Na Sexta-Feira Santa, celebramos a morte de Jesus como passagem necessária para a ressurreição; é uma lembrança cheia de esperança e de certeza da vitória. É um dia centrado na cruz, não com ar de tristeza, mas de comemoração, uma vez que Cristo Jesus, como Sumo Sacerdote, em nome de toda a humanidade, se entregou voluntariamente à morte para salvar a todos nós.
No dia de hoje não há missa em nenhuma igreja. O ato Iitúrgico principal da Sexta-feira Santa é a CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO E MORTE DO SENHOR, à tarde. É uma cerimônia simples e silenciosa.
As leituras desse dia mostram a coragem com que Cristo enfrenta a dor e a morte. No fim, faz-se a oração pelas necessidades materiais e espirituais de toda da humanidade.
Após a oração universal, o sacerdote convida para a VENERAÇÃO à SANTA CRUZ, que simboliza a Paixão de Cristo e seu amor infinito por nós.
Terminada a adoração da Cruz, reza-se o Pai-Nosso como preparação para a comunhão. Como neste dia não há propriamente missa, as sagradas partículas distribuídas no momento da comunhão são trazidas do altar da reposição ou altar do Santíssimo, onde foram consagradas durante a missa da Quinta-feira Santa.
Após a comunhão, terminada a cerimônia desse dia, cada um tem a oportunidade de se unir ao Senhor que deu a vida por nós. Em meio ao clima de tristeza desse dia, começa a despontar a esperança e a aurora da ressurreição.
O exercício da VIA-SACRA, na Sexta-feira Santa, constitui uma tradição arraigada no povo cristão, desde os primórdios da Igreja. Em geral, o exercício da VIA-SACRA termina com o Sermão das SETE PALAVRAS, que ajuda os cristãos a compreender o sentido da morte do Senhor para si próprios e para o mundo inteiro. São um estímulo à conversão e ao compromisso.
O SERMÃO DAS SETE PALAVRAS relembra as últimas palavras de Jesus, pronunciadas no alto da cruz, sendo que cada uma delas nos revela um aspecto peculiar do mistério da Paixão. São estas:
1ª "Pai. perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23,34);
2ª "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc, 23.43);
3ª "Mulher, eis aí o teu filho. Filho, eis aí tua mãe" (Jo 19,26-27);
4ª "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mc 15.34);
5ª "Tenho sede" (Jo 19.28);
6ª “Tudo está consumado" (Jo 19.30); e
7ª "Pai, nas tuas mãos entrego meu espírito" (Lc 23.46).
Na noite da Sexta-feira Santa, muitas pessoas ficam em oração diante da imagem de Cristo no sepulcro, como meio de manifestar e alimentar sua fé na ressurreição, que é onde encontramos o verdadeiro sentido da morte.
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