Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Fazer a vontade do Pai




Quem faz a vontade do Pai?! A nossa língua e nossos gestos transbordam daquilo do que o coração está cheio (Mt 12, 34; Lc 6, 45). Façamos um exame de consciência e sintamos o que fazemos para atender o pedido do Pai: “segue-me” (Mt 10, 38 e outras quinze passagens do Evangelho), pois “quem me segue não andará nas trevas” (Jo 8, 12).

Deus liberta quem o segue de todas as angústias. “O anjo de Javé acampa ao redor dos que o temem, e os liberta. Provem e vejam como Javé é bom: feliz o homem que nele se abriga.” (Sl 33, 8-9).

Muitos ouvirão o chamado, mas nem todos seguirão. Toda o povo ouvirá a voz do Senhor, nem todos entenderão. “Naquele dia, não terás de envergonhar-te por causa de todas as tuas obras com que prevaricaste contra mim; pois eu afastarei do teu meio teus fanfarrões arrogantes, e não continuarás a fazer de meu santo monte motivo de tuas vanglórias.” (Sf 3, 11).

Paz e Bem!

(Sobre a liturgia da terça-feira, da terceira semana do Advento)


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Misericórdia na Imaculada Conceição



“Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será desligado no céu.” (Mt 16, 19)


“A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.”

(Carta Apostólica, sob forma de Motu Proprio, Porta Fidei, do Sumo Pontífice Bento XVI, com a qual se proclama o Ano da Fé) 


“O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao amor de Deus que perdoa. [grifos inexistentes no original]
[…]
Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja. Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento.”

(Bula de proclamação do jubileu extraordinário da misericórdia MisericordiaeVultus)



Hoje, comemoração da Imaculada Conceição de Maria, vemos na liturgia um chamado tantas vezes repetido na Escritura: “não tenham medo”! (Gn 15, 1; 21, 17; 26, 24; Tb 12, 16; 1Rs 17, 13; 2Rs 1, 15; Mt 10, 31; Mc 5, 36; Lc 12, 32; Jo 6, 20; Ap 1, 17)

"Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!"
(S. João Paulo II, na homilia de início do seu pontificado, em 22/10/78)


Após o pecado original, Adão ainda ouve Deus, mas se esconde e diz “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo” (Gn 3, 10). Quantas vezes faço algo que sei ser errado ou que prejudica a mim ou a outro (Rm 7, 14), mas prefiro entender que eu sei o que é melhor. Mas, depois, fico receoso pelas consequências. Mas Deus “nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo” (Ef 1, 5), e ao fogo eterno destinou o mal (Mt 25, 41).

Mas, como Rafael a Tobit e Tobias (“Não tenham medo! Que a paz esteja com vocês! Bendigam a Deus para sempre”; Tb 12, 17), essa é a mensagem que perpassa a existência humana e que abre o caminho da graça quando Gabriel diz a Maria: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.” Essa plenitude de graça é tanta que Maria é não apenas molde da compaixão divina para nós, mas também co-redentora que abre o mundo para a Paz através da obediência destemida (Lumen Gentium, n. 55-6; Redemptoris Mater, n. 18).

Hoje, renovamos o desejo de nos entregarmos ao coração da misericórdia de Deus, como pregou Santa Faustina e São João Paulo II e nos pede o Papa Francisco. Na bula que proclama este jubileu, são retomadas as palavras de Paulo VI ao encerrar a última sessão pública do Concílio: “Toda esta riqueza doutrinal orienta-se apenas a isto: servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas fraquezas, em todas as suas necessidades”.

Assim se unem o amor de Deus pela humanidade, presente na Imaculada Conceição de Maria, e o peregrinar humano nesta Terra.

Que a Misericórdia Divina seja nosso destino. “Ó sangue e água, que jorrastes do coração de Jesus como fonte de misericórdia para o mundo, eu confio em Vós!”

“Que o Jubileu da Misericórdia traga a todos a bondade e a ternura de Deus!” (Papa Francisco)

Paz e Bem!

"Não tenha medo; apenas tenha fé!"
(Mc 5, 36)

“No amor não existe medo”
(1Jo 4, 18)

“Não tenha medo, pequeno rebanho, porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino.”
(Lc 12, 32)

“Neste mundo vocês terão aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo.”
(Jo 16, 33)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

50 anos da Declaração Dignitatis Humanae e do epílogo do Concílio Vaticano II


Em 7 de dezembro de 1965, o Papa Paulo VI, assinou a Declaração Dignitatis Humanae, sobre a Liberdade Religiosa.
O Concílio teve sua última sessão pública nessa data, na qual também foram promulgadas a Constituição Pastoral Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo atual, o Decreto Ad Gentes, sobre a atividade missionária da Igreja e o Decreto Presbyterorum Ordinis, sobre o ministério e a vida dos sacerdotes.
O papa discursa no mesmo dia 7 de dezembro de 1965, e avalia o período do Concílio Vaticano II, com destaque para sua introspecção caritativa na busca de glorificar a Deus. Ao final, indagou o Sumo Pontífice sobre o trabalho conciliar: "Não será, em resumo, um modo simples, novo e solene de ensinar a amar o homem para amar a Deus?"
No dia seguinte, com a Carta Apostólica In Spiritu Sancto,  o papa encerrou o Concílio, convocado no Natal de 1961 por São João XXIII, e iniciado em outubro de 1962. Ali decreta "que a presente carta seja e permaneça plenamente firme, válida e eficaz; que tenha e consiga os seus efeitos plenos e íntegros; que seja apoiada por aqueles a quem, agora ou no futuro, diz ou poderá dizer respeito; que assim se deve julgar e definir; e que desde este momento se deve ter como nulo e sem valor tudo quanto se fizer em contrário, por qualquer indivíduo ou autoridade, conscientemente ou por ignorância."
A Declaração Dignitatis Humanae hoje revela seguir esse intento de perpetuidade. Como os demais documentos conciliares, sua atualidade exsurge de cada releitura. Seu primeiro tópico inicia com o tema "o problema da liberdade religiosa na atualidade", e considera como direito natural a liberdade de tudo o que é próprio do espírito. E, após fazer a profissão de fé no caminho revelado por Deus aos homens e no serviço da Igreja, proclama que "todos os homens têm o dever de buscar a verdade, sobretudo no que diz respeito a Deus e à sua Igreja e, uma vez conhecida, de a abraçar e guardar" (n. 1).
Apenas a consciência humana livre e protegida penetra de modo suave e forte no espírito e gera a fé; não a força que age sobre os corpos (tema que também está no discurso do Papa Bento XVI na Universidade de Regesnburg, em 12/09/06, "fé, razão e universidade"). A estreita vinculação entre a dignidade humana e a liberdade religiosa tornam esta não apenas uma tarefa da comunidade, mas da família e dos governos.
E, sendo a Liberdade Religiosa um dever do católico para com a difusão da mensagem de Cristo e sem desligar-se desta Verdade Suprema, o Concílio exorta os fiéis a estarem atentos a sua responsabilidade pessoal:

Pois é patente que todos os povos se unem cada vez mais, que os homens de diferentes culturas e religiões estabelecem entre si relações mais estreitas, que, finalmente, aumenta a consciência da responsabilidade própria de cada um. Por isso, para que se estabeleçam e consolidem as relações pacíficas e a concórdia no género humano, é necessário que em toda a parte a liberdade religiosa tenha uma eficaz tutela jurídica e que se respeitem os supremos deveres e direitos dos homens de praticarem livremente a religião na sociedade. (Dignitatis Humanae, n. 15)

Posteriormente, em 4 de dezembro de 1966, viria ainda o Decreto Inter Mirifica, sobre os meios de comunicação social.

Paz e Bem!

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Para a glória de Deus, na Terra e no Céu

Bom dia. Creio na comunhão dos santos. Hoje, a Igreja nos faz um convite em especial. Incontáveis irmãos, que estão na Igreja Padecente, precisam de nossa ajuda. É nossa parte em sua salvação. Mas o que por em comunhão? O que comungar com eles? Certamente, não nossa tristeza, sofrimento ou lamentos. Para quem nos vê, para aqueles que lembramos, só a oração, a prática da caridade e a vida sacramental farão o Bem. "A morte põe termo à vida do homem, enquanto tempo aberto à aceitação ou à rejeição da graça divina, manifestada em Jesus Cristo" (CIC 1021). Depois, tudo ficará transparente, inclusive os segredos mais ocultos (CIC 678). Então vamos compartilhar hoje orações e oferecimentos para aqueles que amamos e não cessam de nos querer bem, mesmo nas maiores dificuldades espirituais que enfrentem. Paz e Bem.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador! (Sl 67)

Bendito seja Deus, bendito seja cada dia, o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos! Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador; o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!
(Sl 67, 10-21)


Reflexão sobre Lc 13, 10-17:

Quando o valor material está em jogo em uma determinada situação, ninguém duvida sobre a necessidade de uma ação, pois tudo é permitido para evitar a perda material. Mas quando o valor é a pessoa humana, tudo é muito complicado. Não se pode agir por uma série de motivos como proibições legais, necessidade de uma melhor organização, haverá melhores oportunidades, não é assim que se fazem as coisas e uma série de outros argumentos. Tudo isso nos mostra que nos nossos tempos, os valores não são diferentes dos do tempo de Jesus. Nos mostra também que não vivemos plenamente o Evangelho, pois amamos mais o dinheiro do que os nossos irmãos e irmãs.


Paz e Bem!

domingo, 4 de outubro de 2015

Dia de São Francisco


São Francisco, nosso irmão menor, rogai a Deus por nós e nos ensina por seu exemplo o caminho da entrega total a Deus.
Paz e Bem!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

25 de agosto: São Luís, copadroeiro da OFS

(imagem de São Luís em altar lateral na Igreja de Santo António à Sé, em Lisboa)

Luís (1214-1270), contemporâneo de Francisco (1182aprox.-1226) e de Antônio (1191aprox.-1231, reinou em França com o título de Luís IX, de 1226 a 1270, em um período bastante conturbado da história. Seu pai, Luís VIII, já herdara do seu avô, o rei Filipe Augusto, a cruzada albigense contra os cátaros, a qual, sob protestos do papa Inocêncio III, gerou crueldades e inúmeras interferências por interesses políticos e econômicos. Era primo dos reis portugueses Sancho II e Afonso III, além de parente de diversos outros monarcas. Assumiu efetivamente o trono francês com a maioridade em 1234, já com a França pacificada. Casou com Marguerite de Provence e teve onze filhos, um dos quais o sucedeu no trono como Filipe III e foi o responsável por levar seus restos a Saint-Denis em humilde cortejo.
Conhecido por sua religiosidade e sentimento de Justiça, representa bem o pensamento religioso e piedoso de sua época. Incentivou as artes e a cultura. Era bastante querido pelo povo e grande praticante da caridade e do serviço ao próximo. Franciscano secular (penitente), adquiriu ao imperador Balduíno II, de Constantinopla, a relíquia da coroa de espinhos, conservada na “Santa Capela” que mandou erigir em Paris especialmente para essa finalidade; além de relíquias da cruz de Cristo. A capela fica próxima à catedral de Notre-Dame, que as guarda desde 1806, e as relíquias são veneradas às primeiras sextas-feiras e nas sextas da quaresma e da semana santa (clique aqui para detalhes).
Organizou a sétima cruzada, como parte de promessa pela recuperação da saúde, para retomar o Santo Sepulcro. Após dar início à oitava cruzada, faleceu de maneira humilde no dia 25 de agosto de 1270, em Túnis, vítima provavelmente de uma disenteria por infecção. Seu corpo foi mantido em Túnis (entranhas, em razão do processo para transporte dos ossos), Palermo (coração) e Saint-Denis (corpo desaparecido, mas recuperado parcialmente). Hoje, a Igreja de “São Luís na Ilha” mantém relíquias suas.

Foi canonizado em 1297 pelo papa Bonifácio VII, como “São Luís de França”. É copadroeiro da Ordem Franciscana Secular, com Santa Isabel da Hungria. Em 2014 completaram-se 800 anos de seu nascimento.

São Luís, rogai do céu por nós, para que saibamos ser dignos gestores dos bens para Deus, zelosos por nossa fé, humildes servos e saibamos educar nossos filhos para o caminho de Cristo.

Paz e Bem!


(Paróquia de São-Luís-em-Ilha, Paris)

Testamento de São Luís

Caro filho, antes de tudo começo por ensinar-te a amar o Senhor, teu Deus, com todo o coração, com todas as tuas forças, porque sem isso ninguém tem valor.

Filho, deves evitar tudo quando sabes desagradar a Deus, quer dizer, o pecado mortal, de tal forma que prefiras ser atormentado por toda sorte de martírios a cometer um pecado mortal.

Ademais, se o Senhor permitir que te advenha alguma tribulação, deves suportá-la com serenidade e ação de graças. Considera suceder tal coisa em teu proveito e que, talvez, a tenhas merecido. Além disso, se o Senhor te conceder a prosperidade, tens de agradecer-lhe humildemente, tomando cuidado para que nesta circunstância não te tornes pior, por vanglória ou outro modo qualquer, porque não deves ir contra Deus ou ofendê-lo valendo-se de seus dons.
Ouve com boa disposição e piedade o ofício da Igreja e enquanto estiveres no templo, cuida de não vagueares os olhos ao redor, de não falar sem necessidade, mas roga ao Senhor devotamente quer pelos lábios quer pelo coração.

Guarda um coração compassivo para com os pobres, infelizes e aflitos e, quando puderes, auxilia-os e consola-os. Por todos os benefícios que te foram dados por Deus, rende-lhe graças para te tornares digno de receberes maiores. Em relação a teus súditos, sê justo até ao extremo da justiça sem de te desviares para a direita nem para  esquerda: e põe-te sempre de preferência da parte do pobre mais do que do rico, até estares bem certo da verdade. Procura com empenho que todos os seus súditos sejam protegidos  pela justiça e pela paz, principalmente as pessoas eclesiásticas e religiosas.

Sê delicado e obediente  à nossa mãe, a Igreja Romana, ao Sumo Pontífice, como pai espiritual.  Esforça-te por remover de teu país todo pecado, sobretudo o das blasfêmia e da heresia.

Ó filho muito amado, dou-te enfim, toda bênção que um pai pode dar a um filho; e toda a Trindade e todos os santos te guardem do mal. Que o Senhor conceda a graça de fazer sua vontade de forma a ser servido e honrado por ti. E assim depois desta vida, iremos juntos vê-lo, amá-lo, louvá-lo sem fim. Amém.

Fonte do Testamento: OFS Rio Comprido


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Errata

Peço desculpas por postagem anterior que foi enviada aos que recebem os comunicados deste Blog, a qual se deveu a equívoco no seu direcionamento.
Fabiano Mendonça, ofs

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Transfigurar-se com Cristo


Ao lembrarmos da transfiguração de Cristo, quando "suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar" (Mc 9:3) e seu aspecto indizível, de modo que "ultrapassa a nossa imaginação e o nosso entendimento" (CIC 1000), podemos ser levados a nos concentrar em diversos aspectos.

A própria palavra figura, confunde-se parcialmente com forma, em sua etimologia latina. Assim, transfigurar guarda relação com transformar, e desfigurar com deformar. De início, portanto, Cristo faz o que para nós é impossível: transforma-se. Portanto, convida indiretamente a fugirmos de tudo que deforma nosso caminho de santidade, que se encontra no alto de um monte (Mc 9:2).

Por outro lado, devemos ter cuidado com nossos impulsos e ouvir primeiro ("Escutai o que Ele diz", falou o Pai; Mc 9:7). Caso contrário, sem essa subida acompanhada do momento de ouvir, apenas faremos ações desordenadas, seremos tomados de medo ou de paixões inconsequentes.

Mas Moisés e Elias, toda a história, é confirmada em Cristo. É preciso saber que desceremos da alta montanha para a vida que temos, é preciso saber que há o momento certo para ouvir e, apenas após, caminharmos com Cristo no momento certo.


Paz e Bem!


“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”
(Mt 16:25)

PROFISSÃO



No último 2 de agosto, no Convento de Santo Antônio, Natal (Igreja do Galo), a Fraternidade São Francisco de Assis teve a alegria de receber como membros permanentes quatro novos irmãos. Foi o dia da profissão perpétua dos novos franciscanos que, aos pés do altar, oferecendo sua vida à pregação do Evangelho, fizeram suas promessas sagradas a Cristo.

Ali, Adriano, Antônio, Larissa e Sésiom renovaram seu batismo e abraçaram a REGRA e VIDA da ORDEM FRANCISCANA SECULAR diante da Eucaristia e rogamos a graça divina e o auxílio de Maria Santíssima para que os guie no caminho da santidade.






Paz e Bem!



“Onipotente, eterno, justo e misericordioso Deus, dá a nós, miseráveis, fazer, por ti mesmo, o que sabemos que tu queres, e sempre querer o que te apraz, para que, interiormente purificados, interiormente iluminados, e acesos no fogo do santo espírito, possamos seguir os vestígios de teu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e chegar só por tua graça a ti, Altíssimo, que na Trindade perfeita e na Unidade simples vives e reinas e és glorificado, Deus onipotente, por todos os séculos dos séculos. Amém.”

(São Francisco, Carta a toda a Ordem)

terça-feira, 26 de maio de 2015

Doar-se a Deus



Tu és minha vida, Senhor, minha Paz, meu Tudo! Oferecer cada dia, cada ato é fonte da alegria mais pura. “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, receberá cem vezes mais agora, durante esta vida — casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, a vida eterna" (Mc 10, 29-30). A oferta da vida a serviço de Cristo, na família, no mundo, na Igreja, não é tirada de mim, é o retorno ao mais profundo tesouro que podemos encontrar!

Paz e Bem!

“O que agrada ao Senhor é afastar-se do mal, e o que o aplaca é deixar a injustiça. […] Faze todas as tuas oferendas com semblante sereno, e com alegria consagra o teu dízimo. Dá a Deus segundo a doação que ele te fez, e com generosidade, conforme as tuas posses". (Eclo 35, 5, 11-12)

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Como levar o Amor ao próximo




O Amor cristão é um amor que frutifica. E esse fruto surge quando levamos o Amor e a Paz ao mundo. Abraçar o outro, testemunhar a Cristo onde estivermos e com a sabedoria do Espírito. Esse é o caminho da  verdadeira felicidade!

Paz e Bem!

“Tem confiança. Assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma” (At 23, 11)

“Guardai-me, ó Deus, porque é em vós que procuro refúgio.” (Sl 15, 1)

“ Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: ‘Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste.

Eu lhes fiz conhecer o teu nome, e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles’”. (Jo 17, 20-26)

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O que ouvimos na Quaresma


Como forma de colaborar com a conversão diária do cristão, as reflexões quaresmais postadas no Blog estão reunidas e organizadas meditativamente em página própria que pode ser acessada pelo Menu no topo. Ou clique aqui.

A Paz de Cristo e a Paz do mundo


"[...] tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!”"
(Jo 16, 33)

Paz e Bem!

domingo, 17 de maio de 2015

Ascensão do Senhor



Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é nossa vitória. Fazei-nos exultar de alegria e fervorosa ação de graças, pois, membros de seu corpo, somos chamados na esperança a participar da sua glória. Por Cristo, nosso Senhor. (Oração do Dia)

"por que ficais aí a olhar para o céu?" (At 1, 11)

Paz e Bem!

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Acompanhar o Espírito Santo


Se temos fé em Deus, esse dom é obra do Espírito Santo (CIC 683). Ele nos leva a ir além de nosso comodismo, em busca daquelas que possam aceitar sua verdade. Sim, nossa missão, razão de existir e alegria, é levar Deus a todos os lugares e, sobretudo, a todos os nossos atos! Mantenhamos uma atitude de serviço. Assim, o Espírio abrirá o nosso coração e o do próximo. Estejamos sempre próximos da verdade que liberta que é Cristo e confiemos, nunca seremos abandonados!

Paz e Bem!


“Saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. […] Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo.” (At 16, 13-14)

“Aleluia. Cantai ao Senhor um cântico novo, ressoe o seu louvor na assembléia dos fiéis. [… ] porque o Senhor ama o seu povo, e dá aos humildes a honra da vitória.”
(Sl 149, 1, 4)


Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. […] Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim.” (Jo 15, 26-27; 16, 2-3)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Deixo que Deus cuide de mim?


Deus cuida de nós como a uma flor num jardim, a um ramo na videira: Ele nos poda, limpa-nos. E assim, podemos florescer em liberdade. A Igreja, comunidade de Amor, alegra-se com a alegria de quem está em Cristo, como sua esposa que é. E a Palavra de Cristo, que liberta, também é caminho para nos purificar, para nos limpar. E assim seremos videira e daremos fruto de Amor. Por isso seremos reconhecidos, sem medo de contemplar a luz.


Paz e Bem!


“Paulo e Barnabé atravessaram a Fenícia e a Samaria. Contaram sobre a conversão dos pagãos, causando grande alegria entre todos os irmãos.” (At 15, 3)

“Por amor da casa do Senhor, nosso Deus, pedirei para ti a felicidade.”
(Sl 121, 9)


Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei.” (Jo 15, 3)

segunda-feira, 4 de maio de 2015

É importante seguir o Espírito




O Espírito Santo nos dá a Paz e Cristo O deixou conosco como nosso advogado nas dificuldades, para falar por nós quando precisássemos. Confiemos Nele. Façamos as coisas por Deus, não por nós. Façamos como Paulo e Barnabé, que souberam recusar ofertas e lembrar que todos somos homens e podemos nos unir à videira divina.


“Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe.” (At 14, 15)

Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória, por amor de vossa misericórdia e fidelidade.
(Sl 113b, 1)

 “Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele […] Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”. (Jo 14, 21, 26)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Luz e o compromisso cristão

"Quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus" (Jo 3, 21).

Vindo ao mundo para nossa salvação, Cristo nos abre às portas do céu e nos salva das angústias. E, uma vez livres, como os apóstolos, nosso primeiro ao deve ser evangelizar. Pegar a boa nova, com palavra e gestos de Amor, é o primeiro compromisso daquele que tem fé.
Paz e Bem!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

O rosto da misericórdia

Ao mesmo tempo em que proclama um ano santo da misericórdia, o papa determinada a abertura de PORTAS DA MISERICÓRDIA em cada Igreja particular e convida todos a um tempo de PEREGRINAÇÃO, com missionários destinados a espalhar o amor de Deus pelo mundo.
Preguemos. Paz e Bem!

News.va: "Papa identifica retrocesso na teoria do gênero"

A complementaridade entre os gêneros, tão cara à castidade e à pureza de Francisco e Clara é tema retomado pelo Papa Francisco. Esse caminho de aprendizado tem muito a contribuir para a melhoria de nossa sociedade.



Papa identifica retrocesso na teoria do gênero

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Luz e o compromisso cristão

"Quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus" (Jo 3, 21).

Vindo ao mundo para nossa salvação, Cristo nos abre às portas do céu e nos salva das angústias. E, uma vez livres, como os apóstolos, nosso primeiro ao deve ser evangelizar. Pegar a boa nova, com palavra e gestos de Amor, é o primeiro compromisso daquele que tem fé.
Paz e Bem!

domingo, 29 de março de 2015

segunda-feira, 23 de março de 2015

"Não peques mais"!



“Susana, porém, chorando, disse em voz alta: ‘Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!’ […] Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam.” (Dn 13, 42-43, 60)

“O Senhor é meu pastor, nada me faltará.
Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma.
Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome.

Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo.
[…]
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida.”
(Sl 22, 1-4, 6)

“Então Jesus lhe disse: ‘Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais’” (Jo 8, 11)


A misericórdia de Deus suplanta toda a perspectiva humana. Tenhamos ou não nos desviado do caminho, Ele nos ama. Se somos inocentes, vem em nosso socorro para que o mal seja visto. Se somos culpados, quer o nosso coração. Mas isso exige de todos uma postura humilde e reconciliadora, capaz de buscar e encontrar o Bem no íntimo da alma humana.

Paz e Bem!


(5ª semana da Quaresma de 2015, segunda-feira)

domingo, 22 de março de 2015

Ser povo de Deus



"serei seu Deus e eles serão meu povo. Não será mais necessário ensinar seu próximo ou seu irmão, dizendo: 'Conhece o Senhor!`; todos me reconhecerão, do menor ao maior deles, diz o Senhor, pois perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado'." (Jr 31, 33-34)

"Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado,
e apagai completamente a minha culpa!
...
Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido."
(Sl 50, 3-4, 12)

"Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu." (Hb 5, 8)

"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo (...). Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. (...) Então, veio uma voz do céu: 'Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!'" (Jo 12, 24, 26, 28)


Em Deus, não há mancha, não há pecado. Conhecê-lo, é estar com ele. Não significa apenas vê-lo e mesmo assim resistir a seu apelo de amor, mas abrir o coração para seu poder libertador. Poder olhar e dizer "Meu Senhor e Meu Deus". E depois, como Francisco, "meu Deus... E meu tudo!".
O Criador, ao se encarnar e assumir a condição humana, fá-lo corporalmente sem limites. Há um mistério de entrega e amor ao compartilhar o caminho com sua criação que se louva através dos séculos. Tudo para atrair o homem a Ele.
Para isso, não precisamos nos revestir externamente de boa aparência moral, mas internamente mostrar um coração puro e ter firmeza para seguir os passos do Senhor.
E, ao seguir esses passos, teremos nova vida.
Cristo nos convida a ver morrer tudo o que em nós é velho e limitado para conhecê-lo. E conhecê-lo é servir. Não apenas a Ele, mas sobretudo com Ele e Nele, com a Igreja - seu corpo místico - e nela.
O Senhor nos dá o exemplo da oração na qual reconhece que é preciso deixar o Pai agir, não pedir para nos livrar do que julgamos ser sofrimento, para que tudo seja conforme a nossa vontade. Conhecer e seguir a Deus significa reconhecer que, dentre os vários caminhos que nos surgem, um é de Deus. E basta permanecer nele. Para isso, Deus nos diz que assim glorifica a Cristo, caminho, verdade e vida.

Paz e Bem!

(5º domingo da Quaresma de 2015, ano B)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Fazer Cristo presente



“Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina.“ (Sb 2, 12)

“O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem, e os salva.
Provai e vede como o Senhor é bom, feliz o homem que se refugia junto dele.
Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem.”

(Sl 33, 8-10)

“Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis, mas eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou” (Jo 7, 28-29)


Devemos assumir a radicalidade do seguimento de Cristo ao profetizar no meio em que vivemos, evidenciando o que é certo e errado, mas com amor e ternura. Sobretudo, não aderir ao mal e preparar-se para a irresignação e incompreensão que poderá ser gerada. Mas será que estou preparado para o seguimento de Cristo? Tudo o que ele nos revela é fonte de santidade e de Amor. Estejamos com Ele.

Paz e Bem!

(4ª semana da Quaresma de 2015, sexta-feira)

sexta-feira, 13 de março de 2015

Nota oficial da CNBB sobre manifestações

NOTA DA CNBB SOBRE A REALIDADE ATUAL DO BRASIL

"Pratica a justiça todos os dias de tua vida e não sigas os caminhos da iniquidade" (Tb 4, 5)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, nos dias 10 a 12 de março de 2015, manifesta sua preocupação diante do delicado momento pelo qual passa o País. O escândalo da corrupção na Petrobras, as recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo Governo, o aumento da inflação, a crise na relação entre os três Poderes da República e diversas manifestações de insatisfação da população são alguns sinais de uma situação crítica que, negada ou mal administrada, poderá enfraquecer o Estado Democrático de Direito, conquistado com  muita luta e sofrimento.

Esta situação clama por medidas urgentes. Qualquer resposta, no entanto, que atenda ao mercado e aos interesses partidários antes que às necessidades do povo, especialmente dos mais pobres, nega a ética e desvia-se do caminho da justiça. Cobrar essa resposta é direito da população, desde que se preserve a ordem democrática e se respeitem as Instituições da comunidade política.

As denúncias de corrupção na gestão do patrimônio público exigem rigorosa apuração dos fatos e responsabilização, perante a lei, de corruptos e corruptores. Enquanto a moralidade pública for olhada com desprezo ou considerada empecilho à busca do poder e do dinheiro, estaremos longe de uma solução para a crise vivida no Brasil. A solução passa também pelo fim do fisiologismo político que alimenta a cobiça insaciável de agentes públicos, comprometidos sobretudo com interesses privados. Urge, ainda, uma reforma política que renove em suas entranhas o sistema em vigor e reoriente a política para sua missão originária de serviço ao bem comum.

Comuns em épocas de crise, as manifestações populares são um direito democrático que deve ser assegurado a todos pelo Estado. O que se espera é que sejam pacíficas. "Nada justifica a violência, a destruição do patrimônio público e privado, o desrespeito e a agressão a pessoas e Instituições, o cerceamento à liberdade de ir e vir, de pensar e agir diferente, que devem ser repudiados com veemência. Quando isso ocorre, negam-se os valores inerentes às manifestações, instalando-se uma incoerência corrosiva, que leva ao seu descrédito" (Nota da CNBB 2013).

Nesta hora delicada e exigente, a CNBB conclama as Instituições e a sociedade brasileira ao diálogo que supera os radicalismos e impede o ódio e a divisão. Na livre manifestação do pensamento, no respeito ao pluralismo e às legítimas diferenças, orientado pela verdade e a justiça, este momento poderá contribuir para a paz social e o fortalecimento das Instituições Democráticas.

Deus, que acompanha seu povo e o assiste em suas necessidades, abençoe o Brasil e dê a todos força e sabedoria para contribuir para a justiça e a paz. Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, interceda pelo povo brasileiro.

Brasília, 12 de março de 2015.

Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida – SP
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís – MA
Vice Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB

quinta-feira, 12 de março de 2015

Mensagem do Papa

Está disponível no Blog (item Publicações, à direita) o link para a Mensagem do Papa para esta Quaresma de 2015. Especial atenção deve ser dedicada ao pedido de oração a ser realizado nos dia 13 e 14 de março.

Aceitar ouvir a Deus




"Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes. Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para a frente, desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; mas não ouviram e não prestaram atenção" (Jr 7, 23-26)

“o Senhor é um Deus imenso, um rei que ultrapassa todos os deuses;
nas suas mãos estão as profundezas da terra, e os cumes das montanhas lhe pertencem.
Dele é o mar, ele o criou; assim como a terra firme, obra de suas mãos.
Vinde, inclinemo-nos em adoração, de joelhos diante do Senhor que nos criou. Ele é nosso Deus; nós somos o povo de que ele é o pastor, as ovelhas que as suas mãos conduzem.
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: Não vos torneis endurecidos […]”
(Sl 94, 3-8)

“Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.  Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”. (Lc 11, 20-23)


Nós somos o povo de Deus. Ele nos pastoreia como a ovelhas. E ele é o bom pastor. Antes de tudo, ele prescreveu: “ouvi a minha voz” (Jr 7, 23)! Não nos deixemos levar pelo espírito de orgulho ou indiferença. Em Cristo e no seu acolhimento ao próximo está todo o poder que pode guarnecer a nossa casa, a nossa mente e a nossa família. Não tenhamos medo, a partir de nossos atos, vamos render-lhe louvor para reunirmos a todos Nele que nos salva.

Paz e Bem!

(3ª semana da Quaresma de 2015, quinta-feira)

Atendimento fraterno na OFS

domingo, 8 de março de 2015

O caminho que Deus ensina para seu coração




“Não terás outros deuses além de mim.” (Ex 20, 3)


“Narram os céus a glória de Deus, e o firmamento anuncia a obra de suas mãos.

O dia ao outro transmite essa mensagem, e uma noite à outra a repete.

Não é uma língua nem são palavras, cujo sentido não se perceba, porque por toda a terra se espalha o seu ruído, e até os confins do mundo a sua voz;

aí armou Deus para o sol uma tenda.
E este, qual esposo que sai do seu tálamo, exulta, como um gigante, a percorrer seu caminho.

Sai de um extremo do céu, e no outro termina o seu curso; nada se furta ao seu calor.

A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples. Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração; o mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos.”

(Sl 18, 2-9)


“Pois o que é dito insensatez de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” (1Cor 1, 25)


“Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.” (Jo 2, 23-25)



Escândalo para muitos, não compreendido até pelos seus. Uns à espera de milagres, feitos fantásticos, caminhos de salvação imediata. Outros na busca de serem impressionados ou de algo que lhes fosse superior.

Eis o Deus verdadeiro, eis a nós, seu povo.

Assim, não reconhecemos que o Reino de Deus está próximo (disse João Batista – Mt 3,2 – e Jesus – Mt 4, 17, Mc 1, 15 –, que mandou assim pregar – Mt 10, 7, Lc 10, 9-11), nem zelaremos pelo Templo com o Amor que devemos ter (S l 69, 10).

Os mandamentos, enquanto expressão da essência, da identidade que devemos ter com Deus, mostram o caminho que nos leva à unidade e à comunhão dos santos. Se tivermos consciência disso, jamais deixaremos de ter em mente a importância dessa união:
“Ouça, Israel! Javé nosso Deus é o único Javé. Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força. Que estas palavras, que hoje eu lhe ordeno, estejam em seu coração. Você as inculcará em seus filhos, e delas falará sentado em sua casa e andando em seu caminho, estando deitado e de pé. Você também as amarrará em sua mão como sinal, e elas serão como faixa entre seus olhos. Você as escreverá nos batentes de sua casa e nas portas da cidade.” (Dt 6, 4-9)

A prática dos mandamentos nos afasta do mal e dos pecados capitais, sendo, mais do que uma regra ou ordem, uma descrição do caminho que segue aquele que tem Deus por seu criador e salvador:
“Quanto a você, volte a obedecer a Javé seu Deus, colocando em prática todos os mandamentos dele, que eu hoje lhe ordeno. Javé seu Deus fará prosperar as iniciativas suas, o fruto do seu ventre, o fruto dos seus animais e o fruto do seu solo. Porque Javé voltará a ter prazer com a felicidade de você, assim como tinha prazer com a felicidade de seus antepassados. A condição, porém, é que você obedeça a Javé seu Deus, observando-lhe os mandamentos e estatutos escritos neste livro da Lei, e que você se converta com todo o coração e com toda a alma para Javé seu Deus.” (Dt 30, 8-10)

Portanto, aquele que ama a Deus, por consequência, e se tem o devido entendimento, segue esses mandamentos. Eles são a garantia da liberdade que Deus nos deseja. Uma liberdade das prisões terrenas, nesta vida e nos céus.

Deus está acima de tudo e presente como o sol que ilumina o dia. Não há como afastar a sua força, nem fugir do caminho que preparou. Essa é uma realidade da qual não teremos como fugir.

Por isso mesmo, se ele quer nosso coração (Sl 49, 23; 50, 19), não adianta cumprimentos apenas exteriores de seus preceitos. Ele nos conhece. Mais ainda, conhecemos seus mandamentos, os quais, como obra da criação, estão inscritos em nosso interior como vestígio do traço de Deus. Se nos desviamos, são nossos atos que nos condenam (Mt 25, 31; “Assim, casa de Israel, eu vou julgar cada um de vocês de acordo com a própria maneira de viver”, Ez 18, 30).

Devemos ser firmes para expulsar tudo que se aproxima do Templo do Senhor (1 Cor 3, 16; 6, 19; 2 Cor 6, 16; Jo 2, 21). Ora, e se somos Templo do Espírito, por onde a obra de Deus se faz, não podemos permitir que, por comodismo, displicência ou relativismo, a iniquidade se aproxime e conspurque o espaço de oração. É preciso expulsar tudo aquilo que tenta fazer do Templo um local de autossuficiência mundana. Só assim, vivendo a radicalidade do amor divino, poderemos verdadeiramente considerar que somos oferenda para Deus.


Paz e Bem!

(3º domingo da Quaresma de 2015)

sábado, 7 de março de 2015

Confiar no Amor de Deus



"Qual Deus existe, como tu, que apagas a iniquidade e esqueces o pecado daqueles que são resto de tua propriedade? Ele não guarda rancor para sempre, o que ama é a misericórdia." (Mq 7, 18)

"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
...
Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes."
(Sl 102, 1-2, 11-12)


"O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. Mas o pai disse aos empregados: 'Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. [...] 'Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.' [...] Então o pai lhe disse: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado"'. (Lc 15, 21-22, 29, 31-32)

A fé que tenho em Deus deve ir ao ponto de também abrir os braços, como imagem e semelhança Dele, e não ter medo de ir ao seu encontro para mostrar-lhe meu coração arrependido. O tempo todo, ele nos lembra: "o que é meu, é teu"! Alegremo-nos! Estejamos felizes na simplicidade do dia-a-dia e façamos a festa pelo que retorna, mesmo que na nossa humanidade não o desejássemos.

Paz e Bem!

(2a semana da Quaresma de 2015, sábado)