Blog destinado à espiritualidade franciscana e divulgação das atividades da Fraternidade OFS São Francisco de Assis, em Natal-RN-Brasil
Franciscanos Seculares em Natal
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Levar o Evangelho à Vida
"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Do Evangelho à vida... a missão
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Do Evangelho à vida... Francisco e a paz da menoridade
"Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior” (Lc 9:48)
A leitura proposta para a Igreja hoje, 27/09, é oportuna, pois está em curso a novena preparatória para a festa de São Francisco (04/10).
E isso porque foi a partir dessa pregação do Cristo, que Francisco visualizou um elemento fundamental do carisma santo que anima as três ordens que, junto com Clara, deixou: a menoridade.
Fazer-se menor é ser simples, estar aberto à verdadeira alegria, disposto a aprender, feliz como uma criança (Lc 18:15-17: “Eu garanto a vocês: quem não receber como criança o Reino de Deus, nunca entrará nele”; Mc 10:14) e compreender a verdadeira beleza do Pai.
Na menoridade, somos iguais a todas as criaturas. Perdemos a arrogância e altura individual, mas conquistamos as planícies costeiras e os altiplanos que se espalham por toda a Terra.
Na menoridade, entramos em comunhão com o todo, sem necessidade de possuí-lo.
Combatemos o mal com o bem, fazendo-se menor para combater a diminuição pela opressão. Não para louvar a submissão, mas para conquistar honra na simplicidade, obedecendo apenas a Deus.
Essa simplicidade e desejo de servir mais a Deus que aos homens, presente nos escritos de Francisco, ganha firmeza diante do segundo relato evangélico:
“João disse a Jesus: ‘Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco’. Jesus disse-lhe: ‘Não o proibais, pois quem não está contra vós, está a vosso favor’” (Lc 9:49-50).
Assim Francisco pediu que os seus se comportassem entre os infiéis: primeiro servissem, depois pregassem oralmente, com a firmeza de sempre confessar o Senhor (Regra Não-Bulada, n. 16):
“os frades que vão [entre os sarracenos e outros infiéis], podem comportar-se espiritualmente entre eles de dois modos. Um modo é que não façam nem litígios nem contendas, mas estejam submetidos a toda criatura humana por Deus (1Pd 2,13) e confessem que são cristãos. Outro modo é que, quando virem que agrada ao Senhor, anunciem a palavra de Deus, para que creiam em Deus onipotente, Pai e Filho e Espírito Santo, criador de tudo, no Filho redentor e salvador, e que sejam batizados e se tornem cristãos, porque quem não renascer da água e do Espírito Santo não pode entrar no reino de Deus (cfr. Jo 3,5).”
Francisco foi um idealizador e defensor de uma paz fruto da Justiça e da compreensão, não das armas ou imposta.
Assim ele se portou diante de justos e pecadores. Perante ladrões, líderes, sociedade, ele pregou a mansidão e a busca incessante da paz.
“Seja feita a Tua vontade”
É importante entregar-se à confiança no Senhor e na profunda paz que Ele proporciona. Aceitando os seus desígnios, mas na busca constante da construção de seu Reino, é preciso agir com serenidade, ser “prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10:16).
Inspirados por Francisco, digamos como Jó (1:21): “Nu eu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei para lá. O Senhor deu, o Senhor tirou: como foi do agrado do Senhor, assim foi feito. Bendito seja o nome do Senhor!”
Paz e Bem!
Comentário à margem: desencanto e encanto
Estar encantado no linguajar interiorano que aprendi remete ao estado de crisálida das borboletas quando estão “encantadas” em seus casulos. Depois, “desencantam” em coloridas e tão belas quanto efêmeras criaturas de Deus.
São Vicente de Paulo e a Virgem Maria
Hoje se comemoram as ações de São Vicente de Paulo (1581-1660).
Sua vida é profundamente marcada pelo amor e dedicação aos mais pobres. Juntamente com Santa Luísa de Marillac (1591-1660), fundou as filhas da caridade (vicentinas). Antes, fundou a Congregação da Caridade (Lazaristas).
Uma aparição sua a Santa Catarina Labouré (1806-1876) foi o instrumento que o Senhor usou para chamar esta santa do silêncio à vida religiosa.
E foi na casa das religiosas, na Rue du Bac, em Paris, que Nossa Senhora apareceu à irmã Caratina, cujo corpo permanece incorrupto até hoje, e transmitiu-lhe a medalha milagrosa, forma de demonstração de amor a Deus e confiança na intercessão da Virgem Santíssima.
Seu coração hoje repousa na Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa. E seu corpo incorrupto, bem próximo, na Capela de São Vicente de Paulo.
São Vicente de Paulo, com São Francisco e Santa Clara, guiai-nos no carinho com os mais pobres.
Não deixe de visitar o site da Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (clique aqui)
Almoço dos Pobres
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Do Evangelho à Vida: viver o mundo em comunhão
Que proveito tira o trabalhador de seu esforço? Observei a tarefa que Deus impôs aos homens, para que nela se ocupassem. As coisas que ele fez são todas boas no tempo oportuno. Além disso, ele dispôs que fossem permanentes; no entanto o homem jamais chega a conhecer o princípio e o fim da ação que Deus realiza."
Da Vida ao Evangelho... o cristão e as eleições
Ainda que não seja franciscano secular, é aplicável a todo cristão o artigo 4º da Regra e Vida da OFS, o qual prescreve que, a partir da leitura assídua do Evangelho e da compreensão do Cristo como centro e inspirador da vida, deve-se passar “do Evangelho à vida e da vida ao Evangelho”.
Passar da vida ao Evangelho é saber encontrar no quotidiano a presença de Deus, bem como, a partir das experiências do mundo, buscar compreender o sentido da Palavra sagrada. Assim, o cristão deve saber meditar sobre o que vê e sente e tentar encontrar seu sentido no Evangelho.
A proximidade das eleições revela-se um momento oportuno para isso.
Em meio a tantos desafios por que passa o país, qualquer omissão é dotada de força ideológica. Não se posicionar, ter uma opinião, é consentir com o caminho em que é levado.
Mas a Igreja – o conjunto dos fiéis religiosos e leigos – pode interferir nas eleições?
Lucidamente, o papa Bento XVI assim expôs a questão na Carta Encíclica Deus é Amor (Deus Caritas Est): “a justa ordem da sociedade e do Estado é dever central da política […] Neste ponto, política e fé tocam-se” (pt. 28). Mas deixa bem claro que não é tarefa da Igreja impor essa consciência. O livre arbítrio humano deve desenvolver-se na liberdade e na responsabilidade.
A Igreja não é Estado, mas “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça”. É seu papel argumentar e “despertar as forças espirituais” para que a Justiça se realize.
Essa é uma conseqüência do fato de que cabe primordialmente à religião cuidar do pastoreio espiritual. As coisas do mundo, “em acréscimo” (Mt 6:33), são decorrência do correto seguimento do Caminho, do Reino de Deus, numa relação entre fé e obras (Tg, 2:17; 1Pd 2:12; Rm 3:28).
Prossegue o papa Bento XVI dizendo que “o dever imediato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é próprio dos fiéis leigos. Estes, como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida pública” (grifos acrescentados, pt. 29).
E nesse aspecto repete o que afirmou seu antecessor, SS Venerável João Paulo II, na exortação apostólica pós-sinodal aos fiéis leigos (Christifideles Laici), quando disse que “A caridade que ama e serve a pessoa nunca poderá estar dissociada da justiça […] os fiéis leigos não podem absolutamente abdicar da participação na «política», ou seja, da múltipla e variada acção económica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum” (pt. 42).
Portanto, a Igreja participa desse processo através dos fiéis leigos. São eles os responsáveis por, atuando diretamente nas estruturas do mundo, buscar maneiras de promover o bem de todos, segundo a visão cristã na qual foram batizados.
Dessa forma, não se fechando em si, mas assumindo a responsabilidade pela realidade na qual estão inseridos, é seu dever lutar, em primeiro lugar, pela conscientização da comunidade. Pois, é fundamental participar ativamente da vida social.
Mas ter uma opinião política não significa impor um determinado candidato ou partido, mas antes contribuir para que o voto de alguém seja fruto de sua livre vontade e consciência. Não, fruto de estelionato eleitoral, “compra” de votos, troca de favores e outros mecanismos escusos.
Deve-se exigir uma determinada postura moral do candidato? Tal como em relação ao aborto, às suas práticas religiosas, à vida em família?
Não se confundindo o Estado com a Igreja e sendo dever a convivência harmônica com o outro através da tolerância religiosa, o fiel vê que a eleição não é para um posto religioso. Todavia, se o fiel é aquele que tem fé, ele sabe que não se deve fazer concessões ao mal.
Não há mal necessário.
Aceitar que certas transformações ainda não ocorreram e saber conviver com atos errados praticados pelos outros é uma coisa; é dom, é paciência e mansidão.
Todavia, aceitar isso e não lutar para que tal situação não mude é conivência; é “construir túmulos para os profetas” (cf. Lc 11:47). Não se pode afastar do Cristo para abrandar um sofrimento.
Portanto, o fiel deve, sim, votar em alguém que esteja de acordo com o que ele acredita. Dentre as opções disponíveis, sem olhar a específica prática religiosa do candidato – mas atentamente observando se ele pratica boas obras, agradáveis aos olhos do Senhor, o mesmo que está presente em todo o universo – verificar se a sua pregação é concordante com a defesa da vida, dos valores cristãos, da família, da educação, da liberdade responsável, e contra a exploração, a dominação e a pobreza – material e moral.
O dever para com a Justiça chama o cristão a agir no próximo dia 3 de outubro. Nas eleições, cabe a ele mostrar o valor que tem a sua fé, para si e para a sociedade.
Paz e Bem!
Artigo no jornal "A Ordem", da Arquidiocese de Natal, sobre o tema: o dia "D" das eleições 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
23 de setembro: Padre Pio
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Atualizando: ordenação e distrito
Sexta à noite na Catedral, contei aproximadamente trinta bispos.
Momento ímpar de ver tantos sucessores apostólicos reunidos.
Centenas de presbíteros e diáconos, autoridades e religiosos também.
Os leigos completaram com bastante entusiasmo a Igreja ali presente, lotando a Catedral.
Em meio a todos, o feliz reencontro com nosso anterior assistente espiritual, Frei Antônio, que enviou lembranças e desejos de prosperidade.
É de se registrar a presença de diversas Fraternidades Seculares entre os presentes. Pude confraternizar com a Fraternidade Santa Clara (Cidade Satélite, Natal-RN), Santa Rosa de Viterbo (Pina, Recife-PE) e Santa Maria dos Anjos (Soledade, Natal-RN).
No domingo, o Distrito Natal da OFS esteve reunido festivamente em Canguaretama. Infelizmente, nossa Fraternidade não pode participar em razão da necessidade de reunião de planejamento das diversas atividades próximas. Dentre elas o Almoço dos Pobres, dia 26/09.
Mãos à obra que a messe é grande.
Paz e Bem!
Do Evangelho à vida: a ação não pode ser vazia
(Assembléia da FFB)
“Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos” (Lc 6:44)
A profundidade dessa constatação que o Cristo nos mostra é tamanha que nos leva a utilizá-la para auxiliar o nosso discernimento. Porém, é preciso sempre lembrar, como Francisco admoesta, de ver com os olhos do Espírito.
Pois, os olhos do mundo facilmente corrompem o fruto e dão ao cristão a ilusão de ver o que ele naquele momento deseja. Até o mais doce sabor desse modo se torna sofrimento.
Pelos frutos que produzimos, sabemos o quão distante estamos do Cristo.
“Sua boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6:45)
De que está cheio o nosso coração?
Após compreendermos que precisamos produzir bons frutos, somos levados a refletir na semente: o que carregamos em nosso coração?
Será rancor, ódio, tristeza, sofrimento? Ou alegria, compreensão, paciência e amor?
Pela boca apenas sai o que guardamos.
“Todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as põe em prática” (Lc 6:47)
Responder ao chamado constante do Pai é deixar-se engravidar pelo Espírito Santo, como nos propõe Francisco, é dar frutos de fé, esperança e caridade.
É deixar encher-se o coração com as águas da vida trazidas pelo Espírito e assim somente a Ele revelar.
Como propôs Santo Antônio, é deixar que as ações falem.
É a cada dia dar o Cristo a conhecer aos irmãos.
Paz e Bem!
Da Vida ao Evangelho: o 11 de setembro
Não há como dissociar os rumos recentes da paz mundial – seja por conspirações de caráter geopolíticas, por insegurança, pela vocação humana para a paz ou pela mídia – do atentado ocorrido há exatos nove anos no World Trade Center.
Mas é para isso que o Cristão deve se preparar: escolher com o que encherá o seu coração.
A Concórdia, junção de corações, exige uma só mente. E esta só pode estar em Deus.
Perdoar. Eis um chamado difícil.
Ainda mais quando envolto em divergências religiosas. Divergências sobre a verdade do nosso próprio Pai.
Mas o serviço que Cristo nos deixou como caminho. O chamado para sermos servos é enfatizado por Francisco.
O pobrezinho de Assis exortou seus irmãos a pregarem aos infiéis sobretudo com gestos de amor.
Eis como o cristão deve ser reconhecido: pelos seus gestos de Amor.
E é assim, numa oração com as almas dos justos que ali estavam, por eles, pelo Senhor que a tudo preside, pelos que mataram, que devemos confiar o coração de todos nós ao Santo Espírito e apenas assim os rancores e tristes lembranças daquele momento poderão ser superados e conduzir a humanidade a um passo a mais no caminho do Reino de Deus.
Paz e Bem!
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Consolidação do Blog - FFB
Nosso Blog acaba de completar os 300 acessos!
Não é muito, mas é uma forma de colocar mais uma pedra na contínua construção de nossa igrejinha.
É o suficiente para ficarmos felizes e ver que estamos a contribuir com a Evangelização e a reflexão dos diversos aspectos que sedimentam a nossa fé em Cristo.
Muito obrigado a todos que colaboraram com este momento. Que Nossa Senhora nos guie e Deus nos conceda a graça de multiplicarmos bem mais esse serviço.
Até lá, a companhia de vocês é nossa grande alegria.
E esse júbilo é maior devido ao fato de hoje a região Nordeste da Família Franciscana do Brasil estar reunida no Convento de Santo Antônio para sua assembléia avaliativa, onde Santa Clara dará o norte das meditações.
Sejam todos bem vindos.
Abraços fraternos, Paz e Bem!
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Natividade de Maria
Ordem Franciscana Secular: São Francisco, o "Repetitor Christi"
terça-feira, 7 de setembro de 2010
O homem e a oração: a partir do Cristo
«Jesus foi para o monte fazer oração e passou a noite a orar a Deus»
Os contemplativos e os ascetas de todos os tempos e de todas as religiões sempre procuraram a Deus no silêncio, na solidão dos desertos, das florestas, das montanhas. O próprio Jesus viveu quarenta dias em absoluta solidão, passando longas horas num coração a coração com o Pai, no silêncio da noite.Nós próprios somos chamados a retirar-nos a espaços para um silêncio mais profundo, para um isolamento com Deus; a estar a sós com Ele, não com os nossos livros, os nossos pensamentos, as nossas recordações, mas num despojamento perfeito; a permanecer na Sua presença - silenciosos, vazios, imóveis, expectantes.Não podemos encontrar a Deus no barulho, na agitação. Veja-se na natureza: as árvores, as flores e a erva dos campos crescem em silêncio; as estrelas, a lua, o sol movem-se em silêncio. O essencial não é o que possamos dizer mas o que Deus nos diz e o que Ele diz a outros através de nós. Ele escuta-nos no silêncio; no silêncio fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de escutar a Sua voz:
Silêncio dos nossos olhos.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Sobre atualizações do Blog
A Fraternidade, todavia, não se furta de suas tarefas e está feliz em preparar a recepção para os Franciscanos que chegam para participar das primeiras atividades do mês de setembro, como a Assembléia Regional da FFB (dias 10 a 12) e a celebração das chagas de São Francisco na ordenação episcopal de Frei Magnus (dia 17, Catedral Metropolitana de Natal, 19h).
Damos boas vindas em particular aos irmãos de Recife e Ouricuri.
Por fim, este mês haverá o tradicional serviço do "almoço dos pobres" no Convento de Santo Antônio, dia 26 de setembro, e o Dia "D" Franciscano do Distrito Natal no dia 19 de setembro (terceiro domingo) em Canguaretama.
Abraços, vamos recomeçar,
Paz e Bem!
Fabiano Mendonça