"Uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. (...) Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeceste". (Gn 22, 17-18)
"Conservei a confiança ainda quando podia dizer: Em verdade sou extremamente infeliz.
Mas que poderei retribuir ao Senhor por tudo o que ele me tem dado?
Cumprirei os meus votos para com o Senhor, na presença de todo o seu povo.
É penoso para o Senhor ver morrer os seus fiéis."
(Sl 115, 10, 12, 14, 15)
"Irmãos: Se Deus é por nós, quem será contra nós? Deus, que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com ele?" (Rm 8,31b-32)
"Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, e os levou sozinhos a um lugar à parte, sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. (...) Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: "Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias". (...) Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: "Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!" (...) Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos." (Mc 9, 2, 5, 7, 9)
Abraão e Isaac não tentaram a Deus (Gn 22, 1). Quem segue o caminho que Deus indica e confia que Ele tudo proverá, coloca o que tem de mais precioso - principalmente aos olhos dos homens - a serviço desse chamado. E, em três dias, chegaram a Moriá.
Deus providenciará tudo para o caminho (Lc 10, 4; 12, 27; Mt 6, 28), inclusive o destino. E suas bênçãos recairão sobre seus servos.
A fé deve ser manifestada numa conduta de louvor e agradecimento, que manifestará a caridade no mundo e pegará a esperança na vida que há de vir.
Como os apóstolos reconheceram Moisés e Elias? Poderíamos pensar que de maneira sobrenatural e maravilhosa foi-lhes dito naquela ocasião única e especial por aqueles que estavam a sua frente. Mas, de maneira mais simples e aberta, podemos dizer que eles o souberam.
Em seus corações, viram Jesus entre a Lei e os Profetas. Viram e sentiram-no. Mais não necessitou ser dito sobre isso.
São Marcos registra o medo e a dificuldade mesmo dos mais próximos de Jesus para compreender a realidade divina mesmo após verem o Mestre transfigurado e terem ouvido a própria voz do Pai; o que santo evangelista também registra e que confirma a relação filial com o Cristo.
Por quê seria diferente conosco? Por quê também não teríamos dificuldade? E poderíamos também já perguntar, por quê não seríamos também filhos de Deus?
E, em assim sendo, por quê não haveríamos de ressuscitar com Ele?
Para isso, precisamos manter viva a fé e ouvirmos o que Ele nos diz, mesmo nas dificuldades, mesmo quando estivermos distantes.
Quanto mais longe de Deus, mais devemos silenciar para ouvi-Lo. Menos barulho do mundo devemos procurar. Menos devemos fugir Dele.
A Luz veio ao mundo e temos que abrir os olhos para ela (Jo 3, 19; 8, 12). A Deus, nada é impossível e Ele nos busca sem cessar, mesmo que não o procuremos. Porém, muitas vezes, não reconhecemos sua Providência, seu Amor.
Ouçamos a Cristo.
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Paz e Bem!
(2° domingo da Quaresma de 2015)
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