Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Nota da CNBB sobre uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo

 
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 14, 15 e 16 de maio de 2013, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar. Desejamos também recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito.
Diante da Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a “habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo” (n. 175/2013), recordamos que “a diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural” (Nota da CNBB, 11 de maio de 2011). A família, assim constituída, é o âmbito adequado para a plena realização humana e o desenvolvimento das diversas gerações, constituindo-se o maior bem das pessoas.
Ao dar reconhecimento legal às uniões estáveis como casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em nosso país, a Resolução interpreta a decisão do Supremo Tribunal Federal de 2011 (cf. ADI 4277; ADPF 132). Certos direitos são garantidos às pessoas comprometidas por tais uniões, como já é previsto no caso da união civil. As uniões de pessoas do mesmo sexo, no entanto, não podem ser simplesmente equiparadas ao casamento ou à família, que se fundamentam no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e à educação dos filhos.
Com essa Resolução, o exercício de controle administrativo do CNJ sobre o Poder Judiciário gera uma confusão de competências, pois orienta a alteração do ordenamento jurídico, o que não diz respeito ao Poder Judiciário, mas sim ao conjunto da sociedade brasileira, representada democraticamente pelo Congresso Nacional, a quem compete propor e votar leis.
Unimo-nos a todos que legítima e democraticamente se manifestam contrários a tal Resolução. Encorajamos os fiéis e todas as pessoas de boa vontade, no respeito às diferenças, a aprofundar e transmitir, no seio da família e na escola, os valores perenes vinculados à instituição familiar, para o bem de toda a sociedade.
Que Deus ilumine e oriente a todos em sua vocação humana e cristã!
Brasília-DF, 16 de maio de 2013

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima - 13 de maio de 2013




Consagrar-se a Maria, é consagrar-se ao Amor de Deus.
Em sendo Cristo Deus tornado homem, Maria é Mãe de Deus. E como somos Igreja, também é nossa mãe.
Se podemos mostar Deus aos outros por nossos atos, Maria mostrou o próprio Cristo em corpo e sangue, dando seqüência à obra da criação, esperançosa de ver a redenção do homem prometida desde o início.
Mas, quando "uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram", Jesus respondeu "Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!" (Lc 11, 27-28).
E é Jesus mesmo que também lembrou "Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam." (Lc 8, 21).
Ora, coube a Maria, na sua divina intercessão pelo sofrimento humano, dizer: "Fazei o que ele vos disser" (Jo 2, 5).
O Cristo não quer um endeusamento das coisas do mundo, do passageiro, mas um firme e fiel cumprimento do seu Amor entre os homens. Uma firme adesão ao exemplo de Maria, carinhosa mãe que vive com o Filho nos céus pelos séculos dos séculos.
E é ao lado da mãe que encontramos o Filho. É lá que podemos encontrá-lo. Tanto quanto a alma vive, ela está com Ele e ele, que passou pela experiência da carne, conhece-lhe profundamente.

Hoje, é 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima.
Quando temos carinho por alguém, é costume dar-lhe apelidos, jeitos caseiros de transmitir chamado e amor. Não foi diferente com Maria. Hoje, são incontáveis as denominações que recebe, conforme os lugares que visitou de modo especial.
Quando lembramos das aparições da Nossa Senhora em Fátima, recordamos também os diálogos com os pastorinhos videntes e as maravilhas que por Ela Deus fez.
Em suma, como ficou expresso no "terceiro segredo", foi um pedido de penitência e conversão. "Penitência!", grita o Anjo. (clique aqui para a Mensagem de Fátima)

É de relevo notar que, como símbolo da unidade da Igreja, temos o Papa Francisco, por quem rezamos em todas as missas do mundo, as quais ocorrem a todo instante. E o mesmo foi alçado à cátedra de Pedro num dia 13 (13 de março de 2013), dia piedosamente dedicado a Maria de Fátima.

Enfim, diz o Evangelho do dia na sua primeira leitura (7ª semana da páscoa, segunda-feira):  “João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus” (At 19, 4). Eis o mesmo evangelista, Lucas, que registrou os momentos com os quais foi iniciado este texto. Eis a mesma mensagem: devemos convertermo-nos e crer por nossos atos e palavras naquele pelo qual fomo batizados, Jesus.

Paz e Bem!

"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam".


"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, pevo-Vos a conversão dos pobres pecadores”.


(Orações do Anjo)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

5ª Semana Social Brasileira‏



A Igreja somos nós e a fé exige que, como Cristo, frutifiquemos em obras de amor.
Este é um momento importante, onde se pode levar adiante a discussão sobre o Estado que temos e o Estado que queremos.

O Vicariato Social esta organizando o seminário provincial da 5ª Semana Social Brasileira na Arquidiocese e é muito importante a ampla divulgação nas paróquias, redes sociais e grupos em geral.
A inscrição poderá ser feita pelo email que aparece no cartaz.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A Igreja se une com seu Papa

Temos papa. Um jesuíta sul americano. Francisco I. Em todo caso, estou emocionado. Vai e restaura a nossa casa. Oremos pela Igreja. Paz e Bem!

Cristo é a cabeça da Igreja. Contemos com seu apóstolo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Retiro do Conselho e da Formação

Adriano (iniciante), Frei Xavier (assistente espiritual), Verônica (responsável pela formação), Marise (secretária) e Luís (vice-ministro) durante uma das reflexões
O Conselho que finaliza seu triênio neste mês e os iniciantes estiveram reunidos neste final de semana com Frei Xavier, assistente espiritual, para um retiro em Emaús. Oportunidade de refletir sobre a vocação franciscana, seu carisma, a espiritualidade de Francisco de Assis e, principalmente, sobre a vida em Fraternidade.
Foi um momento para se colocar a serviço de Deus, orar para discernir os caminhos a seguir e aprofundar sobre a vida em fraternidade.

75 anos da Fraternidade

Na quarta-feira, 6 de março de 2013, em celebração presidida por Frei Valter, a Fraternidade agradeceu a Deus pelos seus 75 anos de ereção canônica. Além da comunidade, estiveram presentes representantes das demais Fraternidades de nossa capital.
Na ocasião, foi lembrada a importância do serviço ao próximo e a missão do franciscano no mundo atual.



Durante a celebração no Convento de Santo Antônio

A Fraternidade em momento de confraternização e alegria com toda a Família Franciscana

segunda-feira, 4 de março de 2013

75 ANOS DA FRATERNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - NATAL-RN

75 ANOS DA OFS, NESTE 06 DE MARÇO 2013 - DIA DE SANTA ROSA DE VITERBO

Missa de Ação de Graças às 18h30min na Igreja do Galo/Convento de Santo Antônio


Tendo por fundador São Francisco de Assis, a Ordem Franciscana Secular – OFS tem origem no século XIII (memorialepropositi, do Papa Gregório IX, em 1221) e já foi denominada de Ordem da Penitência e Ordem Terceira de São Francisco.
A OFS é estruturada a partir de Fraternidades e compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS.
A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade, começou com as missões pregadas por Frei Damião de Bozzano e Frei Cipriano de Ponteccio OFM Capuchinho, que teriam fundado uma Ordem Terceira de São Francisco na Igreja de Santa Terezinha e nomeado a irmã Maria Galvão de Carvalho como Ministra. No entanto, essa Fraternidade não prosperou. Posteriormente, o Frei Bento de Terrinca foi nomeado Guardião do Convento Santo Antônio e aí fundou a Ordem Terceira, que foi ereta canonicamente aos 06 de março de 1938, e é parte integrante da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS do Brasil).



sexta-feira, 1 de março de 2013

Envio-te aos teus irmãos

2ª semana da Quaresma, sexta-feira (Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104,16-21; Mt 21,33-46)

O envio do Filho. Por temor, por ignorância, por redenção. Esse é um tema que antecede a compreensão da grandeza de um Deus que se faz homem. E, diante da Campanha da Fraternidade, vemos nossos filhos serem chamados a dizer "envia-me, Senhor". E estes filhos somos nós mesmos, Filhos de Deus, frutos da evangelização.

"Enviai-me", esse foi o pedido que o profeta Isaías deixou escrito no que hoje temos como capítulo 6 de seu livro. Mas no capítulo antecedente (5), ele dizia:

meu amigo possuía uma vinha num outeiro fértil. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha. […] A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra. (vv. 1-3, 7-8)

O Senhor usa a idéia da vinha e, no Evangelho de hoje, podemos ler: "finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: 'Ao meu filho eles vão respeitar'" (Mt 21:37).

Nesta acusação que o Cristo fez aos sumos sacerdotes e fariseus, a vinha já produz. Porém, outros vêm e apossam-se dele, impedindo que os frutos da videira cheguem ao Senhor. Ao contrário, apesar do que possam dizer ou do que prometeram, querem-nos apenas para si.

E, para não sermos os novos arrendatários maus desta vinha, o que Deus espera que façamos? Está escrito: espera de nós a prática da Justiça que poupa o sangue, a vida terrena, dos irmãos, e a retidão, que alivia o fardo e o desespero dos que esperam salvação. Na vocação franciscana, isso está presente na radicalidade, totalidade e permanência do seguimento de Jesus em comunhão fraterna (Benedetto LINO, ofs, projeto de formação permanente, dossiê mensal n. 36, a. 3, dez. 2012, disponível em http://www.ciofs.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=605%3Amonthly-dossier-december-2012&catid=34%3Amaterials&Itemid=4&lang=es).

O mesmo "eis-me aqui" de Isaías (Is 6:8) também é dito, na leitura de hoje, por José -  "eis-me aqui" (Gn 37:13) – quando Israel, seu pai, o chama e diz: "vou enviar-te a eles", teus irmãos (Gn 37, 12) "Vá ver como estão seus irmãos e o rebanho, e traga-me notícias" (Gn 37:14).

Temos essa disponibilidade de José? Apresento-me e digo "envia-me"?! Vou onde quer que estejam meus irmãos, com carinho, cuidado, para entregar a eles junto comigo? Trazer deles boas notícias a Deus? Como está o rebanho?

José vai. E é vendido como escravo. Que destino é esse? Que plano preparado por Deus que envia e depois aprisiona? Aprisiona, mas aprisiona em Cristo (Ef 3:1) e em seu caminho de liberdade.

Assim é que José vai ao Egito e depois se torna fonte de salvação para seus irmãos.

Da mesma forma é Deus conosco em nosso dia-a-dia. Ele nos aponta para onde ir. A entrega exige que não nos preocupemos com o que vamos encontrar no caminho. Não saberemos (Mt 5:36-37: "você não pode fazer um só fio de cabelo ficar branco ou preto. Diga apenas 'sim', quando é 'sim'; e 'não', quando é 'não'"; Mt 6:34: "não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações"; Mc 13:11: "Quando conduzirem vocês para serem entregues, não se preocupem com aquilo que vocês deverão dizer"; Lc 9:3: "Não levem nada para o caminho"; Mt 6:28: "Olhem como crescem os lírios do campo"). Precisamos compreender bem o significado de dizer "venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade", não a minha.

Devemos mantermo-nos firme e seguir o caminho que Ele nos aponta. Porém, o monte belo e maravilhoso que possamos vislumbrar no final não é nossa meta, mas apenas a direção. Muitas vezes, o que Ele deseja para nós não está lá, mas em algum ponto no meio do caminho. Ali é nossa chegada e um novo início, até realizarmos o seu desejo e assim, dar passos na nossa missão, a qual apenas se completa quando, puros, estivermos na presença do trono celeste.

Vamos aos irmãos!

Paz e Bem

 



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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Reuniões e preparativos para o Capítulo

No último dia 17 de fevereiro, preparando-se para o Capítulo Eletivo de nossa fraternidade, acolhemos o irmão Marcos, da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, em Ceará-Mirim-RN, o qual expôs as atividades que devem ser desempenhadas pelo Conselho Local e o papel de cada uma das funções.

Esse é um momento muito importante pois não só predispõe os irmãos a refletir sobre como participam da vida fraterna, como também porque dá início às reflexões individuais para que o Espírito Santo ilumine os caminhos a serem trilhados.

No final de semana seguinte, o Distrito Natal da OFS reuniu-se em nossa sede, o que foi motivo de grande alegria. O irmão Charles, Coordenador Distrital, conduziu a reunião, a qual contou com a participação das Fraternidades que compõe o Distrito.


Tudo isso, com oração constante e permanente meditação do Evangelho, para que assim passemos dele À vida.
Paz e Bem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

SANTA ANNA SCHÄFFER, OFS 1882-1925


Em 21 de outubro de 2012, o Papa Bento XVI inscreveu no cânon dos santos a irmã franciscana secular Anna Schäffer, por seu exemplo de vida de adoração a partir da dedicação a Deus de seu sofrimento (clique aqui para a homilia do papa), cuja beatificação ficara a cargo de João Paulo II. Para a contínua santificação de nossas vidas a partir do exemplo do próximo, e para que saibamos de sua interecessão, eis o texto (clique aqui para ir direto ao site) do Conselho Internacional da OFS, em espanhol:


El Santo Padre, Benedicto XVI. ha canonizado Anna Schäffer, una franciscana seglar, durante la Santa Misa celebrada en la plaza de San Pedro en Roma, el 21 de octubre.

«De una forma o de otra, el sufrimiento es casi inseparable de la existencia terrenal del hombre... El sufrimiento humano inspira compasión, inspira también respeto y, a su manera, intimida, pues trae consigo la grandeza de un misterio específico... A través de los siglos y de las generaciones humanas, se ha venido constatando que en el sufrimiento se esconde una fuerza singular, una gracia especial, que acerca interiormente el hombre a Cristo. A ella precisamente deben muchos santos su profunda conversión, tales como san Francisco de Asís, san Ignacio de Loyola, etc. El fruto de esa conversión no solamente es que el hombre descubre el significado salvífico del sufrimiento, sino sobre todo que, en el sufrimiento, se convierte en un hombre totalmente nuevo...» (Carta apostólica Salvifici dolorisSD, Juan Pablo II, 11 de febrero de 1984, n. 3, 4, 26). La vida de la santa Anna Schäffer ilustra a la perfección esa constatación del Santo Padre.
Anna Schäffer nace el 18 de febrero de 1882 en Mindelstetten, un pueblo de la Baja Baviera de la diócesis de Ratisbona (sur de Alemania), en el seno de una familia numerosa y cuyo padre es carpintero. Los Schäffer son buenos cristianos: siguen fielmente las oraciones de la mañana, del mediodía y de la noche, y acuden a la iglesia para oír Misa todos los domingos y fiestas de guardar, aunque también durante la semana cuando pueden. Anna es una niña discreta, dulce y tímida, dotada para los estudios y habilidosa en las tareas manuales. En 1896 muere el padre, a la edad de cuarenta años, dejando a la familia en extrema pobreza. Anna, cuyo deseo es llegar a ser religiosa, y si es posible en una congregación misionera, se ve obligada a trabajar para reunir su dote (contribución económica indispensable en aquella época para ingresar en un convento). A los catorce años trabaja como «chica para todo», primeramente en una farmacia de Ratisbona, y luego con un consejero del tribunal de instancia de Landshut. Precisamente en ese lugar, una tarde de junio de 1898, recibe por primera vez un mensaje del Cielo; se le aparece un santo (cuyo nombre ella no sabría decir) que le dice: «Antes de que cumplas viente años comenzarás a sufrir mucho. Reza el rosario». Más tarde contará los peligros que, durante esos años, corrió su pureza virginal y que pudo superar gracias al santo Rosario.
Durante la tarde del 4 de febrero de 1901, la joven, empleada en la casa forestal de Stammham, se encuentra lavando la ropa con una compañera, Wally Kreuzer. En eso se dan cuenta de que el tubo del calentador que pasa por encima de la caldera de lavado se ha desprendido de la pared; para reparar la avería, Anna se sube a un muro bajo en forma de repisa, pero pierde el equilibrio y cae de pie, con el agua hirviendo de la colada hasta las rodillas. Aterrorizada, Wally, en lugar de socorrer a su compañera, corre en busca de ayuda. Acude un cochero y consigue sacarla de la caldera; luego, llevan a la desdichada en carreta hasta el hospital más cercano, que se encuentra a siete kilómetros. A las once de la noche, por fin, se hace cargo de ella un médico, que la opera durante dos horas. Las semanas siguientes son horribles, pues hay que cortar continuamente trozos de carne gangrenada.
Más de treinta intervenciones quirúrgicas
Tres meses más tarde, el seguro de enfermedad de Anna deja de cubrir los gastos derivados de sus cuidados. Ante la imposibilidad de hacer frente a la hospitalización, su madre no tiene más remedio que llevársela a casa. Gracias a la influencia del doctor Wäldin, una institución para inválidos se encarga de la enferma; Anna será hospitalizada desde agosto de 1901 hasta mayo de 1902 en la clínica universitaria de Erlangen (cerca de Nuremberg). Sin embargo, los tratamientos no consiguen resultado alguno. De regreso a casa, Anna es tratada con gran competencia por el Dr. Wäldin, quien, mediante más de treinta intervenciones quirúrgicas, intentará en vano practicarle injertos de piel. Al no poder aliviar a la inválida, se resigna finalmente a cubrirle las piernas de vendajes esterilizados. Durante los veinte años de vida que le quedarán a Anna, los cuidados se limitarán a renovar semanalmente esos vendajes.
A partir de aquel momento, los proyectos de vida religiosa de Anna Schäffer resultan irrealizables. La joven se resigna con dificultad a su suerte, clamando por su sufrimiento y aferrándose a la esperanza de una curación. Sin embargo, su alma crece en la dura escuela de la Cruz. El párroco de Mindelstetten, el padre Rieger, que será su director espiritual, será testigo de no haber oído salir jamás de su boca queja alguna. En medio de sus incesantes dolores, Anna es fortificada y consolada por Dios vivo y, en especial, por la Sagrada Eucaristía.
«Los hombres abordan sus sufrimientos con disposiciones bien diferentes, escribe el Papa Juan Pablo II. De entrada, sin embargo, podemos afirmar que todas las personas entran casi siempre en el sufrimiento con una protesta del todo humana, que es preguntándose «¿Por qué?». Todos se preguntan qué sentido tiene el sufrimiento, buscando una respuesta en el plano humano a esa pregunta. Y esa interpelación es dirigida varias veces a Dios y a Cristo. Además, la persona que sufre no puede dejar de constatar que aquel a quien pide una explicación también sufre, y que quiere responderle desde la Cruz, desde lo más profundo de su propio sufrimiento. Pero a veces se necesita tiempo, incluso mucho tiempo, para que esa respuesta comience a ser percibida interiormente... Porque Cristo no explica de manera abstracta las razones del sufrimiento, sino que ante todo dice: «¡Sígueme! ¡Ven! ¡Toma parte con tu sufrimiento de esa obra de salvación del mundo que se cumple mediante mi propio sufrimiento! ¡Mediante mi Cruz!». A medida que el hombre toma su cruz, uniéndose espiritualmente a la Cruz de Cristo, el significado salvífico del sufrimiento se manifiesta ante él» (SD, 26).
Entre 1910 y 1925, Anna Schäffer escribe sus pensamientos en doce diarios; conservamos, además, 183 de sus cartas o notas. Su lenguaje es muy sencillo, pero la originalidad y el carácter personal de sus escritos conmueven al lector, quien descubre en ellos un alma fuertemente consolidada en la fe de Jesucristo muerto y resucitado, y en la Comunión llena de vida con todos los elegidos de Dios. Esa indefectible confianza en Dios, así como la certeza de su amor infinito, manifestado en ella a través de sus sufrimientos, influyen en los que se acercan a ella para confesarle sus intenciones o para pedirle ánimo y consejo. Esos visitantes, en un principio en número limitado, se multiplican poco a poco, y las personas con más prevenciones contra Anna no dejan de sentirse impresionadas por su paciencia y bondad.
La «venganza» de Anna
Su hermano Miguel, un pobre muchacho que se da a la bebida, es uno de los primeros, cuando bebe, en burlarse de «la santa». Pero Anna «se venga» esmerándose en convertirlo a fuerza de dulzura. No obstante, el comportamiento de Miguel obliga a la madre a alquilar un apartamento donde mudarse con su hija. A esa madre admirable que cuidará de Anna hasta su muerte y que le sobrevivirá durante cuatro años, Anna le escribe: «¡Oh, madre mía, qué suerte poder tenerte sin cesar junto a mí! Nuestro amado Salvador envía a sus hijos la ayuda necesaria en el momento oportuno, cuando se lo pedimos con confianza; y a menudo, cuanto más nos abate una adversidad o una aflicción, más cerca de nosotros se encuentra Él, con su ayuda y su bendición».
La habitación de la enferma, accesible sólo mediante una empinada escalera, tiene como únicos ornamentos un crucifijo, un «Ecce Homo» e imágenes de santos. Anna nunca abandona esa habitación y esa cama (a la que llama también su cama-cruz), y sólo en contadas ocasiones la llevan a la iglesia en un sillón. A partir del momento en que el Papa Pío X autoriza la comunión diaria, el padre Rieger le lleva todos los días la Eucaristía, de donde obtiene toda su fuerza.
A Anna no le gusta nada que hablen de ella. Sus jornadas transcurren entre la oración, el trabajo manual y la escritura. Ella misma nos dice: «Tengo tres llaves del paraíso. La más grande es de puro hierro y muy pesada: es mi sufrimiento. La segunda es la aguja de coser, y la tercera el portaplumas. Con esas llaves diferentes, me esfuerzo cada día en abrir la puerta del Cielo; cada una de ellas debe llevar marcadas tres pequeñas cruces, que son la oración, el sacrificio y el olvido de mí misma». Los niños del pueblo acuden con frecuencia a visitar a Anna. Se sienten atraídos por ella, y la enferma les habla del Salvador, de la Virgen y de los Santos, explicándoles cómo ir al Cielo. En conjunto, la población de Mindelstetten se comporta con simpatía con ella; la quieren, sienten piedad por ella e intentan complacerla. Los días festivos, acude a visitarla una delegación del pueblo y, a veces, la banda de música le ofrece una serenata cuando pasa bajo sus ventanas.
Es la caridad para con el prójimo, también doliente, lo que hace que Anna salga de su silencio. En cuanto ve a una persona afligida, encuentra mil palabras alegres y amistosas para reconfortarla, y ella misma parece la más feliz de las criaturas. Conserva preciadamente todos los encargos de oración que le confían y los presenta incansablemente ante Dios. Todos los escritos de Anna muestran una profunda sumisión a la divina Providencia y una gozosa aceptación de las cruces. Muchas veces, sus cartas llevan una pequeña estampa dibujada por ella con plumilla, a dos o tres colores, que representa la Cruz, un cáliz rodeado de espinas o incluso alguna otra escena de la Pasión. El 14 de diciembre de 1918, escribe esto a una amiga: «Querida Fanny, debemos considerar nuestros sufrimientos como nuestros mejores amigos, que quieren acompañarnos sin cesar, noche y día, para recordarnos que debemos dirigir nuestra mirada hacia lo alto, hacia la santa Cruz de Cristo».
Job no es culpable
Desde siempre, los hombres han intentado encontrar un sentido al sufrimiento. «En el libro de Job, el tema se ha abordado de la manera más directa, destaca el Papa Juan Pablo II. De todos es conocida la historia de aquel hombre justo, quien, sin haber cometido pecado alguno por su parte, es puesto a prueba mediante numerosos sufrimientos... En medio de esa horrible situación, se presentan ante él tres viejos amigos que intentan convencerle de que, ya que ha sido golpeado con sufrimientos tan diversos y terribles, debe haber cometido algún pecado grave... Sin embargo, Job cuestiona la verdad del principio que identifica el sufrimiento con el castigo por el pecado... Al final, el mismo Dios reprocha a los amigos de Job por sus acusaciones, reconociendo que Job no es culpable. Su sufrimiento es el de un inocente, y debe ser aceptado como un misterio que la inteligencia del hombre no está en disposición de entender del todo.... Si bien es verdad que el sufrimiento tiene sentido como castigo cuando va unido al pecado, no es verdad, al contrario, que todo sufrimiento sea una consecuencia del pecado y adquiera carácter de castigo...».
«Para estar en condiciones de percibir la verdadera respuesta al «porqué» del sufrimiento, debemos dirigir nuestra mirada hacia la revelación del amor divino... Porque tanto amó Dios al mundo que dio a su Hijo único, para que todo el que crea en él no perezca, sino que tenga la vida eterna (Jn 3, 16)... El hombre perece cuando pierde la vida eterna... El Hijo único ha sido dado a la humanidad, ante todo, para proteger al hombre contra ese mal definitivo y contra el sufrimiento definitivo...».
«Cristo sufre voluntariamente, y es glorioso que sufra... El sufrimiento humano alcanzó su culminación en la pasión de Cristo, y, simultáneamente, fue revestido de una nueva dimensión y entró en un orden nuevo, pues se vio unido al amor, al amor que crea el bien, obteniéndolo incluso del mal, obteniéndolo mediante el sufrimiento, del mismo modo que el bien supremo de la Redención del mundo se obtuvo de la Cruz de Cristo... Y es precisamente en la Cruz de Cristo donde debemos plantear de nuevo la pregunta sobre el sentido del sufrimiento, así como donde buscar a fondo la respuesta a esa pregunta» (SD, 10, 11, 13, 14, 18).
¡Qué rápido pasa el tiempo!
Hacía tiempo que Anna era terciaria de san Francisco. A partir del 4 de octubre de 1910 (festividad de san Francisco de Asís), es portadora de los estigmas de la Pasión, pero ruega a Dios para que esas heridas místicas no sean aparentes, cosa que le es concedida. No parece haber leído mucho las Sagradas Escrituras, pero, como hija de la Iglesia Católica, se ha apropiado de su doctrina y de su liturgia, que consigue revivir a partir de sus recuerdos infantiles a lo largo de todo el año. Según afirma, «Lo más importante para mí es rezar por la Santa Iglesia y sus pastores», y entiende su vida de enferma como una participación en la Cruz de Cristo. «En las horas de sufrimiento y durante las muchas noches de insomnio, tengo una inmejorable ocasión de situarme en espíritu ante el sagrario y de ofrecer expiación y reparación al Sagrado Corazón de Jesús. ¡Oh, qué rápido me pasa entonces el tiempo! Sagrado Corazón de Jesús que te hallas oculto en el Santo Sacramento, te doy las gracias por mi cruz y por mis sufrimientos, en unión con las acciones de gracias de María, la Virgen de los Dolores».
«El Redentor sufrió en lugar del hombre y por el hombre... Todo el mundo es llamado a participar del sufrimiento por el que se cumplió la Redención... Al proceder a la Redención mediante el sufrimiento, Cristo elevó al mismo tiempo el sufrimiento humano hasta darle valor de Redención. De ese modo, todo hombre puede participar, con su sufrimiento, en el sufrimiento redentor de Cristo... Porque quien sufre en unión con Cristo... completa en sus aflicciones lo que resta de los sufrimientos de Cristo (Col 1, 24)... Porque el sufrimiento de Cristo creó el bien de la Redención del mundo. Y ese bien es, en sí mismo, inagotable e infinito, y ningún hombre puede añadirle nada en absoluto. Pero, al mismo tiempo, en el misterio de la Iglesia que es su cuerpo, Cristo, en cierto sentido, ha abierto su sufrimiento redentor a todo sufrimiento del hombre... Y así es, porque la Redención vive y se desarrolla como el cuerpo de Cristo –la Iglesia– y, en esa dimensión, todo sufrimiento humano, en virtud de la unión en el amor con Cristo, completa el sufrimiento de Cristo. Y lo completa como la Iglesia completa la obra redentora de Cristo» (SD, 20, 24).
Nuestro Señor Jesucristo, la Virgen y los Santos hablan con frecuencia a Anna durante sus sueños nocturnos, y esos mensajes celestiales son para ella como un refresco y como un anticipo del Paraíso. Sin embargo, esos consuelos nunca le aportan una impasibilidad sobrehumana, y ella acepta con agradecimiento hasta el final el débil alivio que le aporta la medicina. En el transcurso de los veinticinco años de su «martirio», se lleva a cabo un progreso en la aceptación interior de las aflicciones, pues llega a descubrir poco a poco el secreto de la paz interior, que expresa del modo siguiente en su sencillo lenguaje: «¡Oh, cuánta felicidad y cuánto amor se esconden en la cruz y en el sufrimiento!... No pasa un cuarto de hora sin que padezca sufrimiento, y desde hace mucho tiempo ya no sé lo que es vivir sin dolor... A menudo, sufro tanto que apenas puedo articular palabra, y en esos momentos pienso que mi Padre que está en los Cielos debe amarme especialmente». Al igual que la frase de san Pablo, que dice sobreabundo de gozo en todas nuestras tribulaciones (2 Co 7, 4), ella sufre con gozo misterioso y no sensible.
Una fuente de gozo
«Superar el sentimiento de la inutilidad del sufrimiento... se convierte en fuente de gozo. No solamente el sufrimiento corroe interiormente a la persona, sino que parece suponer una carga para los demás. La persona que sufre se siente condenada a recibir ayuda y asistencia de parte de los demás y, al mismo tiempo, se considera ella misma una inútil. El descubrimiento del sentido salvífico del sufrimiento en unión con Cristo transforma ese sentimiento depresivo... En la perspectiva espiritual de la obra de la Redención, el hombre que sufre resulta inútil, igual que Cristo, para la salvación de sus hermanos y hermanas... Aquellos que participan de los sufrimientos de Cristo conservan en sus propios sufrimientos una parcela realmente especial del tesoro infinito de la Redención del mundo, y pueden compartir ese tesoro con los demás» (SD, 27).
Tres años y medio antes de su muerte, Anna debe interrumpir sus labores de costura, que hasta ese momento le servían de distracción y le daban la ocasión de ser útil. Además, resulta ya del todo imposible transportarla a la iglesia parroquial vecina para oír Misa; esa renuncia resulta para ella muy dolorosa. Este es su testimonio escrito: «Mi vida se apaga poco a poco en medio del sufrimiento... la Eternidad se acerca sin cesar; muy pronto viviré de Dios, que es la propia Vida. El Cielo no tiene precio, y a cada minuto me regocijo de la llamada del Señor hacia esa patria infinitamente hermosa» (16 de marzo de 1922). El 5 de octubre de 1925, después de recibir la Sagrada Comunión y de santiguarse murmurando la frase «Señor Jesús, te amo», Anna Schäffer se apaga apaciblemente a la edad de 43 años. Su cuerpo reposa en el cementerio de Mindelstetten, esperando la «resurrección de la carne» (cf. Catecismo de la Iglesia Católica, 988-1019). «Cristo venció definitivamente al mundo con su Resurrección; no obstante, puesto que su Resurrección va unida a su pasión y a su muerte, venció al mismo tiempo a este mundo con su sufrimiento. Así es: el sufrimiento se insertó de forma especial en esa victoria sobre el mundo, manifestada en la Resurrección. En su cuerpo resucitado, Cristo guarda las huellas de las heridas que le causó el suplicio de la cruz, en sus manos, en sus pies y en su costado. Mediante la Resurrección, manifiesta la fuerza victoriosa del sufrimiento» (SD, 25).
A imitación del buen samaritano
La fuerza del sufrimiento se ha dejado también a los hombres para suscitar la «civilización del amor»: «La primera y la segunda declaración de Cristo con motivo del juicio final (Mt 25, 34-45), indican sin equívoco alguno hasta qué punto resulta esencial, en la perspectiva de la vida eterna a la cual son llamados todos los hombres, detenerse, a imitación del buen samaritano, junto al sufrimiento del prójimo, tener compasión de ese sufrimiento y, finalmente, aliviarlo. En el programa mesiánico de Cristo, que es el programa del Reino de Dios, el sufrimiento está presente en el mundo para liberar el amor, para hacer que broten obras de amor hacia el prójimo, para transformar toda la civilización humana en «civilización del amor». Y en ese amor, el sentido salvífico del sufrimiento se realiza a fondo y alcanza su dimensión definitiva» (SD, 29).
El Papa concluye de este modo su exhortación apostólica: «A todos vosotros que sufrís, os pedimos que nos ayudéis. Precisamente a vosotros que sois débiles, os pedimos que os convirtáis en manantial de fuerza para la Iglesia y para la humanidad. En el terrible combate entre las fuerzas del bien y del mal que el mundo contemporáneo nos ofrece en espectáculo, que vuestro sufrimiento, unido a la Cruz de Cristo, salga victorioso» (SD, 31). La santa Anna Schäffer salió victoriosa gracias a la Cruz de Jesús. Incluso antes de la sentencia oficial de la Iglesia, muchas gentes de Baviera, y después de toda Europa, se dirigieron a su sepultura para implorarle su ayuda. En 1998, se contabilizaron en la parroquia de Mindelstetten 551 gracias obtenidas mediante su intercesión y, desde 1929, se han registrado más de 15.000 gracias atribuidas a su plegaria.
Con motivo de su beatificación, acontecida el 7 de marzo de 1999, el Papa Juan Pablo II decía lo siguiente: «Si dirigimos nuestra mirada hacia la beata Anna Schäffer, podremos leer en su vida un comentario vivo de lo que san Pablo escribió a los romanos: La esperanza no falla, porque el amor de Dios ha sido derramado en nuestros corazones por el Espíritu Santo que nos ha sido dado (Rm 5, 5). Ciertamente, no le fue ahorrada la lucha para abandonarse a la voluntad de Dios. Pero sí que se le concedió comprender cada vez más que, precisamente, la debilidad y el sufrimiento son las páginas en las que Dios escribe su Evangelio... Su lecho de enferma se ha convertido en la cuna de un apostolado que se ha extendido al mundo entero».
Ha sido canonizada por el Papa Benoit XVI el 21 de octubre de 2012, la jornada misionera mundial.
Dom Antoine Marie osb. 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O paralítico descido do teto: o curar e o perdoar




Em Mc 2:1-12: o inusitado da pergunta de Cristo (curar ou perdoar?). Ele havia perdoado à vista da fé que levou o pecador e a solidariedade a buscar Jesus.
Mas ele viu o interior, a fé, a santidade e o pecado naquele homem. Isso é o importante para Cristo: nossa aliança com Deus.
Mas Ele não esquece da nossa dignidade para estar no mundo.
Os doutores da Lei pensam na blasfêmia iminente: Quem é Ele?! “Como este homem pode falar assim?” (v. 7). Ele estaria na compreensível mentalidade a usurpar as prerrogativas divinas.
Eis o embate posto.
Mas Cristo foi além. O que seria mais fácil: curar ou perdoar? Qual a razão dessa pergunta provocativa?
Se a resposta for perdoar, há uma blasfêmia contra Deus, pois quem cura por dentro faz maravilhas por fora. E ninguém pode conseguir no mundo uma cura sem a graça da outra; esse o pensamento.
Também não é mais fácil curar, pois estar-se-ia a diminuir o poder de Deus e sua ação no mundo. Na verdade, são vistos como interligados, o sofrimento do mundo conectado ao pecado contra Deus.
Isso fica subentendido na escrita do Evangelho. Ao perguntar pelo poder de perdoar de Jesus, era necessário uma prova externa. Uma preocupação mais com o exterior do que com o interior das pessoas. Um Deus que seria visto, observado e acompanhado, pelo que faz no mundo e não pelo que Ele é.
E Cristo suscita: o que é mais fácil, o interior, ou o exterior?
No silêncio, “para que saibais” (v. 10), por questão de prova a um grupo materialista do que já estava feito por dentro, a cura: “levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” (v. 11)
Essa a razão de ser das manifestações divinas no mundo: orientar o caminho, provar a quem for necessário o que se faz por dentro… Tudo tem uma destinação. Não há uma cura aleatória, tudo se faz para demonstrar a graça de Deus num momento em que tal se faz necessário. Assim se buscam mais almas, assim oram, assim se convertem, assim são atendidos os pedidos dos puros de coração, os quais nada pedem senão o que dá a videira.
“Para Deus nada é impossível” (Lc 1:37)
Para o homem, só o mundo das conquistas materiais é acessível, mas ainda assim, mediante a ação divina que tudo criou. O perdão interior, só mediante o caminho de Deus. Tudo é graça.
E Cristo mostra que n’Ele reside a integridade da criação, a Unidade perfeita da Trindade. Apenas em Deus.
E que há um mundo interior e um exterior, os quais não devemos confundir, por mais que um possa interferir no outro.
Não será com atos meramente exteriores que louvaremos a Deus ou teremos prova de que Ele está presente. Nem será com uma fé vazia que seremos seus seguidores (Tg 2, 26).
Assim ensinou o Cristo e nós “nunca vimos uma coisa assim” (v. 12).

E para nós, o que é mais fácil? Perdoar a si e ao outro ou buscarmos curas materiais?
O que temos feito, o que temos buscado? Será que fazemos isso porque achamos que é o mais fácil? Provavelmente sim.
Como fazemos isso? Onde Deus participa desse projeto?
Como criticamos Jesus por não curar por fora? O que estamos a esperar que Ele faça?
Podemos orar, pelos irmãos e por nós.
Paz e Bem!

“Cada casa tem o seu construtor; mas é Deus quem constrói tudo.” (Hb 3, 4)
“Animem-se uns aos outros a cada dia, enquanto dura a proclamação desse hoje, a fim de que ninguém de vocês se endureça, enganado pelo pecado.” (Hb 3, 13)
“Por isso, tenhamos cuidado enquanto nos é oferecida a oportunidade para entrar no descanso de Deus.” (Hb 4, 1)

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Jesus, o que veio para batizar



"Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: 'Quem és tu?' João confessou e não negou. Confessou: 'Eu não sou o Messias'."
(Jo 1, 19-20)

"Quem é mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? O Anticristo é aquele que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho também não possui o Pai. Quem confessa o Filho possui também o Pai."
(1 Jo 2, 2-23)



Essa afirmação do apóstolo João dá sequência argumentativa à afirmação de que da verdade não provém a mentira (1 Jo 2, 21).
E, sendo Cristo a Verdade (Jo 18, 37), é importante que nos mantenhamos firmes no seu seguimento.
Assim seria incorrer em grave erro sobre a ontologia espiritual pensar que Jesus não é o Cristo de Deus, o escolhido para treinar sobre a terra por sobre as provações; o messias. E mais, que Ele é o próprio Deus que tudo criou.
Não uma alegoria, não uma representação, não um homem especial,  inteligente, sábio, à frente do seu tempo ou que muito conheceu. Mas Deus.

Em algumas concepções não cristãs (onde não se entende Cristo como Deus), fala-se numa contínua busca de iluminação, que equivale ao nosso processo de conversão, por vezes através da idéia de reencarnação. Muitas vezes, não se aceita que o Cristo possa ser Deus, a "energia"/"força" criadora/condutora do universo. Mas se aceita que o homem possa chegar, por diversos processos, a esse grau de iluminação/purificação.

Se o homem poderia chegar a esse estado, muito mais o pode o Criador, no plano que teve para a raça humana, fazer-se homem. É preciso confessar o Pai e o Filho com o Espírito Santo.
Diz João, "o anticristo é aquele que nega o Pai E o Filho", pois são um ("eu e o Pai somos um", Jo 10, 30).
Portanto, já era contra esse tipo de pensamento que o apóstolo amado por Jesus se dirigia em sua profundidade teológica. Eis desnudada a figura do anticristo.

E Deus tem poder sobre todas as criaturas, espirituais e carnais. Não há um "livre comércio" da verdade divina, onde homens e criaturas não encarnadas pudessem tratar sobre como se daria seu relacionamento. A realidade inegável Pai-Filho-Espírito Santo tem poder criador sobre a criação, independentemente do livre arbítrio humano, e ainda que não dependa das criaturas, anseia pela criação, como a onipotência buscou o sim da simplicidade de Maria. Perseveremos na fé.

Paz e Bem!

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Oitava do Natal

"O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!"
(Nm 6, 24-26)

"Já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro: tudo isso por graça de Deus."
(Gl 4, 7)

"Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido."
(Lc 2, 21)

Santa Maria Mãe de Deus, Rainha dos Santos

Cristo nos ensinou a — de modo ousado para o que então se fazia — chamarmos a Deus de "Pai".
Mas Maria, o espelho da bondade de Deus na Terra, "ela tem o direito de chamá-lo 'Filho', e Ele, Deus onipotente, chama-a,com toda verdade, Mãe!" (http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=1&Mes=1).

Paz e Bem!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Perseverar na fé


"Mas, a todos os que a receberam [a Palavra], deu-lhes capacidade de se tornar filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo."
(Jo 1, 12-13)

"Eles saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos, pois se fossem realmente dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas era necessário ficar claro que nem todos são dos nossos.  […] Se eu vos escrevi, não é porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis, e porque nenhuma mentira provém da verdade."
(1 Jo 2, 19, 21).


João esclarece, "nem todos são dos nossos".
Nós mesmos não devemos nos assustar quando descobrimos que certas "características" ou "habilidades" nossas não são virtudes em si, mas formas elaboradas de tentar esconder, de nós ou dos outros, aspectos que nossa formação considera negativos em nossa personalidade. E assim, escondidos, poderiam passar toda uma existência a praticar seus males.
Às vezes é um egoísmo, outras uma tentação, por exemplo.
Da mesma forma, com a comunidade religiosa onde vivemos. Por isso devemos estar atentos para santificar o Corpo de Cristo.

A temática a ser abordada neste 7° dia da oitava do Natal é a perseverança na fé.

Esse é o Caminho dos nascidos de Deus. Não o caminho do erro, da mentira. Mas nem todos são da verdade e não cabe a nós o julgamento (Mt 7, 1; Lc 6, 37), sim perdoar e servir.
Por todos rezamos na liturgia eucarística e nas mais diversas devoções. É importante que saibamos entregar a todos e a nós mesmos à misericórdia divina, sem jamais deixar de lado nosso papel no mundo.

E é em razão de dar esse testemunho que somos chamados neste Ano da Fé (Bento XVI, Porta Fidei) a mostrar nosso amor pelo mundo como Ele nos amou (Jo 13:34).

A Igreja de Cristo não é um templo construído pelo homens ou seus santos e abnegados homens ordenados. A Igreja é a comunidade dos fiéis que partilham a mesma fé, o mesmo batismo e o mesmo destino: o de viver conforme o Evangelho.
Vivendo em comunidade e amando uns aos outros na felicidade de ser cristão, cada um desempenha sua habilidade para iluminar a realidade, como médicos, secretários, engenheiros, advogados, atendentes, vendedores, professores e profissões em geral. Acima de tudo, como pais, mães, filhos, familiares, amigos, irmãos na carne e na fé.
Dentre estes, onde cada um é chamado no estado em que se encontra (1 Cor 7), alguns do grupo são chamados para o ministério e pastoreio das coisas do céu, são os irmãos que recebem o sacramento da ordem, além dos que se dedicam à vida religiosa. E por dessa maneira se entregarem à oração ajudam os demais dessa comunidade a permanecerem fiéis ao Caminho.
Essa é a verdade maior fatual pois demais preceitos litúrgicos são iniludível consequência (Bento XVI, Sacramentum Caritatis). Da constatação de que basta o Amor emerge toda uma realidade na qual a caridade é o ápice da comunhãoe na qual a liturgia é um meio indispensável.
Infelizmente, é preciso dizer que ad afirmações em contrário decorrem de desconhecimento ou má informação, seja decorrente de boa ou má fé de si ou de outrem.
Além de ser dito, como já afirmado nesta oitava, uma religião da liberdade, também é uma religião de estudos e debates. Por homens reconhecidamente isentos e sérios por parte de historiadores, filósofos e comunidade acadêmica em geral.
A profusão de estudos e livros, debates, comissões, desmerece facilmente qualquer pecha leviana de falta de pensamento ou da existência de imposições herméticas.
Mas guardar um tesouro de pensamento de dois séculos que passou por guerras, revoltas, perseguições e que até hoje mantém viva a tradição deixada em pessoa pelo próprio Cristo e seus apóstolos exige meios atenção e zelo.
Cristo não é apenas um mestre galileu do primeiro século. Simplesmente é Deus. Nas igrejas, não cultuamos um Deus que deixou mensagens. Mas NOS REUNIMOS COM O PRÓPRIO CRISTO. É um momento especial de eucaristia onde a comunidade procura a Ele, como Ele mostrou na Terra. Vai além do fato Dele sempre nos acompanhar.
É por não aceitar essa realidade que tantos se perguntam do porquê o Cristianismo resistir tanto ao tempo.
Se é certo que os Evangelhos não registraram nenhum discurso de Cristo contra o judaísmo como religião, não é menos certo que seus atos reivindicaram uma nova forma do homem se relacionar com Deus que lhe ampliava e alterava. Uma forma orante na qual ele se compromete com o projeto divino ("assim como nós perdoamos"). Mais certo ainda é que Ele entregou a Pedro e aos apóstolos escolhidos,  especificamente, o poder de administrar a comunidade. Não há deturpação de interpretação nisso.
E, na comunhão dos santos, esse poder permanece naqueles por ele escolhidos. Um povo que atravessa tempo, espaço e nações (Bento XVI, Luz do mundo). "Edificarei a minha Igreja" (Mt 16, 18).
A meta é seguir a Deus, edificar a sua Igreja, e não será o recurso argumentativo a pessoas que já foram para o Pai e suas possíveis faltas que devem afastar o cristão de seu caminho. Julgar o Caminho de Deus pelo julgamento de pessoas do passado com os olhos de hoje é desde o início inconcebível e sem sentido.
Essa verdade não é imposta. A pessoa adere a ela de livre e espontânea vontade. O católico é alguém que acredita nos preceitos que ele constrói em sua Igreja. Não é alguém que é submetido ou que tem vergonha ou que discorda levianamente sem sequer procurar conhecer. No mínimo a busca pela reconciliação com um religioso.

Por vários motivos, mundanos e espirituais, o que vemos é a proliferação de várias religiões, seitas, filosofias, que representam na verdade uma mescla de elementos católicos com outros criados pelos homens sem maior coerência teológica, com o único objetivo de usar o belo para atrair, retirando-lhe elementos essenciais e que poderiam comprometer esse "novo" discurso.  Discurso que muitas vezes reedita questões que já foram enfrentadas pelos próprios apóstolos e profetas.

Cremos em Deus, na Luz do mundo, no Príncipe da Paz. Façamos um Ano Novo.

Paz e Bem!

domingo, 30 de dezembro de 2012

Nós e a Sagrada Família

"Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. 
Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor. 
Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.
Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.
Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem."
(Cl 3, 17-21)


Oitava do Natal

A riqueza da mensagem divina, a imensidão do conhecimento dos céus, precisava de muitos meios para se fazer passar aos homens: profetas, reis, líderes, pregações, parábolas, milagres, gestos e a vida do próprio Cristo.
Em meio a essa quantidade de formas, que não é outra coisa senão a própria criação, à qual devemos estar sempre atentos, uma chama especial atenção, ainda mais no mundo de hoje: a família.
Deus fez-se homem e escolheu sê-lo desde recém nascido no seio de uma família pobre e fora dos grandes centros de poder.
Será que nosso coração segue isso? Ser pobre em espírito, procurar estar distante das ambições e crescer aos poucos na santidade?
A família de Nazaré - pai, mãe e filho - evoca a imagem poderosa da Trindade Santa, mas com Ela não se confunde, a começar pelo fato de que o Filho é a própria Trindade. A família, que é santificada pelas graças matrimoniais e que deve frutificar em amor, vida e santidade, tem ao centro a figura una e trina de Deus.
Mas também é homem e mulher juntos. É acolhimento e sensatez diante do mundo.
Assim deve ser cada casa, assim deve ser cada um de nós.
Como José, que soube ouvir os conselhos do anjo e levou Jesus por onde fosse necessário para perpetuar sua mensagem.
Como Maria, que no momento mais importante da humanidade depois do Éden soube dizer "sim" a Deus e deixar-se engravidar pelo Espírito Santo para dar à luz obras de Amor.
Como Jesus, vamos crescer "em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens" (Lc 2, 52). E para isso, devemos entregar nossas ações a Deus.
Foi dessa maneira que Francisco deixou dito na sua "Carta aos Fiéis":

5 Oh! como são bem-aventurados e benditos, eles e elas, enquanto fazem essas coisas e nelas perseveram, 6 porque descansará sobre eles o espírito do Senhor (cfr. Is 11, 2) e neles fará sua casa e morada (cfr. Jo 14, 23), 7 e são filhos do Pai celeste (cfr. Mt 5,45), cujas obras fazem, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. Mt. 12, 50).

8 Somos esposos, quando pelo Espírito Santo une-se a alma fiel a nosso Senhor Jesus Cristo.
9 Somos seus irmãos quando fazemos a vontade do Pai que está nos céus (Mt 12, 50).
10 Mães, quando o levamos em nosso coração e em nosso corpo (Cfr. 1Cor 6, 20), pelo amor divino e a consciência pura e sincera; e o damos à luz pela santa operação, que deve iluminar os outros com o exemplo (cfr. Mt 5, 16).

11 Oh! como é glorioso, santo e grande ter nos céus um Pai!
12 Oh! como é santo ter tal esposo: paráclito, belo e admirável!
13 Oh! como é santo e dileto ter tal irmão e filho, agradável, humilde, pacífico, doce, amável e sobre todas as coisas desejável: Nosso Senhor Jesus Cristo! que deu a vida por suas ovelhas (cfr. Jo 10,15)

Dessa maneira, hoje repitamos: "Oh! Como é glorioso, santo e grande ter nos céus um Pai!

Paz  e Bem!

sábado, 29 de dezembro de 2012

Luz e Vida

"Aquele que diz estar na luz, mas odeia o seu irmão, ainda está nas trevas. […] caminha nas trevas, e não sabe aonde vai, porque as trevas ofuscaram os seus olhos."
(1 Jo 2, 9, 11)

"meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel. […] Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações."
(Lc 2, 30-32, 34-35)

"Pois onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração."
(Lc 12,34)


O tema central para pensarmos é o olhar para luz. Ver a luz e ver o que ela ilumina.
É preciso não ficar apenas nas palavras e gestos exteriores, mas verdadeiramente seguir a Cristo. Caso contrário, os olhos não poderão ver o Caminho, a vida (Jo 14, 5-6).
Ver Cristo, ver Deus humanado, eis a maravilhosa proposta do Natal. E isso é lindo. E, no fundo, todos querem. Não seria essa a razão escondida até em muitos corações daqueles que negam crer na divindade? Poder ver a Deus.
E seguir esse Caminho implica aceitar as irresignações que forem causadas nos outros. As lutas já faladas quando se refletiu sobre os Santos Inocentes que podem levar à morte de tudo aquilo que não representa a Vida.
O Bem revela o que se passa nos corações. Procuremos aí missão tesouro e aí estará Deus.
Paz e Bem!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Santos Inocentes e nossa inocência

"Se dissermos que não temos pecado estamo-nos enganando a nós mesmos, e a verdade não está dentro de nós.
Se reconhecermos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda culpa."
( I Jo 1, 8-9)

"não sereis vós que havereis de falar, mas sim o Espírito do vosso Pai é que falará através de vós. O irmão entregará à morte o próprio irmão; o pai entregará o filho; os filhos se levantarão contra seus pais, e os matarão. Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo."
(Mt 17, 20-22)


O Bem não vem para agradar.
O Bem é agradável; como a luz que ilumina as trevas. Mas estas não querem a luz (Jo 1, 5; 3, 19-21).
Quem fala e age em conforme com o Bem certamente não condescenderá com muitas coisas do mundo, onde não há a perfeição. O mundo é (como é).
Na severa explicação bíblica, familiares voltam-se uns contra os outros. Assim foi dito para que se tenha a noção de que o Bem é maior e que sua defesa não pode ceder mesmo perante os maiores obstáculos afetivos.
No final, pelo Caminho certo, tudo ficará como deveria estar. Por isso os desígnios divinos são inacessíveis, senão pelo preciso auxílio do Espírito Santo.
Mas, ainda que severa a Palavra, ela contém uma descrição clara: pessoas contra pessoas. Difícil será compreender esse conflito dentro da mesma pessoa. Ela contra ela mesma.
Não se trata necessariamente de uma investida do mal ou de um problema de ordem clínica, mas de cada um aceitar o que é. Aceitar como é, não julgar-se, mas crer verdadeiramente que é amado por Deus.
Todavia, não se pode fazer uma confusão de coisas diversas.
Aceitar-se como é não pode levar a uma ilusória idéia relativista de que não há o mal ou de que temos de continuar como somos ou, mais ainda, de que não há o certo ou o errado. O que existe é que colocamos esses nomes nos lugares errados.
O cristianismo é a religião da liberdade onde nossa única "prisão" é o Cristo (Ef 4, 1-2).  De resto, prega-se a liberdade das coisas do mundo, a adesão a um Deus que já é o Senhor de tudo (I Cr 15, 20-28; Sl 49, 9-13; Cl 1, 17). Por isso cada um detém seu livre arbítrio para crescer gradualmente como pessoa, não para conscientemente se destruir; o que representaria uma afronta à Criação.
Podemos fazer como os marinheiros do barco onde se encontrava Jonas e jogar ao mar nossos pertences, tudo o que carregamos, para tentar aplacar o mal (Jn 1, 5). Mas, como Jonas descobre, enquanto não houver uma verdadeira entrega a Deus, nada acontecerá (Jn 2, 3-11).
Não adianta reunir as coisas ruins da nossa vida apenas. De nada adianta a tristeza de contemplá-las. É preciso verdadeiramente colocá-las numa saco, erguê-las com a própria força ou a ajuda caridosa de alguém e jogá-las fora.
Deus não nos ama aos pedaços, mas em nossa integralidade. Até na parte que nos afastamos Dele. Mas um amor de Pai, um Amor que nos quer ver andando pelo Caminho certo.
Porém, se não nos aceitarmos, se não contemplarmos nossas falhas, jamais poderemos fazer o Bem. Jamais deixaremos espaço para Aquele que nos porá contra nós mesmos.
"Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto." (Jo 12, 24)

Neste dia dos Santos Inocentes, vamos deixar que a morte seja substituída pela vida, que ela seja apenas o prenúncio desta. Mas de uma vida com sentido, com o Cristo. Uma morte de nosso egoísmo, de nosso orgulho, em favor dos outros e de nós mesmos.

Feliz Natal, Feliz Vida Nova,
Paz e Bem!

domingo, 7 de outubro de 2012

A Coroa Franciscana

Ordem Franciscana Secular: A Coroa Franciscana: A Coroa das Sete Alegrias de Nossa Senhora é uma antiga devoção franciscana. Por isso também é chamado de Rosário Franciscano . A espi...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Tríduo a Santa Maria dos Anjos


A Ordem Franciscana Secular convida você e sua família para participarem com muita alegria do Tríduo a Santa Maria dos Anjos, de 31/07 a 02/08. Todo dia haverá a reza do terço às 17h30min na sede da Fraternidade São Francisco de Assis (R Pitimbu, 741), com missa no dia 03/08.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Menores para o Senhor



A liturgia de hoje nos convida a cerrar os olhos e refletir de maneira orante sobre relevantes pontos no carisma franciscano.


- "Acaso o machado se gloria contra aquele que o segura? Ou a serra se engrandece contra aquele que a maneja? Como se o bastão pudesse balançar quem o ergueu, ou a vara levantar aquele que não é madeira!" (Is 10:15)



- "O que fez o ouvido não ouve? Quem os olhos formou não verá? Quem educa as nações não castiga? Quem os homens ensina não sabe?" (Sl 93: 9-10)


- Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos". (Mt 11:25)




Deus é grande. A Ele todo o louvor. Somos apenas instrumentos. Conforme as Admoestações de São Francisco de Assis (n. XII), Deus é que opera por nós as boas obras e devemos considerarmo-nos menores que todos os homens para deixarmos agir o Espírito do Senhor. Assim disse São Tiago (Tg 1:17): "qualquer dom precioso e qualquer dádiva perfeita vêm do alto, desce do Pai das luzes". Não menores para diminuirmos a obra que Deus faz em nós, mas para afastar a soberba, a arrogância, a presunção, a blasfêmia e prostrar-se diante da Trindade livre das coisas do mundo, pronto para servir.


Assim, para sermos criaturas abertas à vontade do Pai ("Tudo me foi entregue por meu Pai", Mt 11:27), o próprio Cristo nos ensinou a dizer e termos em mente que "venha a nós o vosso Reino" para que "seja feita a Vossa Vontade" (Mt 6:10; Lc 11:2). Portanto, rejeitando o fruto da árvore do bem e do mal (Gn 2:8), devemos estar abertos à ação do Espírito Santo em nossas vidas.


Paz e Bem