Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


quarta-feira, 9 de julho de 2014

A coragem para semear



Na sua paixão, carregando a cruz, Cristo lembra a profecia de Oséias: dirão às montanhas “caí sobre nós” (Lc 23,30; Os 10,8; Ap 6, 16)!

Uma profecia de fundo rural, agrário, na simplicidade do povo. “Semeiam ventos, colherão tempestades” (Os 8, 7) Plantemos Justiça, aremos o amor”! Diz o profeta:

Semeiem conforme a justiça e colham o fruto do amor. Cultivem um campo novo, porque é tempo de procurar a Javé, até que ele venha e faça chover sobre vocês a justiça. Vocês cultivaram a impiedade e por isso colheram a injustiça e comeram o fruto da mentira. (Os 10, 12-13)


A divisão, a separação, a falta de crença num só Deus, levou à desestruturação do povo de Deus. Por isso, a vergonha o cobriria, e pensaria que melhor seria se os montes caíssem sobre ele. Eis o primeiro mandamento violado:

Peçam a Javé as chuvas temporãs e tardias, pois Javé envia relâmpagos e chuva forte, dando a erva para cada um no seu campo. Pois os instrumentos de adivinhação dizem coisas vãs, os videntes só enxergam mentiras, contam sonhos fantásticos e dão consolo sem valor: por isso, o povo anda vagando, perdido, como ovelhas sem pastor. (Zc 10, 1-2)

Então Miquéias disse ao rei: “Estou vendo Israel espalhado pelas montanhas, como ovelhas sem pastor.” (1Rs 22, 17; 2 Cr 18, 16)

Por falta de pastor, minhas ovelhas se espalharam e se tornaram pasto de feras selvagens […] Elas não têm pastor, porque os meus pastores não se preocupam com o meu rebanho: ficam cuidando de si mesmos, em vez de cuidarem do meu rebanho […] Providenciarei um só pastor para cuidar das minhas ovelhas. Será o meu servo Davi. Ele cuidará delas, e será o seu pastor. Eu, Javé, serei o Deus delas, e o meu servo Davi será o seu chefe. (Ez 34, 5.8.23)


São essas as ovelhas que Cristo vê (Mt 9, 36; Mc 6, 34). Ovelhas separadas em meio à descrença semeada e, por muitos motivos, sem condições de amar e que precisam de um pastor (cf. Jdt 11,19).

E hoje, será que vejo o sofrimento do outro e prefiro me esconder em vez de assumir minhas dificuldades e levá-las adiante em busca da redenção? O que eu semeio? O que eu trago para junto das pessoas que estão cotidianamente ao meu redor? Eu planto amor, mansidão, tranquilidade? Ou despejo fardos pesados para os outros? (Mt 11, 29-30)

Muitas vezes, ignoramos o poder de pequenos atos e lançamos fora as sementes porque não são frutas. E assim nunca o serão.

Às vezes, aceitar verdades é essa pequena semente.

Preciso ter condições de ver as ovelhas sem pastor. Em casa, no trabalho, na rua, no mundo. Preciso me oferecer para o trabalho e procurar as ovelhas perdidas e ajudar (Mt 9, 38; 10, 6), como instrumento de Cristo, a tirar delas o mal, as doenças.


“Eu sou o bom pastor […] haverá um só rebanho e um só pastor.” (Jo 10, 11.16)


“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6, 3; 2, 16)


Paz e Bem!


Procurem Javé e sua força, busquem sempre a sua face. (Sl 104, 5)
O profeta está louco, o homem inspirado delira. À enormidade de teu pecado junta-se a de tua perseguição. (Os 9, 7)




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