"Jesus respondeu: Vede que não sejais enganados. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu; e ainda: O tempo está próximo. Não sigais após eles." (São Lucas 21:8).
Enquanto virtude cristã, a paciência se exerce junto com a fortaleza. Como Paulo, alegre na prisão do Cristo, e Francisco, sabedor do tanto por fazer, o fiel deve ter em mente a pureza de não conhecer seu futuro. Deve planejar, para lançar fundações, mas viver do dia presente.
"Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado." (São Mateus 6:34).
E nisso deve haver a fé e a esperança. Em razão delas, o dia se converte em um espaço de luta pelo Bem, em prol do exercício fraterno da caridade.
Não devemos ter a pressa pelo Reino dos Céus. Sejamos como a pobre viúva que tudo disponibiliza a serviço do Reino por amor a Deus (Lc 21:2).
Jesus, diante de um ambiente que valorizava o material, diz que as moedas que ela coloca no Templo valem mais do que grandes oferendas. Ele faz essa observação não no sentido de que possamos tentar ao Senhor invocando o seu poder de nos manter ao nos desfazermos de tudo. É preciso antes nos lembrar que aquilo já é a dádiva que nos dá e que Ele é que nos escolhe e chama. Porém, devemos resistir à tentação de acumular riquezas e só dar as sobras - que sempre são menores.
Também lembremos que, quando Deus nos pede uma oferta maior, devemos estar dispostos a obedecer seu chamado, como fez Abraão.
Portanto, se estamos com Deus, se fazemos do outro o nosso próximo - e assim nele encontramos Deus -, se somos bem-aventurados construtores da Paz fora e dentro de nós, o Reino de Deus está bem perto. Não devemos ficar a procurar sinais extraordinários, pois mais não é necessário (Mt 12:39: "Esta geração adúltera e perversa pede um sinal, mas não lhe será dado outro sinal do que aquele do profeta Jonas"; Mt 16:4; Lc 11:29) e Deus os envia conforme preciso ou pela intercessão dos santos. Deus atende os justos. E os santos protegem aqueles que trilham os caminhos que eles tiveram no mundo.
Cristo deixou como presença visível o ato eucarístico, que é consagração e união ao mesmo tempo. Isso basta. Lá Ele sempre esteve desde sua paixão e estará, não nos deixemos levar por outras afirmações sobre sua vinda. Na hora certa, ele dirá. Confiemos no Espírito.
Paz e Bem!
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