“Eu lhe darei as chaves do Reino
do Céu, e o que você ligar na terra será ligado no céu, e o que você desligar na
terra será desligado no céu.” (Mt 16, 19)
“A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27),
que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja,
está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de
Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma.
Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.”
(Carta Apostólica, sob forma de Motu
Proprio, Porta Fidei, do Sumo
Pontífice Bento XVI, com a qual se proclama o Ano da Fé)
“O Ano Santo abrir-se-á no dia 8
de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição. Esta festa litúrgica
indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do
pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do
mal. Por isso, pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4),
para que Se tornasse a Mãe do Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão.
A misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar
um limite ao amor de Deus que perdoa. [grifos inexistentes no original]
[…]
Escolhi a data de 8 de Dezembro,
porque é cheia de significado na história recente da Igreja. Com efeito,
abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico
Vaticano II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento.”
(Bula de proclamação do jubileu
extraordinário da misericórdia MisericordiaeVultus)
Hoje, comemoração da Imaculada
Conceição de Maria, vemos na liturgia um chamado tantas vezes repetido na
Escritura: “não tenham medo”! (Gn 15, 1; 21, 17; 26, 24; Tb 12, 16; 1Rs 17, 13;
2Rs 1, 15; Mt 10, 31; Mc 5, 36; Lc 12, 32; Jo 6, 20; Ap 1, 17)
"Irmãos e Irmãs: não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!"
(S. João Paulo II, na homilia de início do seu pontificado, em 22/10/78)
Após o pecado original, Adão ainda
ouve Deus, mas se esconde e diz “Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo” (Gn
3, 10). Quantas vezes faço algo que sei ser errado ou que prejudica a mim ou a
outro (Rm 7, 14), mas prefiro entender que eu sei o que é melhor. Mas, depois,
fico receoso pelas consequências. Mas Deus “nos predestinou para sermos seus
filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo” (Ef 1, 5), e ao fogo eterno
destinou o mal (Mt 25, 41).
Mas, como Rafael a Tobit e Tobias
(“Não tenham medo! Que a paz esteja com vocês! Bendigam a Deus para sempre”; Tb
12, 17), essa é a mensagem que perpassa a existência humana e que abre o
caminho da graça quando Gabriel diz a Maria: “Não tenhas medo, Maria, porque
encontraste graça diante de Deus.” Essa plenitude de graça é tanta que Maria é não
apenas molde da compaixão divina para nós, mas também co-redentora que abre o
mundo para a Paz através da obediência destemida (Lumen Gentium, n. 55-6; Redemptoris
Mater, n. 18).
Hoje, renovamos o desejo de nos
entregarmos ao coração da misericórdia de Deus, como pregou Santa Faustina e
São João Paulo II e nos pede o Papa Francisco. Na bula que proclama este
jubileu, são retomadas as palavras de Paulo VI ao encerrar a última sessão
pública do Concílio: “Toda esta riqueza doutrinal orienta-se apenas a isto:
servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas
fraquezas, em todas as suas necessidades”.
Assim se unem o amor de Deus pela
humanidade, presente na Imaculada Conceição de Maria, e o peregrinar humano
nesta Terra.
Que a Misericórdia Divina seja
nosso destino. “Ó sangue e água, que jorrastes do coração de Jesus como fonte
de misericórdia para o mundo, eu confio em Vós!”
“Que o Jubileu da Misericórdia
traga a todos a bondade e a ternura de Deus!” (Papa Francisco)
Paz e Bem!
"Não tenha medo; apenas tenha fé!"
(Mc 5, 36)
“No amor não existe medo”
(1Jo 4,
18)
“Não tenha medo, pequeno rebanho,
porque o Pai de vocês tem prazer em dar-lhes o Reino.”
(Lc 12, 32)
“Neste mundo vocês terão
aflições, mas tenham coragem; eu venci o mundo.”
(Jo 16, 33)
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