"Pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita"
(Lc 10:1)
Ser enviado diretamente pelo Cristo é uma grande honra e alegria. Quem não gostaria de tê-la?
Porém, Ele próprio adverte: vocês vão, mas vão "como ovelhas para o meio de lobos" (Lc 10:3)!
E então, quem ainda deseja ir? Certamente, fica mais difícil se não for a fé e a esperança.
Virtudes que se unem à caridade, pois toda missão será para curar os doentes (vv. 9).
Contemplemos, então: Ele nos envia a cada dia! Ele, que é o Nosso Senhor, vivo! Todo dia Ele nos envia "a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir" (vv. 1). Que honra e que alegria.
E todo dia Ele nos adverte que vamos, mas mansos como cordeiros, para passar no meio de lobos.
Como agir?
Recomenda então que não devemos nos distrair no Caminho e não nos preocuparmos com as coisas do mundo.
O mundo está repleto de pessoas e situações que podem nos causar mal. E o maior mal é semear o rancor, a discórdia e a desunião em nossos pensamentos. Devemos passar mansamente entre elas. E, ao conseguir isso, não fomos coniventes, mas plantamos a paz.
Para isso, devemos orar para receber ajuda. Devemos estar em sintonia com Deus para nos protegermos de tudo que possa acontecer. Mais trabalhadores virão.
O mundo todo é enviado em missão e todo o mundo parte. Quantos chegarão ao fim? O fim não contempla realidades materiais. É fundamental o desapego dos bens do mundo ("não leveis bolsa, nem sacola nem sandálias" - vv. 4). Isso não significa desprezo pela saúde (ame aos outros como a SI mesmo) ou descortesia (não cumprimentar - vv. 4). Tal não comtemplaria os propósitos do Cristo, mas firmeza de propósito em levar a paz.
Uma paz que pode ser entregue, mesmo a quem não achemos merecedor. Que ela não se perde; volta.
Abracemos aqueles que julgamos (não julgueis), que vemos não serem merecedores de maior estima (ame) e que sentimos que não estão repletos de bem (esteja aberto a dar a Paz). As experiências de transformação serão gratificantes.
Não deve haver receios de, autolimitando-nos, acharmos que nossa alegria deve ser apenas para nós. Que faltará sustento para todos, que a força de nossa oração dá apenas para poucos ou para nós mesmos.
Isso não vem de nós, mas de Deus, fonte inesgotável. Sempre haverá paz para ofertar desde que nos reabasteçamos na oração, na descoberta do Espírito Santo em nós.
E isso é um labor espiritual que faz com que Deus assegure o sustento do cristão que segue o bom caminho de sua responsabilidade para com o Pai e os irmãos. Toda energia gasta será reposta, o trabalhador merece seu salário. Não o desprezemos, mas saibamos discernir para não entregarmos o que foi feito para nós: o necessário à sobrevivência digna e à continuidade da pregação. Sem lugar para apego ao luxo, ao supérfluo, ao consumismo.
Saibamos compreender os caminhos de Deus e ficar onde Ele nos mostra. E ali entregar a Paz. Mas, se essa não é bem recebida, a violência não tem lugar.
O caminho é ter paciência e afastar-se para locais e pessoas que possam receber a Paz do Senhor naquele momento.
O Reino de Deus, é próximo de nós.
Paz e Bem!
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