Crer em Deus é agir com Ele.
Não serão sacrifícios rituais e apenas exteriores ao coração que nos colocarão em sua companhia. E sim o gesto que brota do íntimo do ser, como uma planta que faz o seio da pequena semente mostrar-se na terra onde antes estava escondida.
Oferta de gestos, da vida de outros seres e, relembrando Abraão (como faz Miquéias, no capítulo 6:7 de sua profecia), até a mais profunda, a de um filho, não é a própria oferta.
A harmonia da natureza já é de Deus e Ele a conhece (Sl 49:10-13). Ele não precisa pedir-nos ou depende da carne que ofertaríamos.
Contará com Deus aquele que cumprir as promessas a Ele feitas. Mas quem usa sua boca para o mal e os lábios para tramar fraudes, falar ou desonrar o irmão, este terá contra e diante de si os próprios pecados (Sl 49:19-21).
O verdadeiro sacrifício agradável ao Senhor é fazer-lhe companhia. Assumir as próprias culpas e, diante de sua santidade, apresentá-las e manter-se firme no seu caminho.
Na certeza da presença de Jesus, essa fé que brota do fundo do coração e da alma, com força e inteligência (Lc 10:27) é que deve fazer-nos reconhecer sua participação no mistério da Trindade e a presença de Deus em nossas vidas.
Não será por sinais externos, ocasionais e estéreis que veremos a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo ou, mais, que demonstraremos que Deus está, habita, em nosso coração. Mas antes, é preciso pensar: queremos realmente crer? Precisamos ver algo acontecer? Quero realmente saber se é verdade? Ou apenas criticar, ter mais um motivo de perguntar mais?
Por isso, Cristo fala que uma "geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado" (Mt 12:39).
Numa alusão a sua futura ressurreição, o Cristo diz que tal qual Nínive se converteu depois de seus pecados ao sinal do livro de Jonas (três dias no ventre da baleia), também os incédulos deveriam ver nele alguém com uma mensagem muito maior e mais sábio que Salomão ou seriam bem mais condenáveis que aquele povo.
Aquele que caminha com Deus vê de tal maneira seus sinais em sua vida que ela mesma passa a ser manifestação da glória divina em seus pequenos detalhes. De tal forma que não vê o Senhor a necessidade de intervir com momentos de maravilhas fora do comum.
Sabemos de nossas fraquezas, mas é com mansidão e discernimento que poderemos pregar o Evangelho; através do diálogo, da FÉ e da compreensão.
Paz e Bem!
"Meu sacrifício é um espírito contrito. Um coração contrito e esmagado tu não o desprezas." (Sl 50:19)
(na segunda-feira da 16ª semana comum, ano par)
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