Só em Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo, podemos encontrar respostas. E na contemplação do mistério sobrenatural da Trindade Divina encontramos o âmago de nossa fé.
E qual a dificuldade que temos para ver, ouvir, sentir esse mistério? Cristo no-lo diz: "Porque o coração deste povo se tornou insensível" (Mt 13, 15).
E Jeremias profetiza: "Dois pecados cometeu meu povo: abandonou-me a mim, fonte de água viva, e preferiu cavar cisternas, cisternas defeituosas que não podem reter água” (Jr 2, 13). Escutamos, mas não entendemos (Is 6, 9).
Essas são as lições da liturgia de hoje (16ª semana comum, quinta-feira, ano par).
Que maravilhosa comparação.
Há pouco, na liturgia da semana passada (15º domingo comum, ano A), lemos em Isaías que a Palavra de Deus é "como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente"(Is 55, 10), no mesmo dia em que refletimos sobre a parábola do semeador (Mt 13, 1-23); a mesma que, providencialmente, é retomada hoje. Pois bem, a palavra de Deus, semente lançada no coração dos homens, é como a água pura, sobre a qual um vento impetuoso soprava no primeiro dia da criação (Gn 1,2), vento que fez as águas baixarem após o dilúvio (Gn 8, 1) e que separou as águas do Mar Vermelho (Ex 14, 21).
Assim, água e vento são no mínimo duas fortes imagens para a comunicação da mensagem de Cristo, mas que exige uma compreensão própria para cada contexto. Pois, o mesmo vento, enquanto força da natureza que manifesta o poder de Deus, também é o Espírito, que "sopra onde quer, você ouve o barulho, mas não sabe de onde ele vem, nem para onde vai" (Jo 3, 8).
Pois se as graças de Deus são como chuva, que vêm e não voltam sem cumprir sua missão - temos que fazer a bondade de Deus retornar para Ele, do outro lado temos a tentativa vã de reter algo na terra, como quem se afunda cavando cacimbas que podem até reter um pouco de água por um tempo, mas que se esvai com o tempo e não deixa nada em seu lugar. Nessas horas, clamamos por chuva, que vem de graça e que temos de saber aproveitar. São imagens, sabemos que fisicamente todas voltam para o ar. Mas, com a alma, contemplamos a angústia da água que some - apesar de nossos esforços - e comparamos com a alegria da água que vem de cima, às vezes inesperada e sempre desejada. É essa água que sabemos que devemos reter, cuidar e usar da melhor maneira possível.
Portanto, qual o caminho para reter essa água, para ter sempre essa chuva de graças em nosso coração? Como ouvir e entender? Lembremos, "é na luz que vemos a luz" (Sl 35). Então veremos que a Palavra divina é Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (CIC 464-469), e tudo “foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo 1, 3-4)
Temos que ter cuidado para não abandonar a Deus e achar que iremos "cavar" respostas nas coisas que são exclusivamente deste mundo. Antes, temos que santificar o mundo. "Santificado seja o Vosso nome" por nossas obras, que então são vossas, ó Pai!
Por isso, como parte dessa relação entre o terreno e o divino na encarnação e vida de Jesus, do seu lado trespassado jorram “sangue e água” (Jo 19, 34).
A Cristo, o Vento e o Mar obedecem (Mt 8, 27; Mc 4, 41; Lc 8, 25).
Como não deixar nossa alma seguir Seu Espírito Santo?!
E, se as águas deste mundo tentarem nos engolfar, peçamos a Pedro a força e a coragem para dizer "Senhor, salva-me"!
"O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. É o mistério de Deus em si mesmo." (CIC 234)
E qual a dificuldade que temos para ver, ouvir, sentir esse mistério? Cristo no-lo diz: "Porque o coração deste povo se tornou insensível" (Mt 13, 15).
E Jeremias profetiza: "Dois pecados cometeu meu povo: abandonou-me a mim, fonte de água viva, e preferiu cavar cisternas, cisternas defeituosas que não podem reter água” (Jr 2, 13). Escutamos, mas não entendemos (Is 6, 9).
Essas são as lições da liturgia de hoje (16ª semana comum, quinta-feira, ano par).
Que maravilhosa comparação.
Há pouco, na liturgia da semana passada (15º domingo comum, ano A), lemos em Isaías que a Palavra de Deus é "como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente"(Is 55, 10), no mesmo dia em que refletimos sobre a parábola do semeador (Mt 13, 1-23); a mesma que, providencialmente, é retomada hoje. Pois bem, a palavra de Deus, semente lançada no coração dos homens, é como a água pura, sobre a qual um vento impetuoso soprava no primeiro dia da criação (Gn 1,2), vento que fez as águas baixarem após o dilúvio (Gn 8, 1) e que separou as águas do Mar Vermelho (Ex 14, 21).
Assim, água e vento são no mínimo duas fortes imagens para a comunicação da mensagem de Cristo, mas que exige uma compreensão própria para cada contexto. Pois, o mesmo vento, enquanto força da natureza que manifesta o poder de Deus, também é o Espírito, que "sopra onde quer, você ouve o barulho, mas não sabe de onde ele vem, nem para onde vai" (Jo 3, 8).
Pois se as graças de Deus são como chuva, que vêm e não voltam sem cumprir sua missão - temos que fazer a bondade de Deus retornar para Ele, do outro lado temos a tentativa vã de reter algo na terra, como quem se afunda cavando cacimbas que podem até reter um pouco de água por um tempo, mas que se esvai com o tempo e não deixa nada em seu lugar. Nessas horas, clamamos por chuva, que vem de graça e que temos de saber aproveitar. São imagens, sabemos que fisicamente todas voltam para o ar. Mas, com a alma, contemplamos a angústia da água que some - apesar de nossos esforços - e comparamos com a alegria da água que vem de cima, às vezes inesperada e sempre desejada. É essa água que sabemos que devemos reter, cuidar e usar da melhor maneira possível.
Portanto, qual o caminho para reter essa água, para ter sempre essa chuva de graças em nosso coração? Como ouvir e entender? Lembremos, "é na luz que vemos a luz" (Sl 35). Então veremos que a Palavra divina é Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem (CIC 464-469), e tudo “foi feito por meio dela, e, de tudo o que existe, nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens.” (Jo 1, 3-4)
Temos que ter cuidado para não abandonar a Deus e achar que iremos "cavar" respostas nas coisas que são exclusivamente deste mundo. Antes, temos que santificar o mundo. "Santificado seja o Vosso nome" por nossas obras, que então são vossas, ó Pai!
Por isso, como parte dessa relação entre o terreno e o divino na encarnação e vida de Jesus, do seu lado trespassado jorram “sangue e água” (Jo 19, 34).
A Cristo, o Vento e o Mar obedecem (Mt 8, 27; Mc 4, 41; Lc 8, 25).
Como não deixar nossa alma seguir Seu Espírito Santo?!
E, se as águas deste mundo tentarem nos engolfar, peçamos a Pedro a força e a coragem para dizer "Senhor, salva-me"!
Paz e Bem!
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