Não se trata de relembrar um sofrimento ou venerar um objeto de tortura. Antes, como Santo André Bessettte, lembrar que ali sofre nosso irmão.
Mas um sofrimento, que na paixão de Cristo, é morte e, sobretudo, ressurreição. É a lembrança de que devemos ter a fortaleza de suportar os sofrimentos e transtornos deste mundo para, com mansidão e sabedoria, superá-los. Ver numa dificuldade um convite à conversão diuturna.
Na Cruz de Cristo as portas do céu nos foram franqueadas.
Lembra o Papa Bento XVI (em "Jesus de Nazaré"), que Cristo desde o início dos tempos desceu à humanidade. Foi vivendo todas as dificuldades do homem que ele recolheu nossos pecados e misericordiosamente redimiu-os.
Hoje, a cruz nos lembra que Cristo foi levantado para a salvação do mundo (Jo 3: 14, 17).
Não adiantaria entregar sabendo aos poucos que ressuscitaria, se, por graça divina, não sofresse todo o martírio.
Sabemos que o sol renasce a cada dia, mas vivemos cada momento de acordo com o que ele nos traz.
Ter a cruz ao peito, mais do que pertencer a uma religião, significa lembrar de carregar o peso de nossa condição e do poder daquele que nos salva, entregando sua própria vida em sinal de redenção e amor.
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