Cristo já dissera que Ele era aquele a quem chamava de Pai, e destes eram as palavras que proferia (Jo 14:10). Mais, quem Nele cresse, ou seja, quem o visse com os olhos do Espírito, poderia fazer também obras em nome do Pai. "Ele" prometeu fazer tudo aquilo que, em seu nome, fosse pedido ao Pai, para que este fosse glorificado no Filho (Jo 14:13).
Mas foi preciso retomar a afirmação, agora de modo mais didático: é como uma videira e seus ramos (Jo 15:1-8). Estes (nós) precisam estar na videira (Cristo), para frutificar. O agricultor (Pai) cuida para que assim seja, mantendo fixos a Cristo aqueles ramos que frutificam (Ele não perderá aquele que o Pai Lhe entregou).
E a Palavra - que provém do Pai através do Filho - limpa o ramo para que esteja apto a sua missão.
E Ele explica: "Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. Nisto meu pai é glorificado: que deis muito fruto e vos tornei meus discípulos." (Jo 15:7-8).
Então, passamos a compreender melhor.
O fato de ser feito o que pedimos repercute na glorificação do Pai. E esta glorificação é darmos fruto. Frutos do Pai.
E damos fruto ao mesmo que tempo em que somos discípulos do Filho. Daí o Pai ser glorificado no Filho. E esses frutos são as boas obras.
Pois todo o bem dele provém. Portanto, ao fazermos boas obras, em união com os mandamentos de Cristo (amando a Deus sobre todas as coisas e vendo-o no próximo), fazemos com que as graças divinas cheguem à Terra através de nós. Como os ramos de uma parreira fazem a seiva chegar à uva.
E nenhum desejo é maior, para aquele que logra estar em união com Deus e com o outro, do que ver a bondade ser praticada. Tudo que de verdadeiramente bom no íntimo desejarmos será tornado realidade. Tudo o que então pedirmos ao Pai em nome dos ensinamentos do Cristo, em nome deste e do que ensinou sobre viver em comunhão com os irmãos na Terra servindo ao Pai, já é uma realidade.
Através de nós jorrarão, frutificarão, boas obras; mas uma em cada ramo, cada uva proporcionando seu pequeno sabor e sem se confundir com a que está ao seu lado.
Não esqueçamos jamais: "Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. Nisto meu pai é glorificado: que deis muito fruto e vos tornei meus discípulos".
Paz e Bem!
Será que sabemos pedir?
ResponderExcluirDeus nos dá o que precisamos, não o que queremos, mas o que Ele quer.
Essa é uma importante conseqüência do temor a Deus. De sabermos que somos criatura e não criador.
Voltemo-nos para a imagem de Nossa Senhora das Graças: ela espalha raios de graças vindos do Pai.
Se Deus sabe o que precisamos, por que precisamos pedir?
Na verdade, o pedir, o estar com Deus, é ir para onde a luz alcança. É unir-se com Deus em oração. Esse é o nosso movimento, ir ao encontro do Pai. É o nosso pedir.
Pois, "não tentarás ao Senhor teu Deus", não podemos pedir que ele mova sua luz até nós. Mas ainda assim, nisso reside nossa última esperança quando em meio às trevas.
Parabéns Professor pela iniciativa de utilizar um de seus dons para engradecer a palavra do Pai! Muita luz e paz em seu caminho.
ResponderExcluirAbraço.
Hirdan