a urgência da penitência, da conversão, da fé."

E assim foi porque Deus, no grande mistério da vida, deu liberdade aos homens para crescerem assumindo a responsabilidade de seus atos, os quais serão julgados segundo a misericórdia divina e o que fora confiado a cada um.

Pois, a Igreja tem uma missão, "porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir. (...) Por que também não julgais por vós mesmos o que é justo?" (São Lucas 12:48,57).

Meditemos nas Palavras da Sagrada Escritura e façamos de cada dia um encontro com Deus no próximo para assim nos unirmos cada vez mais à Sua realidade e vontade e não nossa.

Paz e Bem!

"O Senhor descobre seu braço santo aos olhares das nações, e todos os confins da terra verão o triunfo de nosso Deus." (Isaías 52:10).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Eleições: Nota da CNBB

O MOMENTO POLÍTICO E A RELIGIÃO

"Amor e Verdade se encontrarão. Justiça e Paz se abraçarão" (Salmo 85)

"A Comissão Brasileira Justiça e Paz (CBJP) está preocupada com o momento político na sua relação com a religião. Muitos grupos, em nome da fé cristã, têm criado dificuldades para o voto livre e consciente. Desconsideram a manifestação da presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil de 16 de setembro, "Na proximidade das eleições", quando reiterou a posição da 48ª Assembléia Geral da entidade, realizada neste ano em Brasília. Esses grupos continuaram, inclusive, usando o nome da CNBB, induzindo erroneamente os fiéis a acreditarem que ela tivesse imposto veto a candidatos nestas eleições.
Continua sendo instrumentalizada eleitoralmente a nota da presidência do Regional Sul 1 da CNBB, fato que consideramos lamentável, porque tem levado muitos católicos a se afastarem de nossas comunidades e paróquias.
Constrangem nossa conciência cidadã, como cristãos, atos, gestos e discursos que ferem a maturidade da democracia, desrespeitam o direito de livre decisão, confundindo os cristãos e comprometendo a comunhão eclesial.
Os eleitores têm o direito de optar pela candidatura à Presidência da República que sua consciência lhe indicar, como livre escolha, tendo como referencial valores éticos e os princípios da Doutrina Social da Igreja, como promoção e defesa da dignidade da pessoa humana, com a inclusão social de todos os cidadãos e cidadãs, principalmente dos empobrecidos.
Nesse sentido, a CBJP, em parceria com outras entidades, realizou debate, transmitido por emissoras de inspiração cristã, entre as candidaturas à Presidência da Republica no intento de refletir os desafios postos ao Brasil na perspectiva de favorecer o voto consciente e livre. Igualmente, co-patrocinou um subsídio para formação da cidadania, sob o título: "Eleições 2010: chão e horizonte".
A Comissão Brasileira Justiça e Paz, nesse tempo de inquietudes, reafirma os valores e princípios que norteiam seus passos e a herança de pessoas como Dom Helder Câmara, Dom Luciano Mendes, Margarida Alves, Madre Cristina, Tristão de Athayde, Ir. Dorothy, entre tantos outros. Estes, motivados pela fé, defenderam a liberdade, quando vigorava o arbítrio; a defesa e o anúncio da liberdade de expressão, em tempos de censura; a anistia, ampla, geral e irrestrita, quando havia exílios; a defesa da dignidade da pessoa humana, quando se trucidavam e aviltavam pessoas.
Compartilhamos a alegria da luz, em meio a sombras, com os frutos da Lei da Ficha Limpa como aprimoraramento da democracia. Esta Lei de Iniciativa Popular uniu a sociedade e sintonizou toda a igreja com os reclamos de uma política a serviço do bem comum e o zelo pela justiça e paz.
Brasília, 06 de Outubro de 2010.
Comissão Brasileira Justiça e Paz,
Organismo da CNBB"

Dom Cláudio Hummes

Do site da CNBB:

Bento XVI acolheu, no dia de hoje, 7, a renúncia apresentada, por limites de idade, pelo cardeal dom Cláudio Hummes, do cargo de prefeito da Congregação para o Clero, no Vaticano.
O papa Bento XVI nomeou como sucessor do brasileiro o arcebispo Mauro Piacenza, até então secretário do mesmo dicastério vaticano.
O cardeal dom Cláudio Hummes, é frade franciscano e nasceu em Montenegro (RS), em 8 de agosto de 1934. Foi o 18º bispo de São Paulo, sendo seu 6º arcebispo e 4º cardeal; é arcebispo emérito de São Paulo.
Em 31 de outubro de 2006, foi nomeado prefeito da Congregação para o Clero, na Cúria Romana.
O Papa acolheu também a renuncia apresentada por limite de idade pelo cardeal Paul Josef Cordes, do Conselho Pontifício “Cor Unum”, chamando o secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, arcebispo emérito de Conakry, Robert Sarah, para a sucessão.

Clique aqui para saber mais sobre Dom Frei Cláudio Hummes, ofm

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

São Francisco de Assis: o amor não é amado

Em 3 de outubro de 1226 Francisco deixou corporalmente o convívio de seus irmãos para contemplar a Trindade diretamente.
A beleza da vida de Francisco, a simplicidade tão difícil de ser seguida do Evangelho, as suas admoestações e advertências, são tesouros que nos conduzem ao céu.
Mastigar seus ensinamentos, seus gestos, é requisito para uma vida de santidade.
Sua forma de "reconstruir" a casa do Pai sem deixá-la, de conseguir a paz pela humildade, de imitar o Cristo na Terra, são de uma beleza sem precedentes entre as criaturas que preenche-nos o espírito só de imaginar.
Até hoje, falar de Francisco é deixar-se inundar por uma Paz divina, é encher os olhos de esperança, é sorrir com o pobrezinho de Assis.

Hoje à noite, o Convento de Santo Antônio, Igreja do Galo, encerra a Festa de São Francisco com a procissão solene pelas ruas do centro da cidade.

Ontem, deve ser destacada a "Noite da OFS e da Pequena Família Franciscana", durante a Programação da Festa, que teve Frei Franklin como pregador, o qual abordou a importância da fé para o Cristão e a gratuidade da misericórdia divina.
Na oportunidade, os irmãos professos fizeram a sua tradicional renovação dos votos, tendo colaborado com a homilia e cantado ao final a Oração de São Francisco em agradecimento à comunidade.
A OFS está aberta para aqueles que desejarem seguir o carisma franciscano em sua vida secular. As reuniões são no primeiro e terceiro domingo do mês.
Links para saber mais sobre Francisco de Assis: wikipedia; Capuchinhos da Imaculada Conceição