É preciso preservar a fé diante do mundo.
O devocionário franciscano chama a atenção para nos concentrarmos no advento como um tempo de encontro: do humano e do divino, pois é uma preparação para refletir sobre o Deus que se fez homem.
Todos podem se encontrar com Deus: “Desde além-rios da Etiópia, os que me adoram, os dispersos do meu povo, me trarão suas oferendas” (Sf 3:10), “Povos de todos os confins da terra, voltai-vos para mim e sereis salvos, eu sou Deus, e não há outro” (Is 45:22).
E esse caminho para manter a fé, para alcançar a grandeza do divino a partir da paradoxal pequenez que teme a Deus, ou seja, que se reconhece criação, foi-nos ensinado:
“Darei aos povos […] lábios purificados, para que todos invoquem o nome do Senhor e lhe prestem culto em união de esforços. […] E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará. (Sf 3:9,12-13)
Por isso, diz o Salmo 34:
“Vou bendizer a Javé o tempo todo, seu louvor estará sempre em minha boca.[…] O anjo de Javé acampa ao redor dos que o temem, e os liberta. Provem e vejam como Javé é bom: feliz o homem que nele se abriga. Tema a Javé, povo consagrado a Javé, pois nada falta aos que o temem. […] Quem de vocês não deseja a vida? Quem não quer vida longa para prosperar? Então guardem a língua de falar mal e os lábios de dizer mentiras. Evitem o mal e pratiquem o bem, e sem descanso procurem a paz. […] O justo sofre muitas desgraças, mas de todas elas Javé o liberta” (Sl 34:2, 8-10, 13-15, 20).
Sobre o assunto, Jesus retoma para os que não acreditam nele, a comparação com o que foi feito a João Batista. Não aceitar que ele trazia um anúncio do Pai é equivalente a dizer que acredita em Deus, mas não observa seus mandamentos. O importante, é fazer a vontade do Pai, independentemente da manifestação exterior da fé, tal qual o filho que se manifesta contrário à vontade do pai, mas cumpre-a fielmente. (Mt 21:28-32)
Como Francisco exortou, preguemos por nossas obras.
Por isso também os últimos – os excluídos, aqueles a quem a mensagem pareceria ser dirigida em último lugar, como os povos distantes da Terra – precederão aqueles que ouviram primeiro. Os últimos serão os primeiros (clique aqui para postagem sobre o pastor e as ovelhas).
Disse o Senhor pelo profeta Isaías:
"Céus, deixai cair orvalho das alturas, e que as nuvens façam chover justiça; abra-se a terra e germine a salvação; brote igualmente a justiça: eu, o Senhor, a criei” (Is 45:8).
Foi com a profecia de Isaías (45:5) que Cristo confirmou a João Batista sua vinda: curando os que não vêem e os que não ouvem (Mt 11:5), reanimando os mortos, purificando os leprosos, fazendo andar e evangelizando os pobres (Lc 7:22). Ele não fez longos discursos teológicos, mas agiu e realizou o plano de Deus.
Tornou próxima do fiel a salvação (clique aqui para postagem sobre a vinda do Senhor e aqui para postagem sobre o que Deus nos dá).
Por tudo isso, clama o Salmo 85 (vv 10-13):
“A salvação está próxima dos que o temem, e a glória habitará em nossa terra. Amor e Fidelidade se encontram, Justiça e Paz se abraçam. A Fidelidade brotará da terra, e a Justiça se inclinará do céu. Javé nos dará a chuva, e nossa terra dará o seu fruto.”
É o Advento. Deus (a chuva que vem do céu) e a humanidade (o fruto que brota da terra) se encontram.
O Amor de Deus, com a fidelidade da criação. Quando acolher a chuva, a terra frutificará. Quando deixar que a palavra de Deus fecunde seu coração, o homem dará à luz obras de Amor, de caridade.
Paz e Bem!
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