Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas.
Filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor.
Pais, não intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem."
(Cl 3, 17-21)
Oitava do Natal
A riqueza da mensagem divina, a imensidão do conhecimento dos céus, precisava de muitos meios para se fazer passar aos homens: profetas, reis, líderes, pregações, parábolas, milagres, gestos e a vida do próprio Cristo.
Em meio a essa quantidade de formas, que não é outra coisa senão a própria criação, à qual devemos estar sempre atentos, uma chama especial atenção, ainda mais no mundo de hoje: a família.
Deus fez-se homem e escolheu sê-lo desde recém nascido no seio de uma família pobre e fora dos grandes centros de poder.
Será que nosso coração segue isso? Ser pobre em espírito, procurar estar distante das ambições e crescer aos poucos na santidade?
A família de Nazaré - pai, mãe e filho - evoca a imagem poderosa da Trindade Santa, mas com Ela não se confunde, a começar pelo fato de que o Filho é a própria Trindade. A família, que é santificada pelas graças matrimoniais e que deve frutificar em amor, vida e santidade, tem ao centro a figura una e trina de Deus.
Mas também é homem e mulher juntos. É acolhimento e sensatez diante do mundo.
Assim deve ser cada casa, assim deve ser cada um de nós.
Como José, que soube ouvir os conselhos do anjo e levou Jesus por onde fosse necessário para perpetuar sua mensagem.
Como Maria, que no momento mais importante da humanidade depois do Éden soube dizer "sim" a Deus e deixar-se engravidar pelo Espírito Santo para dar à luz obras de Amor.
Como Jesus, vamos crescer "em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens" (Lc 2, 52). E para isso, devemos entregar nossas ações a Deus.
Foi dessa maneira que Francisco deixou dito na sua "Carta aos Fiéis":
5 Oh! como são bem-aventurados e benditos, eles e elas, enquanto fazem essas coisas e nelas perseveram, 6 porque descansará sobre eles o espírito do Senhor (cfr. Is 11, 2) e neles fará sua casa e morada (cfr. Jo 14, 23), 7 e são filhos do Pai celeste (cfr. Mt 5,45), cujas obras fazem, e são esposos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. Mt. 12, 50).
8 Somos esposos, quando pelo Espírito Santo une-se a alma fiel a nosso Senhor Jesus Cristo.
9 Somos seus irmãos quando fazemos a vontade do Pai que está nos céus (Mt 12, 50).
10 Mães, quando o levamos em nosso coração e em nosso corpo (Cfr. 1Cor 6, 20), pelo amor divino e a consciência pura e sincera; e o damos à luz pela santa operação, que deve iluminar os outros com o exemplo (cfr. Mt 5, 16).
11 Oh! como é glorioso, santo e grande ter nos céus um Pai!
12 Oh! como é santo ter tal esposo: paráclito, belo e admirável!
13 Oh! como é santo e dileto ter tal irmão e filho, agradável, humilde, pacífico, doce, amável e sobre todas as coisas desejável: Nosso Senhor Jesus Cristo! que deu a vida por suas ovelhas (cfr. Jo 10,15)
Dessa maneira, hoje repitamos: "Oh! Como é glorioso, santo e grande ter nos céus um Pai!
Paz e Bem!
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