Não devemos esquecer que o culto não deve nos afastar do amor de Deus. O culto é uma decorrência natural da forma de demonstrar amor à Santíssima Trindade. Pode ser também que ele seja o caminho para a descoberta desse amor.
Mas, de uma forma ou outra, o amor a Deus sempre estará em primeiro lugar.
Certo, todavia, que as tradições e rituais desempenham um papel fundamental na catequese e na manutenção da fé, é importante estarmos sempre com o coração voltados para Deus.
Algumas notícias do que ocorre no mundo, todavia, trazem-nos a reflexão sobre a dificuldade em matermo-nos unidos. Oremos para que o amor do Pai, uno e onipotente, seja sempre nossa fonte de felicidade, para que saibamos compreender o outro e para que os filhos de Deus sempre se voltem para o Pai em momentos de dúvida.
- Israel: judeus protestam contra proibição de segregação em escola.
Judeus ortodoxos asquenazis protestam contra decisão da Suprema Corte israelense que determinou que aceitassem em sua escola crianças sefaraditas.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2010/06/17/israel-judeus-protestam-contra-proibicao-de-segregacao-em-escola.jhtm- Conselho Episcopal Italiano apresenta declaração sobre símbolos religiosos cristãos em salas de aula.
Corte Européia de Direitos Humanos entendeu que a presença de crucifixos em sala de aula agride a liberdade religiosa.
http://www.arautos.org/view/show/16834-a-presenca-do-crucifixo-nao-e-sinal-de-exclusao-mas-de-identidade-dialogo-e-respeito-declaram-bispos-italianosNessas horas, lembremos da tolerância. Mas que essa tolerância não signifique a não exposição de nossas convicções. Caso contrário, significaria um veto a todas as práticas que, por sua história e tradição, tenham construído símbolos próprios.
Aceitar e compreender, não esconder ou retirar.
É claro que a pregação de unidade é um aspecto central de vários credos, e começo pelo cristianismo. Mas essa pregação só existe exatamente porque existe a diferença.
O fato de, historicamente, vários grupos de pessoas, unidos por
elementos religiosos comuns terem sido fontes de conflitos, sofrimento e divisão, não altera o pedido religioso universal por fraternidade e união entre os homens. Antes, devemos ver as vitórias e os passos que resultam desse desejo de pertença a um Deus único. A religião não dividiu, pelo contrário, evitou conflitos e possibilitou a paz. Agora, ela só existe como tal porque o homem é sujeito a paixões que o afastam de Deus. E não será diferente de uma hora para outra. Se essas paixões geraram conflitos, ainda que em nome de Deus, o não-crente - até por não acreditar em Deus ou em certos dogmas - não poderá, por ser assim, creditar esses conflitos à divindade. Antes aos homens ou seus discursos de ocasião.
Pergunta-se: então tudo que separa está excluído de Deus? Resposta: sim, está. Não é questão de defender idéias bonitas a qualquer custo, é uma questão conceitual de bem e mal.
Enfim, tolerância, não podemos exigi-la dos outros, mas podemos praticá-la.
Paz e Bem!