Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


sábado, 2 de novembro de 2013

Creio na Ressurreição

Hoje é Dia de Finados. Dia de lembrarmos nossa finitude e CERTEZA de que os céus estão à nossa espera, pois Cristo morreu e ressuscitou. Ele nos mostra o caminho como o primeiro a atravessá-lo definitivamente.
E, unidos a Ele, estamos unidos a toda a sua Igreja, que é o seu corpo. E a Igreja é seu Povo, na terra ou nos céus. Então nessa fé rezemos a Cristo pelos irmãos que ainda não alcançaram a Glória.
Paz e Bem!

Questões sobre fé

Porque você tem fé ?
essa é uma pergunta difícil. E é difícil porque, para um crente (para quem acredita, tem fé) é como indagar porque ele acredita que respira. Por que crê no ar?
Assim, para poder responder, é preciso antes que alguém ajude e diga porquê não crê.

Por que acredita na Igreja?

Essa é uma pergunta vaga e que pode levar o entendimento entre quem quer saber - quem pergunta - e quem deseja explicar - quem responde - a um diálogo vazio.
A palavra Igreja, como consta na linguagem atual, é um som de muitos significados. E mesmo entre os que acreditam professar as mesmas dúvidas sobre ela, pode ter diferentes alcances quando examinado de perto.
A Igreja é a comunidade que se organiza ao redor de Cristo. É mistério de salvação e por Cristo, com Cristo e em Cristo, forma uma só existência corpórea mística.
A Igreja é um local para o encontro principalmente comunitário com Deus.
A Igreja está em cada um que faz parte desse Povo que atravessa espaço e tempo.
Qual a "Igreja"que se pretende conhecer?

Você acredita que o papa não erra?

O Papa é um dos irmãos dessa Igreja com uma função sacerdotal mais específica, profundamente ligada à unidade da fé e à liderança na pregação.
Mas é humano e os católicos (o catolicismo é uma forma de estar no mundo, agir conforme certo conjunto de crenças) não acreditam que esteja livre de erros e pecados.
Porém, atendendo às manifestações da Igreja e sentindo-se espiritualmente apto, ele pode excepcionalmente proclamar preceitos de fé e moral que passarão a integrar o conjunto de entendimentos católicos sobre a Revelação divina.
A Igreja é um grande espaço de debates e aprofundamento das idéias sobre a fé.

domingo, 6 de outubro de 2013

Francisco por Francisco

Praça São Francisco de Assis
Sexta-feira, 4 de Outubro de 2013

«Bendigo-Te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos entendidos e as revelaste aos pequeninos» (Mt 11, 25).

A todos, paz e bem! Com esta saudação franciscana, agradeço-vos por terdes vindo a esta Praça, cheia de história e fé. Para rezarmos juntos.

Como tantos outros peregrinos, também eu vim hoje, para bendizer o Pai por tudo o que quis revelar a um destes «pequeninos» de que nos fala o Evangelho: Francisco, filho de um comerciante rico de Assis. O encontro com Jesus levou-o a despojar-se de uma vida cómoda e despreocupada, para desposar a «Senhora Pobreza» e viver como verdadeiro filho do Pai que está nos céus. Esta escolha, feita por São Francisco, constituía uma maneira radical de imitar a Cristo, de se revestir d'Aquele que, sendo rico, Se fez pobre para nos enriquecer por meio da sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9). Em toda a vida de Francisco, o amor pelos pobres e a imitação de Cristo pobre são dois elementos indivisivelmente unidos, as duas faces de uma mesma medalha.

De que nos dá hoje testemunho São Francisco? Que nos diz ele, não com as palavras – isso é fácil –, mas com a vida?

1. A primeira coisa que nos diz, a realidade fundamental de que nos dá testemunho é esta: ser cristão é uma relação vital com a Pessoa de Jesus, é revestir-se d'Ele, é assimilação a Ele.

De onde começa o caminho de Francisco para Cristo? Começa do olhar de Jesus na cruz. Deixar-se olhar por Ele no momento em que dá a vida por nós e nos atrai para Ele. Francisco fez esta experiência, de um modo particular, na pequena igreja de São Damião, rezando diante do crucifixo, que poderei também eu venerar hoje. Naquele crucifixo, Jesus não se apresenta morto, mas vivo! O sangue escorre das feridas das mãos, dos pés e do peito, mas aquele sangue exprime vida. Jesus não tem os olhos fechados, mas abertos, bem abertos: um olhar que fala ao coração. E o Crucifixo não nos fala de derrota, de fracasso; paradoxalmente fala-nos de uma morte que é vida, que gera vida, porque nos fala de amor, porque é o Amor de Deus encarnado, e o Amor não morre, antes derrota o mal e a morte. Quem se deixa olhar por Jesus crucificado fica recriado, torna-se uma «nova criatura». E daqui tudo começa: é a experiência da Graça que transforma, de sermos amados sem mérito algum, até sendo pecadores. Por isso, Francisco pode dizer como São Paulo: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gal 6, 14).

Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a permanecer diante do Crucifixo, a deixar-nos olhar por Ele, a deixar-nos perdoar, recriar pelo seu amor.

2. No Evangelho, ouvimos estas palavras: «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração» (Mt 11, 28-29).

Esta é a segunda coisa de que Francisco nos dá testemunho: quem segue a Cristo, recebe a verdadeira paz, a paz que só Ele, e não o mundo, nos pode dar. Na ideia de muitos, São Francisco aparece associado com a paz; e está certo, mas poucos vão em profundidade. Qual é a paz que Francisco acolheu e viveu, e nos transmite? A paz de Cristo, que passou através do maior amor, o da Cruz. É a paz que Jesus Ressuscitado deu aos discípulos, quando apareceu no meio deles (cf. Jo 20, 19.20).

A paz franciscana não é um sentimento piegas. Por favor, este São Francisco não existe! E também não é uma espécie de harmonia panteísta com as energias do cosmos... Também isto não é franciscano! Também isto não é franciscano, mas uma ideia que alguns se formaram. A paz de São Francisco é a de Cristo, e encontra-a quem «toma sobre si» o seu «jugo», isto é, o seu mandamento: Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei (cf. Jo 13, 34; 15, 12). E este jugo não se pode levar com arrogância, presunção, orgulho, mas apenas se pode levar com mansidão e humildade de coração.

Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: ensina-nos a ser «instrumentos da paz», da paz que tem a sua fonte em Deus, a paz que nos trouxe o Senhor Jesus.

3. Francisco começa assim o Cântico das Criaturas: «Altíssimo, omnipotente, bom Senhor, (...) louvado sejas (...) com todas as tuas criaturas» (FF, 1820). O amor por toda a criação, pela sua harmonia ! O Santo de Assis dá testemunho de respeito por tudo o que Deus criou e como Ele o criou, sem fazer experiências sobre a criação destruindo-a; mas ajudá-la a crescer, a ser mais bela e semelhante àquilo que Deus criou. E sobretudo São Francisco dá testemunho de respeito por tudo, dá testemunho de que o homem é chamado a salvaguardar o homem, de modo que o homem esteja no centro da criação, no lugar onde Deus – o Criador – o quis; e não instrumento dos ídolos que nós criamos! A harmonia e a paz! Francisco foi homem de harmonia e de paz. Daqui, desta Cidade da Paz, repito com a força e a mansidão do amor: respeitemos a criação, não sejamos instrumentos de destruição! Respeitemos todo o ser humano: cessem os conflitos armados que ensanguentam a terra, calem-se as armas e que, por toda a parte, o ódio dê lugar ao amor, a ofensa ao perdão e a discórdia à união. Ouçamos o grito dos que choram, sofrem e morrem por causa da violência, do terrorismo ou da guerra na Terra Santa, tão amada por São Francisco, na Síria, em todo o Médio Oriente, no mundo inteiro.

Voltamo-nos para ti, Francisco, e te pedimos: alcançai-nos de Deus o dom de haver, neste nosso mundo, harmonia, paz e respeito pela criação!

Não posso, enfim, esquecer que hoje a Itália celebra São Francisco como seu Padroeiro. E formulo os melhores votos para todos os italianos, na pessoa do Chefe do Governo, aqui presente. Disso mesmo é expressão também o gesto tradicional da oferta do azeite para a lâmpada votiva, que este ano compete precisamente à Região da Úmbria. Rezemos pela Nação Italiana, para que cada um trabalhe sempre pelo bem comum, olhando mais para o que une do que para o que divide.

Faço minha a oração de São Francisco por Assis, pela Itália, pelo mundo: «Peço-Vos, pois, ó Senhor Jesus Cristo, pai das misericórdias, que Vos digneis não olhar à nossa ingratidão, mas recordai-Vos da superabundante compaixão que sempre mostrastes [por esta cidade], para que seja sempre o lugar e a morada de quantos verdadeiramente Vos conhecem e glorificam o vosso bendito e gloriosíssimo nome pelos séculos dos séculos. Amen» (Espelho de perfeição, 124: FF

http://www.vatican.va/holy_father/francesco/homilies/2013/documents/papa-francesco_20131004_omelia-visita-assisi_po.html

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Por-se a caminho (S. Pio de Pietrelcina - 23/09)

Quem, dentre vós todos, pertence ao seu povo?Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho e suba a Jerusalém. (Esd 1, 3)





Quem está com Deus, põe-se a caminho. E esse caminho leva à edificação de um Templo santo. Um Templo que deve ser nossos corações, nossos sentimentos e nossas ações.
São Pio era um homem tomado de Deus, de compaixão, de Amor. Sábio nos gestos.

"Os que semeiam entre lágrimas, colherão com alegria" (Sl 125, 5)

É preciso estar ciente de que cada momento vivido representa um passo. Um caminho vivido significa que cada passo foi dado com a companhia de Deus. Estar ao lado de Deus é o caminho, a verdade e a vida.
São Pio soube horar e procurar o conselho de Deus nos momentos de dificuldade.

"Tudo o que está escondido tornar-se-á manifesto. [...] a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter" (Lc 8, 17-18)

O que eu penso ter? O que eu penso merecer?
Tudo aquilo que eu penso merecer provindo da carne, dos homens, eu não tenho; disso sou vazio. O que se pensa ter, não se tem. Porém, aquele que tem as Palavras de Deus escritas na sua vida, receberá ainda mais.
É preciso ter Deus por prioridade; estar atento às armadilhas do caminho. O importante é fazer as coisas pelo sentido que possam ter de verdadeiro. Pois tudo se tornará manifesto e assim a Verdade poderá resplandecer em vós.
São Pio demonstrou humildade, serviço e santidade; o que tinha para oferecer. Amou e foi amado por Deus.

Como ele, sejamos orantes.
Paz e Bem!


domingo, 18 de agosto de 2013

Fraternidade debate rumos pastorais

Encontro Paroquial

Momento de descontração fraterna no Centro Pastoral da Paróquia de Nossa Senhora da Apresentação (Natal, Centro, matriz, catedral velha)

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Deus também é Pai



“Naquele tempo, Jesus disse: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Meu Pai entregou tudo a mim. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar.”
(Mt 11, 25-27)


Quando Cristo teve de explicar às pessoas como é o Criador, Ele o chamou de Pai!
Quando ensinou a rezar, ensinou-os a se aproximar de Deus como de um Pai, o Nosso Pai.
Um Deus do qual ninguém ousava se aproximar ou ver a face. Agora, podemos nos dirigir a Ele com simplicidade, como filhos e como irmãos.
A segurança com que ousamos nos aproximar da Força Divina, que tudo criou, revelaria nossa pequenez. Mas que desaparece diante da misericórdia divina, da certeza de ser amado.
É uma doação incondicional, uma amar generoso que provém do íntimo do ser. Esse sentimento pode ser expresso pela palavra de origem latina miseri-córdia (=ter piedade-coração). Em hebraico, seria Hesed ou Rahamim (cf. Carta Encíclica Dives in Misericordia, do Beato João Paulo II, sobre a Misericórdia Divina).
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Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar

Assim disse Jesus: “que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.” (Mt 5, 16). É o Pai que vê as obras de Penitência que praticamos escondido (Mt 6), que acolhe o Filho Pródigo, que deve ser honrado, que conhece o que aproveitar de seu tesouro para a família (Mt 13, 52). Disse ainda Jesus: “se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas a seus filhos, quanto mais o Pai de vocês que está no céu dará coisas boas aos que lhe pedirem”. (Mt 7, 11)
Mas às vezes podemos pensar que nem todos têm uma boa relação com seus pais na Terra. Que nem todos os pais agem como São José, pai adotivo de Jesus, e a quem o Senhor aprendeu a chamar de Pai e respeitar.
Deus nos dá pais neste mundo. E nunca estamos numa família por obra do acaso. Nela tanto aprendemos quando ensinamos.
Mas imaginar Deus apenas com as imagens deste mundo seria limitar-se às coisas terrenas e, portanto, uma forma de idolatria. Por melhor que seja nosso pai, Deus não é o Pai que temos, é o que os Pais têm a missão de ser (“sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu”, Mt 5, 48). Por isso encontramos Nele tanto amor. Na família, “todos os membros evangelizam e são evangelizados” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi, n. 71).
“Da mesma forma como a chuva e a neve, que caem do céu e para lá não voltam sem antes molhar a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, (…) assim acontece com a minha palavra” (Is 55, 10-11). Deus germina e faz nascer. A terra dá frutos de Justiça, como Maria deu à luz o Senhor.
Esse criador “não é nem homem nem mulher, é Deus. Transcende também a paternidade e a maternidade humanas (…) ninguém é pai como Deus o é” (CIC 239).
Na Oração do Senhor, quando dizemos “Pai Nosso, que estais no céu”, entramos em comunhão com Ele e, portanto, com a Igreja, corpo de Cristo. Descobrimo-nos como filhos de Deus e que assim devemos agir. O povo de Deus se entende como entregue a Ele, “Eu sou Deus, o seu Deus” (Sl 49, 7), nosso Deus. E é dever de todos os batizados levá-lo aos pequeninos, aos marginalizados e aos que precisam do Amor do Pai (a oração da manhã finaliza assim: “que no decurso deste dia, eu Te revele a todos”).
Rezar ao Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual também procede o Espírito Santo, deve ser feito sempre de modo consubstancial e indivisível, reza-se ao Pai, com o Filho e o Espírito Santo. É junto a Ele que Cristo intercede sem cessar. 

Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai

Deus é Pai não apenas porque cria, mas por sua bondade e ternura. E, acima de tudo, é Pai em razão de seu Filho, Jesus Cristo. Eis uma consideração fundamental para o dogma da Trindade. Deus também é Pai a partir da geração de seu Filho, que assim se apresentou.
“Oh! como é glorioso, santo e grande ter nos céus um Pai!” (São Francisco de Assis, Exortação aos irmãos e às irmãs sobre a Penitência, cap. I, n. 11)
A experiência de refletir na terra a relação carinhosa entre os Pais e os filhos deve ser um reflexo da união entre Deus-Pai e Deus-Filho, com a força do Espírito Santo. Devemos ser misericordiosos no julgar uns aos outros. É importante vermos as qualidades mais que os defeitos.
O Pai ensina, dá forças, cuida, sofre, angustia-se e deve ter a fortaleza necessária para transmitir segurança e apoiar nos momentos difíceis. É um cuidar para dar espaço à família, para levá-la e protegê-la como fez São José em Nazaré.


Amém, Paz e Bem!

Tríduo de Santa Clara - Convento de Santo Antônio


http://conventosantoantonionatalrn.blogspot.com.br/2013/08/triduo-em-honra-santa-clara-09-de-agosto.html

TRÍDUO EM HONRA A SANTA CLARA - 09 de agosto

Verde. 6ª-feira da 18ª Semana Tempo Comum 
Leituras
1ª Leitura - Dt 4,32-40
Salmo - Sl 76,12-13. 14-15. 16.21 (R.12a)
Evangelho - Mt 16,24-28


Bênção de Santa Clara - Introdução
A Legenda de Santa Clara, n. 45, diz que ela “abençoou seus devotos e devotas e implorou a graça de uma ampla bênção sobre todas as senhoras dos mosteiros de pobres, tanto presentes como futuras”. É característico que fale em “devotos e devotas”, porque essa acentuação de masculino e feminino não era comum no seu tempo mas é uma das originalidades mais notáveis da Bênção de Santa Clara que nós conhecemos. Temos diversas variantes do texto, em latim ou na fala medieval dos franceses, dos alemães e dos italianos, ligadas à Carta a Ermentrudes de Bruges, ou a uma das Cartas a Inês de Praga, ou dirigida a todas as Irmãs.

As Clarissas liam essa bênção mais ampla logo após o Testamento, desde séculos. Hoje, com a descoberta do texto da Bênção nos mesmos manuscritos do século XIV em que se teve certeza do Testamento, se acredita que o original, calcado como a bênção de São Francisco no texto do livro dos Números, pode ter sido uma fórmula geral que Clara usou mais de uma vez. Para as Fontes Clarianas, usamos o texto latino e a divisão em versículos da obra de M.F.Becker, J.F.Godet, T.Matura, Claire d’Assise: Écrits (Paris, Les Editions Du Cerf, 1985). Mas para esta versão na Internet revisamos o texto pelas “Fontes Franciscani”.

A bênção complementa os valores originais de Clara já expressos na Forma de Vida e no Testamento.


Bênção de Santa Clara


1 Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (cfr. Mat 28,19). 
2 O Senhor as abençoe e guarde; 3 mostre-lhes o seu rosto e tenha misericórdia de vocês; 4 volte a sua face para vocês e lhes dê a paz (cfr. Num 6,24-26), a vocês minhas irmãs e filhas, 5 e a todas as outras que vierem e permanecerem em sua comunidade, e a todas as outras, tanto presentes quanto futuras, que perseverarem até o fim nos outros mosteiros das senhoras pobres. 
6 Eu, Clara, serva de Cristo, plantinha do nosso bem-aventurado pai São Francisco, irmã e mãe de vocês e das outras irmãs pobres, embora indigna, 7 rogo a nosso Senhor Jesus Cristo, por sua misericórdia e por intercessão de sua santíssima Mãe Santa Maria, de São Miguel Arcanjo e de todos os anjos de Deus, do nosso bem-aventurado pai Francisco e de todos os santos e santas, 8 que o próprio Pai celeste lhes dê e confirme esta sua santíssima bênção no céu e na terra (cfr. Gn 27,28): 9 na terra, fazendo-as crescer na graça e em virtude entre seus servos e servas na sua Igreja militante; 10 no céu, exaltando-as e glorificando-as na Igreja triunfante entre os seus santos e santas. 
11 E as abençôo em minha vida e depois de minha morte, como posso, com todas as bênçãos 12 com que o Pai das misericórdias (cfr. 2Cor 1,3) abençoou e abençoará seus filhos e filhas no céu (cfr. Ef 1,3) e na terra, 13 e com os quais um pai e uma mãe espiritual abençoaram e abençoarão seus filhos e filhas espirituais. Amém. 
14 Amem sempre as suas almas e as de todas as suas Irmãs, 15 e sejam sempre solícitas na observância do que prometeram a Deus. 
16 O Senhor esteja sempre com vocês (cfr. Lc 1,28; 2Cor 13,11) e oxalá estejam vocês também sempre com Ele. Amém. 

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Festa de Santa Maria dos Anjos

Hoje é dia de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula; dia da indulgência Plenária do Perdão de Assis.

Haverá Terço Franciscano na Fraternidade São Francisco de Assis (Natal centro) às 17:30 e missa no Convento de Santo Antônio (Igreja do Galo) em seguida.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

A cidade do Rio se veste de JMJ

 
 
"Falta menos de uma semana para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio2013). E, com a proximidade do evento, a cidade do Rio de Janeiro, da Zona Norte à Zona Sul, já está toda enfeitada para os seis dias em que receberá a juventude mundial. Em uma caminhada pelas ruas, os peregrinos e voluntários da JMJ Rio2013, que já estão chegando ao Rio, deparam-se com o logo da Jornada em outdoors, adesivos, banners, camisas, broches e até mesmo em esculturas de areia na Praia de Ipanema.
Essa divulgação da JMJ Rio2013 pela cidade não é de agora. Teve início há cerca de um ano, com a idealização do “Dia D da JMJ” pelos jovens cariocas, ou seja, um dia em que todos os jovens deveriam vestir a camisa oficial da JMJ Rio2013. Ficou acertado que seria o dia 23, pois remete ao dia de início das atividades da JMJ (23 de julho), e, então, foram criados eventos e mensagens nas redes sociais para divulgar o “Dia D da JMJ”. Com o sucesso da iniciativa, os jovens de outros estados e até de outros países também resolveram participar, e, a partir daí, todo mês a divulgação é realizada, sempre no dia 23."
...
 
 
 

Deus nos liberta e conduz


 

"E decidi tirar-vos da opressão do Egito e conduzir-vos [...] a uma terra onde corre leite e mel."

(Ex 3, 17)

 

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso."

(Mt 11, 28)

 

Cristo torna presente esse Deus que não passa, Deus que É, de geração em geração, e existe em aliança perfeita com a criação.

 

Pois, ele é "Deus dos vivos" (Mt 22, 32; Mc 12, 27; Lc 20, 38) e o Pai "o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos" (At 10, 42). Assim testemunham os Evangelistas.

 

Por isso seu jugo é suave e seu fardo leve (Mt 11, 30): Ele não nos abandona. A Ele, "até o vento e o mar obedecem" (Mt 8, 27; Mc 4, 41; Lc 8, 25). Quando nossa “pouca fé” nos abre a alma para o desespero, não conseguimos ver que Ele está sereno e ao nosso lado. Depois, tudo fica calmo, a Paz retorna (Mt 8, 26; Mc 4, 39; Lc 8, 24), pois sabemos que estamos com Ele.

 

Mas será próprio a nós, quando sentirmos no rosto o vento, os problemas do mundo, fazermos como Pedro e dizer: “Senhor, salva-me” (Mt 14, 30). E será próprio a Deus estender-nos a mão e reconciliar a criação.

 

Ele nos pede para tomarmos a cruz em nossos ombros, mas foi o primeiro a carregá-la.

 

Paz e Bem!

 

 

“Porque nenhum de vocês vive para si mesmo, e ninguém morre para si mesmo. Se vivemos, é para o Senhor que vivemos; se morremos, é para o Senhor que morremos. Quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor. Cristo morreu e voltou à vida para ser o Senhor dos mortos e dos vivos.”

(Rm 14, 7-9)

 


 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Corpus Christi

Sabemos que:

"Francisco gostava de visitar igrejas, de estar nas igrejas. Estimulava os confrades a tomar a mesma atitude. Inclusive uma das primeiras orações que ensinou aos confrades foi para quando entrassem numa igreja. Ei-la:

Nós vos adoramos, Santíssimo Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as igrejas que estão no mundo inteiro, e vos bendizemos; porque pela vossa santa cruz remistes o mundo

Francisco passava semanas e meses em oração no eremitério do cárcere e transcorria as noites repetindo:


"MEU DEUS, MEU TUDO"..."
(Frei Vito Hofmann, OFM, em www.mundocatolico.com.br/FFBNEII/SaoFranciscoIrmaoAlegre.doc)

E dizia Francisco:

"São réprobos todos aqueles que viram o Senhor Jesus Cristo em sua humanidade sem enxergá-lo segundo o espírito e a divindade e sem crer que Ele é o verdadeiro Filho de Deus.
De igual modo São hoje em dia réprobos todos aqueles que - embora vendo o sacramento do corpo de Cristo que, pelas palavras do Senhor, se torna santamente presente sobre o altar, sob as espécies de pão e vinho, nas mãos do sacerdote - não olham segundo o espírito e a divindade, nem crêem que se trata verdadeiramente do corpo e do sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Atesta-o pessoalmente o Altíssimo quando diz:
"Este é o meu corpo e o sangue da nova Aliança" (cf. Mc 14,22); e: "Quem comer a minha carne e beber o meu sangue ter a vida eterna" (cf. Jo 6,55).
Por isso é o Espírito do Senhor, que habita nos seus fiéis quem recebe o santíssimo corpo e sangue do Senhor (cf. Jo 6,62).
Todos aqueles que não participam desse espírito e no entanto ousam comungar, "comem e bebem a sua condenação" (lCor 11,29)." (São Francisco, Admoestações, I)

Tudo isso nos fala da importância da Eucaristia. A instituição da Eucaristia é graça que se medita no 5o mistério luminoso do Rosário. Por ele, Cristo dá a conhecer a presença do eterno no secular. A eucaristia, corpo e sangue verdadeiros de Jesus Cristo, é fato e realidade contra a qual não há como se opor. Repleto de beleza e significado para toda a humanidade, há de ser contemplada a partir de profunda atitude orante.

" a experiência do silêncio e da oração oferece o ambiente adequado para maturar e desenvolver-se um conhecimento mais verdadeiro, aderente e coerente daquele mistério cuja expressão culminante aparece na solene proclamação do evangelista João: « E o Verbo fez-Se carne e habitou no meio de nós; e nós vimos a glória d'Ele, glória que Lhe vem do Pai como a Filho único, cheio de graça e de verdade » (Jo1,14)." (João Paulo II, NOVO MILLENNIO INEUNTE, n. 20)

"é necessário, porém, que os fiéis celebrem a Liturgia com rectidão de espírito, unam a sua mente às palavras que pronunciam" (SACROSANCTUM CONCILIUM, n. 11)

E,  do Catecismo da Igreja Católica: “Orar significa mais escultar que falar. Contemplar significa mais ser olhado que olhar” (Carlo Caretto)


Perante o Santíssimo Sacramento, o Cristão abre seu coração para a fé a partir da oração. Ela pode tomar as mais diversas formas, desde o silêncio até o cântico. Mas tudo deve ser propício ao caminho de Deus. Deve conduzir a um recolhimento de coração e uma profunda meditação que se revele na forma de uma contemplação do divino.


Mais, deve demonstrar um culto não só pela postura individual, mas também da comunidade que se mostra fraterna e alegre pela presença de Deus em seu meio.

Na experiência dada pela fé de que não se está diante de um momento interior ou coletivo, mas que o divino está realmente presente. Está-se diante do Criador, do Santificador e, particularmente, do Redentor do mundo. Que atitude devemos ter diante do Nosso Senhor Jesus Cristo feito carne e sangue? A busca dessa resposta é a postura que devemos adotar na adoração ao Santíssimo Sacramento.

Paz e Bem!

"Assim como Jesus foi o verdadeiro adorador do Pai, façam da oração e da contemplação a alma do próprio ser e do próprio agir. Participem da vida sacramental da Igreja, principalmente da Eucaristia, e se associem à oração litúrgica em uma das formas propostas pela mesma Igreja, revivendo assim os mistérios da vida de Cristo."
(Regra e Vida da OFS, n. 8)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Nota da CNBB sobre uniões estáveis de pessoas do mesmo sexo

 
Nós, bispos do Conselho Episcopal Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 14, 15 e 16 de maio de 2013, dirigimo-nos a todos os fiéis e pessoas de boa vontade para reafirmar o princípio da instituição familiar. Desejamos também recordar nossa rejeição à grave discriminação contra pessoas devido à sua orientação sexual, manifestando-lhes nosso profundo respeito.
Diante da Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a “habilitação, celebração de casamento civil, ou de conversão de união estável em casamento, entre pessoas de mesmo sexo” (n. 175/2013), recordamos que “a diferença sexual é originária e não mero produto de uma opção cultural. O matrimônio natural entre o homem e a mulher bem como a família monogâmica constituem um princípio fundamental do Direito Natural” (Nota da CNBB, 11 de maio de 2011). A família, assim constituída, é o âmbito adequado para a plena realização humana e o desenvolvimento das diversas gerações, constituindo-se o maior bem das pessoas.
Ao dar reconhecimento legal às uniões estáveis como casamento civil entre pessoas do mesmo sexo em nosso país, a Resolução interpreta a decisão do Supremo Tribunal Federal de 2011 (cf. ADI 4277; ADPF 132). Certos direitos são garantidos às pessoas comprometidas por tais uniões, como já é previsto no caso da união civil. As uniões de pessoas do mesmo sexo, no entanto, não podem ser simplesmente equiparadas ao casamento ou à família, que se fundamentam no consentimento matrimonial, na complementaridade e na reciprocidade entre um homem e uma mulher, abertos à procriação e à educação dos filhos.
Com essa Resolução, o exercício de controle administrativo do CNJ sobre o Poder Judiciário gera uma confusão de competências, pois orienta a alteração do ordenamento jurídico, o que não diz respeito ao Poder Judiciário, mas sim ao conjunto da sociedade brasileira, representada democraticamente pelo Congresso Nacional, a quem compete propor e votar leis.
Unimo-nos a todos que legítima e democraticamente se manifestam contrários a tal Resolução. Encorajamos os fiéis e todas as pessoas de boa vontade, no respeito às diferenças, a aprofundar e transmitir, no seio da família e na escola, os valores perenes vinculados à instituição familiar, para o bem de toda a sociedade.
Que Deus ilumine e oriente a todos em sua vocação humana e cristã!
Brasília-DF, 16 de maio de 2013

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís do Maranhão
Presidente da CNBB em exercício

Dom Sergio Arthur Braschi
Bispo de Ponta Grossa
Vice-Presidente da CNBB em exercício

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima - 13 de maio de 2013




Consagrar-se a Maria, é consagrar-se ao Amor de Deus.
Em sendo Cristo Deus tornado homem, Maria é Mãe de Deus. E como somos Igreja, também é nossa mãe.
Se podemos mostar Deus aos outros por nossos atos, Maria mostrou o próprio Cristo em corpo e sangue, dando seqüência à obra da criação, esperançosa de ver a redenção do homem prometida desde o início.
Mas, quando "uma mulher levantou a voz do meio do povo e lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe, e os peitos que te amamentaram", Jesus respondeu "Antes bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a observam!" (Lc 11, 27-28).
E é Jesus mesmo que também lembrou "Minha mãe e meus irmãos são estes, que ouvem a palavra de Deus e a observam." (Lc 8, 21).
Ora, coube a Maria, na sua divina intercessão pelo sofrimento humano, dizer: "Fazei o que ele vos disser" (Jo 2, 5).
O Cristo não quer um endeusamento das coisas do mundo, do passageiro, mas um firme e fiel cumprimento do seu Amor entre os homens. Uma firme adesão ao exemplo de Maria, carinhosa mãe que vive com o Filho nos céus pelos séculos dos séculos.
E é ao lado da mãe que encontramos o Filho. É lá que podemos encontrá-lo. Tanto quanto a alma vive, ela está com Ele e ele, que passou pela experiência da carne, conhece-lhe profundamente.

Hoje, é 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima.
Quando temos carinho por alguém, é costume dar-lhe apelidos, jeitos caseiros de transmitir chamado e amor. Não foi diferente com Maria. Hoje, são incontáveis as denominações que recebe, conforme os lugares que visitou de modo especial.
Quando lembramos das aparições da Nossa Senhora em Fátima, recordamos também os diálogos com os pastorinhos videntes e as maravilhas que por Ela Deus fez.
Em suma, como ficou expresso no "terceiro segredo", foi um pedido de penitência e conversão. "Penitência!", grita o Anjo. (clique aqui para a Mensagem de Fátima)

É de relevo notar que, como símbolo da unidade da Igreja, temos o Papa Francisco, por quem rezamos em todas as missas do mundo, as quais ocorrem a todo instante. E o mesmo foi alçado à cátedra de Pedro num dia 13 (13 de março de 2013), dia piedosamente dedicado a Maria de Fátima.

Enfim, diz o Evangelho do dia na sua primeira leitura (7ª semana da páscoa, segunda-feira):  “João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus” (At 19, 4). Eis o mesmo evangelista, Lucas, que registrou os momentos com os quais foi iniciado este texto. Eis a mesma mensagem: devemos convertermo-nos e crer por nossos atos e palavras naquele pelo qual fomo batizados, Jesus.

Paz e Bem!

"Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam".


"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, pevo-Vos a conversão dos pobres pecadores”.


(Orações do Anjo)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

5ª Semana Social Brasileira‏



A Igreja somos nós e a fé exige que, como Cristo, frutifiquemos em obras de amor.
Este é um momento importante, onde se pode levar adiante a discussão sobre o Estado que temos e o Estado que queremos.

O Vicariato Social esta organizando o seminário provincial da 5ª Semana Social Brasileira na Arquidiocese e é muito importante a ampla divulgação nas paróquias, redes sociais e grupos em geral.
A inscrição poderá ser feita pelo email que aparece no cartaz.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A Igreja se une com seu Papa

Temos papa. Um jesuíta sul americano. Francisco I. Em todo caso, estou emocionado. Vai e restaura a nossa casa. Oremos pela Igreja. Paz e Bem!

Cristo é a cabeça da Igreja. Contemos com seu apóstolo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Retiro do Conselho e da Formação

Adriano (iniciante), Frei Xavier (assistente espiritual), Verônica (responsável pela formação), Marise (secretária) e Luís (vice-ministro) durante uma das reflexões
O Conselho que finaliza seu triênio neste mês e os iniciantes estiveram reunidos neste final de semana com Frei Xavier, assistente espiritual, para um retiro em Emaús. Oportunidade de refletir sobre a vocação franciscana, seu carisma, a espiritualidade de Francisco de Assis e, principalmente, sobre a vida em Fraternidade.
Foi um momento para se colocar a serviço de Deus, orar para discernir os caminhos a seguir e aprofundar sobre a vida em fraternidade.

75 anos da Fraternidade

Na quarta-feira, 6 de março de 2013, em celebração presidida por Frei Valter, a Fraternidade agradeceu a Deus pelos seus 75 anos de ereção canônica. Além da comunidade, estiveram presentes representantes das demais Fraternidades de nossa capital.
Na ocasião, foi lembrada a importância do serviço ao próximo e a missão do franciscano no mundo atual.



Durante a celebração no Convento de Santo Antônio

A Fraternidade em momento de confraternização e alegria com toda a Família Franciscana

segunda-feira, 4 de março de 2013

75 ANOS DA FRATERNIDADE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - NATAL-RN

75 ANOS DA OFS, NESTE 06 DE MARÇO 2013 - DIA DE SANTA ROSA DE VITERBO

Missa de Ação de Graças às 18h30min na Igreja do Galo/Convento de Santo Antônio


Tendo por fundador São Francisco de Assis, a Ordem Franciscana Secular – OFS tem origem no século XIII (memorialepropositi, do Papa Gregório IX, em 1221) e já foi denominada de Ordem da Penitência e Ordem Terceira de São Francisco.
A OFS é estruturada a partir de Fraternidades e compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS.
A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade, começou com as missões pregadas por Frei Damião de Bozzano e Frei Cipriano de Ponteccio OFM Capuchinho, que teriam fundado uma Ordem Terceira de São Francisco na Igreja de Santa Terezinha e nomeado a irmã Maria Galvão de Carvalho como Ministra. No entanto, essa Fraternidade não prosperou. Posteriormente, o Frei Bento de Terrinca foi nomeado Guardião do Convento Santo Antônio e aí fundou a Ordem Terceira, que foi ereta canonicamente aos 06 de março de 1938, e é parte integrante da Ordem Franciscana Secular do Brasil (OFS do Brasil).



sexta-feira, 1 de março de 2013

Envio-te aos teus irmãos

2ª semana da Quaresma, sexta-feira (Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104,16-21; Mt 21,33-46)

O envio do Filho. Por temor, por ignorância, por redenção. Esse é um tema que antecede a compreensão da grandeza de um Deus que se faz homem. E, diante da Campanha da Fraternidade, vemos nossos filhos serem chamados a dizer "envia-me, Senhor". E estes filhos somos nós mesmos, Filhos de Deus, frutos da evangelização.

"Enviai-me", esse foi o pedido que o profeta Isaías deixou escrito no que hoje temos como capítulo 6 de seu livro. Mas no capítulo antecedente (5), ele dizia:

meu amigo possuía uma vinha num outeiro fértil. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha. […] A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra. (vv. 1-3, 7-8)

O Senhor usa a idéia da vinha e, no Evangelho de hoje, podemos ler: "finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: 'Ao meu filho eles vão respeitar'" (Mt 21:37).

Nesta acusação que o Cristo fez aos sumos sacerdotes e fariseus, a vinha já produz. Porém, outros vêm e apossam-se dele, impedindo que os frutos da videira cheguem ao Senhor. Ao contrário, apesar do que possam dizer ou do que prometeram, querem-nos apenas para si.

E, para não sermos os novos arrendatários maus desta vinha, o que Deus espera que façamos? Está escrito: espera de nós a prática da Justiça que poupa o sangue, a vida terrena, dos irmãos, e a retidão, que alivia o fardo e o desespero dos que esperam salvação. Na vocação franciscana, isso está presente na radicalidade, totalidade e permanência do seguimento de Jesus em comunhão fraterna (Benedetto LINO, ofs, projeto de formação permanente, dossiê mensal n. 36, a. 3, dez. 2012, disponível em http://www.ciofs.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=605%3Amonthly-dossier-december-2012&catid=34%3Amaterials&Itemid=4&lang=es).

O mesmo "eis-me aqui" de Isaías (Is 6:8) também é dito, na leitura de hoje, por José -  "eis-me aqui" (Gn 37:13) – quando Israel, seu pai, o chama e diz: "vou enviar-te a eles", teus irmãos (Gn 37, 12) "Vá ver como estão seus irmãos e o rebanho, e traga-me notícias" (Gn 37:14).

Temos essa disponibilidade de José? Apresento-me e digo "envia-me"?! Vou onde quer que estejam meus irmãos, com carinho, cuidado, para entregar a eles junto comigo? Trazer deles boas notícias a Deus? Como está o rebanho?

José vai. E é vendido como escravo. Que destino é esse? Que plano preparado por Deus que envia e depois aprisiona? Aprisiona, mas aprisiona em Cristo (Ef 3:1) e em seu caminho de liberdade.

Assim é que José vai ao Egito e depois se torna fonte de salvação para seus irmãos.

Da mesma forma é Deus conosco em nosso dia-a-dia. Ele nos aponta para onde ir. A entrega exige que não nos preocupemos com o que vamos encontrar no caminho. Não saberemos (Mt 5:36-37: "você não pode fazer um só fio de cabelo ficar branco ou preto. Diga apenas 'sim', quando é 'sim'; e 'não', quando é 'não'"; Mt 6:34: "não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações"; Mc 13:11: "Quando conduzirem vocês para serem entregues, não se preocupem com aquilo que vocês deverão dizer"; Lc 9:3: "Não levem nada para o caminho"; Mt 6:28: "Olhem como crescem os lírios do campo"). Precisamos compreender bem o significado de dizer "venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade", não a minha.

Devemos mantermo-nos firme e seguir o caminho que Ele nos aponta. Porém, o monte belo e maravilhoso que possamos vislumbrar no final não é nossa meta, mas apenas a direção. Muitas vezes, o que Ele deseja para nós não está lá, mas em algum ponto no meio do caminho. Ali é nossa chegada e um novo início, até realizarmos o seu desejo e assim, dar passos na nossa missão, a qual apenas se completa quando, puros, estivermos na presença do trono celeste.

Vamos aos irmãos!

Paz e Bem

 



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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Reuniões e preparativos para o Capítulo

No último dia 17 de fevereiro, preparando-se para o Capítulo Eletivo de nossa fraternidade, acolhemos o irmão Marcos, da Fraternidade Nossa Senhora da Conceição, em Ceará-Mirim-RN, o qual expôs as atividades que devem ser desempenhadas pelo Conselho Local e o papel de cada uma das funções.

Esse é um momento muito importante pois não só predispõe os irmãos a refletir sobre como participam da vida fraterna, como também porque dá início às reflexões individuais para que o Espírito Santo ilumine os caminhos a serem trilhados.

No final de semana seguinte, o Distrito Natal da OFS reuniu-se em nossa sede, o que foi motivo de grande alegria. O irmão Charles, Coordenador Distrital, conduziu a reunião, a qual contou com a participação das Fraternidades que compõe o Distrito.


Tudo isso, com oração constante e permanente meditação do Evangelho, para que assim passemos dele À vida.
Paz e Bem.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

SANTA ANNA SCHÄFFER, OFS 1882-1925


Em 21 de outubro de 2012, o Papa Bento XVI inscreveu no cânon dos santos a irmã franciscana secular Anna Schäffer, por seu exemplo de vida de adoração a partir da dedicação a Deus de seu sofrimento (clique aqui para a homilia do papa), cuja beatificação ficara a cargo de João Paulo II. Para a contínua santificação de nossas vidas a partir do exemplo do próximo, e para que saibamos de sua interecessão, eis o texto (clique aqui para ir direto ao site) do Conselho Internacional da OFS, em espanhol:


El Santo Padre, Benedicto XVI. ha canonizado Anna Schäffer, una franciscana seglar, durante la Santa Misa celebrada en la plaza de San Pedro en Roma, el 21 de octubre.

«De una forma o de otra, el sufrimiento es casi inseparable de la existencia terrenal del hombre... El sufrimiento humano inspira compasión, inspira también respeto y, a su manera, intimida, pues trae consigo la grandeza de un misterio específico... A través de los siglos y de las generaciones humanas, se ha venido constatando que en el sufrimiento se esconde una fuerza singular, una gracia especial, que acerca interiormente el hombre a Cristo. A ella precisamente deben muchos santos su profunda conversión, tales como san Francisco de Asís, san Ignacio de Loyola, etc. El fruto de esa conversión no solamente es que el hombre descubre el significado salvífico del sufrimiento, sino sobre todo que, en el sufrimiento, se convierte en un hombre totalmente nuevo...» (Carta apostólica Salvifici dolorisSD, Juan Pablo II, 11 de febrero de 1984, n. 3, 4, 26). La vida de la santa Anna Schäffer ilustra a la perfección esa constatación del Santo Padre.
Anna Schäffer nace el 18 de febrero de 1882 en Mindelstetten, un pueblo de la Baja Baviera de la diócesis de Ratisbona (sur de Alemania), en el seno de una familia numerosa y cuyo padre es carpintero. Los Schäffer son buenos cristianos: siguen fielmente las oraciones de la mañana, del mediodía y de la noche, y acuden a la iglesia para oír Misa todos los domingos y fiestas de guardar, aunque también durante la semana cuando pueden. Anna es una niña discreta, dulce y tímida, dotada para los estudios y habilidosa en las tareas manuales. En 1896 muere el padre, a la edad de cuarenta años, dejando a la familia en extrema pobreza. Anna, cuyo deseo es llegar a ser religiosa, y si es posible en una congregación misionera, se ve obligada a trabajar para reunir su dote (contribución económica indispensable en aquella época para ingresar en un convento). A los catorce años trabaja como «chica para todo», primeramente en una farmacia de Ratisbona, y luego con un consejero del tribunal de instancia de Landshut. Precisamente en ese lugar, una tarde de junio de 1898, recibe por primera vez un mensaje del Cielo; se le aparece un santo (cuyo nombre ella no sabría decir) que le dice: «Antes de que cumplas viente años comenzarás a sufrir mucho. Reza el rosario». Más tarde contará los peligros que, durante esos años, corrió su pureza virginal y que pudo superar gracias al santo Rosario.
Durante la tarde del 4 de febrero de 1901, la joven, empleada en la casa forestal de Stammham, se encuentra lavando la ropa con una compañera, Wally Kreuzer. En eso se dan cuenta de que el tubo del calentador que pasa por encima de la caldera de lavado se ha desprendido de la pared; para reparar la avería, Anna se sube a un muro bajo en forma de repisa, pero pierde el equilibrio y cae de pie, con el agua hirviendo de la colada hasta las rodillas. Aterrorizada, Wally, en lugar de socorrer a su compañera, corre en busca de ayuda. Acude un cochero y consigue sacarla de la caldera; luego, llevan a la desdichada en carreta hasta el hospital más cercano, que se encuentra a siete kilómetros. A las once de la noche, por fin, se hace cargo de ella un médico, que la opera durante dos horas. Las semanas siguientes son horribles, pues hay que cortar continuamente trozos de carne gangrenada.
Más de treinta intervenciones quirúrgicas
Tres meses más tarde, el seguro de enfermedad de Anna deja de cubrir los gastos derivados de sus cuidados. Ante la imposibilidad de hacer frente a la hospitalización, su madre no tiene más remedio que llevársela a casa. Gracias a la influencia del doctor Wäldin, una institución para inválidos se encarga de la enferma; Anna será hospitalizada desde agosto de 1901 hasta mayo de 1902 en la clínica universitaria de Erlangen (cerca de Nuremberg). Sin embargo, los tratamientos no consiguen resultado alguno. De regreso a casa, Anna es tratada con gran competencia por el Dr. Wäldin, quien, mediante más de treinta intervenciones quirúrgicas, intentará en vano practicarle injertos de piel. Al no poder aliviar a la inválida, se resigna finalmente a cubrirle las piernas de vendajes esterilizados. Durante los veinte años de vida que le quedarán a Anna, los cuidados se limitarán a renovar semanalmente esos vendajes.
A partir de aquel momento, los proyectos de vida religiosa de Anna Schäffer resultan irrealizables. La joven se resigna con dificultad a su suerte, clamando por su sufrimiento y aferrándose a la esperanza de una curación. Sin embargo, su alma crece en la dura escuela de la Cruz. El párroco de Mindelstetten, el padre Rieger, que será su director espiritual, será testigo de no haber oído salir jamás de su boca queja alguna. En medio de sus incesantes dolores, Anna es fortificada y consolada por Dios vivo y, en especial, por la Sagrada Eucaristía.
«Los hombres abordan sus sufrimientos con disposiciones bien diferentes, escribe el Papa Juan Pablo II. De entrada, sin embargo, podemos afirmar que todas las personas entran casi siempre en el sufrimiento con una protesta del todo humana, que es preguntándose «¿Por qué?». Todos se preguntan qué sentido tiene el sufrimiento, buscando una respuesta en el plano humano a esa pregunta. Y esa interpelación es dirigida varias veces a Dios y a Cristo. Además, la persona que sufre no puede dejar de constatar que aquel a quien pide una explicación también sufre, y que quiere responderle desde la Cruz, desde lo más profundo de su propio sufrimiento. Pero a veces se necesita tiempo, incluso mucho tiempo, para que esa respuesta comience a ser percibida interiormente... Porque Cristo no explica de manera abstracta las razones del sufrimiento, sino que ante todo dice: «¡Sígueme! ¡Ven! ¡Toma parte con tu sufrimiento de esa obra de salvación del mundo que se cumple mediante mi propio sufrimiento! ¡Mediante mi Cruz!». A medida que el hombre toma su cruz, uniéndose espiritualmente a la Cruz de Cristo, el significado salvífico del sufrimiento se manifiesta ante él» (SD, 26).
Entre 1910 y 1925, Anna Schäffer escribe sus pensamientos en doce diarios; conservamos, además, 183 de sus cartas o notas. Su lenguaje es muy sencillo, pero la originalidad y el carácter personal de sus escritos conmueven al lector, quien descubre en ellos un alma fuertemente consolidada en la fe de Jesucristo muerto y resucitado, y en la Comunión llena de vida con todos los elegidos de Dios. Esa indefectible confianza en Dios, así como la certeza de su amor infinito, manifestado en ella a través de sus sufrimientos, influyen en los que se acercan a ella para confesarle sus intenciones o para pedirle ánimo y consejo. Esos visitantes, en un principio en número limitado, se multiplican poco a poco, y las personas con más prevenciones contra Anna no dejan de sentirse impresionadas por su paciencia y bondad.
La «venganza» de Anna
Su hermano Miguel, un pobre muchacho que se da a la bebida, es uno de los primeros, cuando bebe, en burlarse de «la santa». Pero Anna «se venga» esmerándose en convertirlo a fuerza de dulzura. No obstante, el comportamiento de Miguel obliga a la madre a alquilar un apartamento donde mudarse con su hija. A esa madre admirable que cuidará de Anna hasta su muerte y que le sobrevivirá durante cuatro años, Anna le escribe: «¡Oh, madre mía, qué suerte poder tenerte sin cesar junto a mí! Nuestro amado Salvador envía a sus hijos la ayuda necesaria en el momento oportuno, cuando se lo pedimos con confianza; y a menudo, cuanto más nos abate una adversidad o una aflicción, más cerca de nosotros se encuentra Él, con su ayuda y su bendición».
La habitación de la enferma, accesible sólo mediante una empinada escalera, tiene como únicos ornamentos un crucifijo, un «Ecce Homo» e imágenes de santos. Anna nunca abandona esa habitación y esa cama (a la que llama también su cama-cruz), y sólo en contadas ocasiones la llevan a la iglesia en un sillón. A partir del momento en que el Papa Pío X autoriza la comunión diaria, el padre Rieger le lleva todos los días la Eucaristía, de donde obtiene toda su fuerza.
A Anna no le gusta nada que hablen de ella. Sus jornadas transcurren entre la oración, el trabajo manual y la escritura. Ella misma nos dice: «Tengo tres llaves del paraíso. La más grande es de puro hierro y muy pesada: es mi sufrimiento. La segunda es la aguja de coser, y la tercera el portaplumas. Con esas llaves diferentes, me esfuerzo cada día en abrir la puerta del Cielo; cada una de ellas debe llevar marcadas tres pequeñas cruces, que son la oración, el sacrificio y el olvido de mí misma». Los niños del pueblo acuden con frecuencia a visitar a Anna. Se sienten atraídos por ella, y la enferma les habla del Salvador, de la Virgen y de los Santos, explicándoles cómo ir al Cielo. En conjunto, la población de Mindelstetten se comporta con simpatía con ella; la quieren, sienten piedad por ella e intentan complacerla. Los días festivos, acude a visitarla una delegación del pueblo y, a veces, la banda de música le ofrece una serenata cuando pasa bajo sus ventanas.
Es la caridad para con el prójimo, también doliente, lo que hace que Anna salga de su silencio. En cuanto ve a una persona afligida, encuentra mil palabras alegres y amistosas para reconfortarla, y ella misma parece la más feliz de las criaturas. Conserva preciadamente todos los encargos de oración que le confían y los presenta incansablemente ante Dios. Todos los escritos de Anna muestran una profunda sumisión a la divina Providencia y una gozosa aceptación de las cruces. Muchas veces, sus cartas llevan una pequeña estampa dibujada por ella con plumilla, a dos o tres colores, que representa la Cruz, un cáliz rodeado de espinas o incluso alguna otra escena de la Pasión. El 14 de diciembre de 1918, escribe esto a una amiga: «Querida Fanny, debemos considerar nuestros sufrimientos como nuestros mejores amigos, que quieren acompañarnos sin cesar, noche y día, para recordarnos que debemos dirigir nuestra mirada hacia lo alto, hacia la santa Cruz de Cristo».
Job no es culpable
Desde siempre, los hombres han intentado encontrar un sentido al sufrimiento. «En el libro de Job, el tema se ha abordado de la manera más directa, destaca el Papa Juan Pablo II. De todos es conocida la historia de aquel hombre justo, quien, sin haber cometido pecado alguno por su parte, es puesto a prueba mediante numerosos sufrimientos... En medio de esa horrible situación, se presentan ante él tres viejos amigos que intentan convencerle de que, ya que ha sido golpeado con sufrimientos tan diversos y terribles, debe haber cometido algún pecado grave... Sin embargo, Job cuestiona la verdad del principio que identifica el sufrimiento con el castigo por el pecado... Al final, el mismo Dios reprocha a los amigos de Job por sus acusaciones, reconociendo que Job no es culpable. Su sufrimiento es el de un inocente, y debe ser aceptado como un misterio que la inteligencia del hombre no está en disposición de entender del todo.... Si bien es verdad que el sufrimiento tiene sentido como castigo cuando va unido al pecado, no es verdad, al contrario, que todo sufrimiento sea una consecuencia del pecado y adquiera carácter de castigo...».
«Para estar en condiciones de percibir la verdadera respuesta al «porqué» del sufrimiento, debemos dirigir nuestra mirada hacia la revelación del amor divino... Porque tanto amó Dios al mundo que dio a su Hijo único, para que todo el que crea en él no perezca, sino que tenga la vida eterna (Jn 3, 16)... El hombre perece cuando pierde la vida eterna... El Hijo único ha sido dado a la humanidad, ante todo, para proteger al hombre contra ese mal definitivo y contra el sufrimiento definitivo...».
«Cristo sufre voluntariamente, y es glorioso que sufra... El sufrimiento humano alcanzó su culminación en la pasión de Cristo, y, simultáneamente, fue revestido de una nueva dimensión y entró en un orden nuevo, pues se vio unido al amor, al amor que crea el bien, obteniéndolo incluso del mal, obteniéndolo mediante el sufrimiento, del mismo modo que el bien supremo de la Redención del mundo se obtuvo de la Cruz de Cristo... Y es precisamente en la Cruz de Cristo donde debemos plantear de nuevo la pregunta sobre el sentido del sufrimiento, así como donde buscar a fondo la respuesta a esa pregunta» (SD, 10, 11, 13, 14, 18).
¡Qué rápido pasa el tiempo!
Hacía tiempo que Anna era terciaria de san Francisco. A partir del 4 de octubre de 1910 (festividad de san Francisco de Asís), es portadora de los estigmas de la Pasión, pero ruega a Dios para que esas heridas místicas no sean aparentes, cosa que le es concedida. No parece haber leído mucho las Sagradas Escrituras, pero, como hija de la Iglesia Católica, se ha apropiado de su doctrina y de su liturgia, que consigue revivir a partir de sus recuerdos infantiles a lo largo de todo el año. Según afirma, «Lo más importante para mí es rezar por la Santa Iglesia y sus pastores», y entiende su vida de enferma como una participación en la Cruz de Cristo. «En las horas de sufrimiento y durante las muchas noches de insomnio, tengo una inmejorable ocasión de situarme en espíritu ante el sagrario y de ofrecer expiación y reparación al Sagrado Corazón de Jesús. ¡Oh, qué rápido me pasa entonces el tiempo! Sagrado Corazón de Jesús que te hallas oculto en el Santo Sacramento, te doy las gracias por mi cruz y por mis sufrimientos, en unión con las acciones de gracias de María, la Virgen de los Dolores».
«El Redentor sufrió en lugar del hombre y por el hombre... Todo el mundo es llamado a participar del sufrimiento por el que se cumplió la Redención... Al proceder a la Redención mediante el sufrimiento, Cristo elevó al mismo tiempo el sufrimiento humano hasta darle valor de Redención. De ese modo, todo hombre puede participar, con su sufrimiento, en el sufrimiento redentor de Cristo... Porque quien sufre en unión con Cristo... completa en sus aflicciones lo que resta de los sufrimientos de Cristo (Col 1, 24)... Porque el sufrimiento de Cristo creó el bien de la Redención del mundo. Y ese bien es, en sí mismo, inagotable e infinito, y ningún hombre puede añadirle nada en absoluto. Pero, al mismo tiempo, en el misterio de la Iglesia que es su cuerpo, Cristo, en cierto sentido, ha abierto su sufrimiento redentor a todo sufrimiento del hombre... Y así es, porque la Redención vive y se desarrolla como el cuerpo de Cristo –la Iglesia– y, en esa dimensión, todo sufrimiento humano, en virtud de la unión en el amor con Cristo, completa el sufrimiento de Cristo. Y lo completa como la Iglesia completa la obra redentora de Cristo» (SD, 20, 24).
Nuestro Señor Jesucristo, la Virgen y los Santos hablan con frecuencia a Anna durante sus sueños nocturnos, y esos mensajes celestiales son para ella como un refresco y como un anticipo del Paraíso. Sin embargo, esos consuelos nunca le aportan una impasibilidad sobrehumana, y ella acepta con agradecimiento hasta el final el débil alivio que le aporta la medicina. En el transcurso de los veinticinco años de su «martirio», se lleva a cabo un progreso en la aceptación interior de las aflicciones, pues llega a descubrir poco a poco el secreto de la paz interior, que expresa del modo siguiente en su sencillo lenguaje: «¡Oh, cuánta felicidad y cuánto amor se esconden en la cruz y en el sufrimiento!... No pasa un cuarto de hora sin que padezca sufrimiento, y desde hace mucho tiempo ya no sé lo que es vivir sin dolor... A menudo, sufro tanto que apenas puedo articular palabra, y en esos momentos pienso que mi Padre que está en los Cielos debe amarme especialmente». Al igual que la frase de san Pablo, que dice sobreabundo de gozo en todas nuestras tribulaciones (2 Co 7, 4), ella sufre con gozo misterioso y no sensible.
Una fuente de gozo
«Superar el sentimiento de la inutilidad del sufrimiento... se convierte en fuente de gozo. No solamente el sufrimiento corroe interiormente a la persona, sino que parece suponer una carga para los demás. La persona que sufre se siente condenada a recibir ayuda y asistencia de parte de los demás y, al mismo tiempo, se considera ella misma una inútil. El descubrimiento del sentido salvífico del sufrimiento en unión con Cristo transforma ese sentimiento depresivo... En la perspectiva espiritual de la obra de la Redención, el hombre que sufre resulta inútil, igual que Cristo, para la salvación de sus hermanos y hermanas... Aquellos que participan de los sufrimientos de Cristo conservan en sus propios sufrimientos una parcela realmente especial del tesoro infinito de la Redención del mundo, y pueden compartir ese tesoro con los demás» (SD, 27).
Tres años y medio antes de su muerte, Anna debe interrumpir sus labores de costura, que hasta ese momento le servían de distracción y le daban la ocasión de ser útil. Además, resulta ya del todo imposible transportarla a la iglesia parroquial vecina para oír Misa; esa renuncia resulta para ella muy dolorosa. Este es su testimonio escrito: «Mi vida se apaga poco a poco en medio del sufrimiento... la Eternidad se acerca sin cesar; muy pronto viviré de Dios, que es la propia Vida. El Cielo no tiene precio, y a cada minuto me regocijo de la llamada del Señor hacia esa patria infinitamente hermosa» (16 de marzo de 1922). El 5 de octubre de 1925, después de recibir la Sagrada Comunión y de santiguarse murmurando la frase «Señor Jesús, te amo», Anna Schäffer se apaga apaciblemente a la edad de 43 años. Su cuerpo reposa en el cementerio de Mindelstetten, esperando la «resurrección de la carne» (cf. Catecismo de la Iglesia Católica, 988-1019). «Cristo venció definitivamente al mundo con su Resurrección; no obstante, puesto que su Resurrección va unida a su pasión y a su muerte, venció al mismo tiempo a este mundo con su sufrimiento. Así es: el sufrimiento se insertó de forma especial en esa victoria sobre el mundo, manifestada en la Resurrección. En su cuerpo resucitado, Cristo guarda las huellas de las heridas que le causó el suplicio de la cruz, en sus manos, en sus pies y en su costado. Mediante la Resurrección, manifiesta la fuerza victoriosa del sufrimiento» (SD, 25).
A imitación del buen samaritano
La fuerza del sufrimiento se ha dejado también a los hombres para suscitar la «civilización del amor»: «La primera y la segunda declaración de Cristo con motivo del juicio final (Mt 25, 34-45), indican sin equívoco alguno hasta qué punto resulta esencial, en la perspectiva de la vida eterna a la cual son llamados todos los hombres, detenerse, a imitación del buen samaritano, junto al sufrimiento del prójimo, tener compasión de ese sufrimiento y, finalmente, aliviarlo. En el programa mesiánico de Cristo, que es el programa del Reino de Dios, el sufrimiento está presente en el mundo para liberar el amor, para hacer que broten obras de amor hacia el prójimo, para transformar toda la civilización humana en «civilización del amor». Y en ese amor, el sentido salvífico del sufrimiento se realiza a fondo y alcanza su dimensión definitiva» (SD, 29).
El Papa concluye de este modo su exhortación apostólica: «A todos vosotros que sufrís, os pedimos que nos ayudéis. Precisamente a vosotros que sois débiles, os pedimos que os convirtáis en manantial de fuerza para la Iglesia y para la humanidad. En el terrible combate entre las fuerzas del bien y del mal que el mundo contemporáneo nos ofrece en espectáculo, que vuestro sufrimiento, unido a la Cruz de Cristo, salga victorioso» (SD, 31). La santa Anna Schäffer salió victoriosa gracias a la Cruz de Jesús. Incluso antes de la sentencia oficial de la Iglesia, muchas gentes de Baviera, y después de toda Europa, se dirigieron a su sepultura para implorarle su ayuda. En 1998, se contabilizaron en la parroquia de Mindelstetten 551 gracias obtenidas mediante su intercesión y, desde 1929, se han registrado más de 15.000 gracias atribuidas a su plegaria.
Con motivo de su beatificación, acontecida el 7 de marzo de 1999, el Papa Juan Pablo II decía lo siguiente: «Si dirigimos nuestra mirada hacia la beata Anna Schäffer, podremos leer en su vida un comentario vivo de lo que san Pablo escribió a los romanos: La esperanza no falla, porque el amor de Dios ha sido derramado en nuestros corazones por el Espíritu Santo que nos ha sido dado (Rm 5, 5). Ciertamente, no le fue ahorrada la lucha para abandonarse a la voluntad de Dios. Pero sí que se le concedió comprender cada vez más que, precisamente, la debilidad y el sufrimiento son las páginas en las que Dios escribe su Evangelio... Su lecho de enferma se ha convertido en la cuna de un apostolado que se ha extendido al mundo entero».
Ha sido canonizada por el Papa Benoit XVI el 21 de octubre de 2012, la jornada misionera mundial.
Dom Antoine Marie osb.