Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O paralítico descido do teto: o curar e o perdoar




Em Mc 2:1-12: o inusitado da pergunta de Cristo (curar ou perdoar?). Ele havia perdoado à vista da fé que levou o pecador e a solidariedade a buscar Jesus.
Mas ele viu o interior, a fé, a santidade e o pecado naquele homem. Isso é o importante para Cristo: nossa aliança com Deus.
Mas Ele não esquece da nossa dignidade para estar no mundo.
Os doutores da Lei pensam na blasfêmia iminente: Quem é Ele?! “Como este homem pode falar assim?” (v. 7). Ele estaria na compreensível mentalidade a usurpar as prerrogativas divinas.
Eis o embate posto.
Mas Cristo foi além. O que seria mais fácil: curar ou perdoar? Qual a razão dessa pergunta provocativa?
Se a resposta for perdoar, há uma blasfêmia contra Deus, pois quem cura por dentro faz maravilhas por fora. E ninguém pode conseguir no mundo uma cura sem a graça da outra; esse o pensamento.
Também não é mais fácil curar, pois estar-se-ia a diminuir o poder de Deus e sua ação no mundo. Na verdade, são vistos como interligados, o sofrimento do mundo conectado ao pecado contra Deus.
Isso fica subentendido na escrita do Evangelho. Ao perguntar pelo poder de perdoar de Jesus, era necessário uma prova externa. Uma preocupação mais com o exterior do que com o interior das pessoas. Um Deus que seria visto, observado e acompanhado, pelo que faz no mundo e não pelo que Ele é.
E Cristo suscita: o que é mais fácil, o interior, ou o exterior?
No silêncio, “para que saibais” (v. 10), por questão de prova a um grupo materialista do que já estava feito por dentro, a cura: “levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!” (v. 11)
Essa a razão de ser das manifestações divinas no mundo: orientar o caminho, provar a quem for necessário o que se faz por dentro… Tudo tem uma destinação. Não há uma cura aleatória, tudo se faz para demonstrar a graça de Deus num momento em que tal se faz necessário. Assim se buscam mais almas, assim oram, assim se convertem, assim são atendidos os pedidos dos puros de coração, os quais nada pedem senão o que dá a videira.
“Para Deus nada é impossível” (Lc 1:37)
Para o homem, só o mundo das conquistas materiais é acessível, mas ainda assim, mediante a ação divina que tudo criou. O perdão interior, só mediante o caminho de Deus. Tudo é graça.
E Cristo mostra que n’Ele reside a integridade da criação, a Unidade perfeita da Trindade. Apenas em Deus.
E que há um mundo interior e um exterior, os quais não devemos confundir, por mais que um possa interferir no outro.
Não será com atos meramente exteriores que louvaremos a Deus ou teremos prova de que Ele está presente. Nem será com uma fé vazia que seremos seus seguidores (Tg 2, 26).
Assim ensinou o Cristo e nós “nunca vimos uma coisa assim” (v. 12).

E para nós, o que é mais fácil? Perdoar a si e ao outro ou buscarmos curas materiais?
O que temos feito, o que temos buscado? Será que fazemos isso porque achamos que é o mais fácil? Provavelmente sim.
Como fazemos isso? Onde Deus participa desse projeto?
Como criticamos Jesus por não curar por fora? O que estamos a esperar que Ele faça?
Podemos orar, pelos irmãos e por nós.
Paz e Bem!

“Cada casa tem o seu construtor; mas é Deus quem constrói tudo.” (Hb 3, 4)
“Animem-se uns aos outros a cada dia, enquanto dura a proclamação desse hoje, a fim de que ninguém de vocês se endureça, enganado pelo pecado.” (Hb 3, 13)
“Por isso, tenhamos cuidado enquanto nos é oferecida a oportunidade para entrar no descanso de Deus.” (Hb 4, 1)

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