Temos papa. Um jesuíta sul americano. Francisco I. Em todo caso, estou emocionado. Vai e restaura a nossa casa. Oremos pela Igreja. Paz e Bem!
Cristo é a cabeça da Igreja. Contemos com seu apóstolo.
Blog destinado à espiritualidade franciscana e divulgação das atividades da Fraternidade OFS São Francisco de Assis, em Natal-RN-Brasil
"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)
Temos papa. Um jesuíta sul americano. Francisco I. Em todo caso, estou emocionado. Vai e restaura a nossa casa. Oremos pela Igreja. Paz e Bem!
Cristo é a cabeça da Igreja. Contemos com seu apóstolo.
Adriano (iniciante), Frei Xavier (assistente espiritual), Verônica (responsável pela formação), Marise (secretária) e Luís (vice-ministro) durante uma das reflexões |
Durante a celebração no Convento de Santo Antônio |
A Fraternidade em momento de confraternização e alegria com toda a Família Franciscana |
2ª semana da Quaresma, sexta-feira (Gn 37,3-4.12-13a.17b-28; Sl 104,16-21; Mt 21,33-46)
O envio do Filho. Por temor, por ignorância, por redenção. Esse é um tema que antecede a compreensão da grandeza de um Deus que se faz homem. E, diante da Campanha da Fraternidade, vemos nossos filhos serem chamados a dizer "envia-me, Senhor". E estes filhos somos nós mesmos, Filhos de Deus, frutos da evangelização.
"Enviai-me", esse foi o pedido que o profeta Isaías deixou escrito no que hoje temos como capítulo 6 de seu livro. Mas no capítulo antecedente (5), ele dizia:
meu amigo possuía uma vinha num outeiro fértil. Ele a cavou e tirou dela as pedras; plantou-a de cepas escolhidas. Edificou-lhe uma torre no meio, e construiu aí um lagar. E contava com uma colheita de uvas, mas ela só produziu agraço. E agora, habitantes de Jerusalém, e vós, homens de Judá, sede juízes entre mim e minha vinha. […] A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e os homens de Judá são a planta de sua predileção. Esperei deles a prática da justiça, e eis o sangue derramado; esperei a retidão, e eis os gritos de socorro. Ai de vós, que ajuntais casa a casa, e que acrescentais campo a campo, até que não haja mais lugar, e que sejais os únicos proprietários da terra. (vv. 1-3, 7-8)
O Senhor usa a idéia da vinha e, no Evangelho de hoje, podemos ler: "finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho, pensando: 'Ao meu filho eles vão respeitar'" (Mt 21:37).
Nesta acusação que o Cristo fez aos sumos sacerdotes e fariseus, a vinha já produz. Porém, outros vêm e apossam-se dele, impedindo que os frutos da videira cheguem ao Senhor. Ao contrário, apesar do que possam dizer ou do que prometeram, querem-nos apenas para si.
E, para não sermos os novos arrendatários maus desta vinha, o que Deus espera que façamos? Está escrito: espera de nós a prática da Justiça que poupa o sangue, a vida terrena, dos irmãos, e a retidão, que alivia o fardo e o desespero dos que esperam salvação. Na vocação franciscana, isso está presente na radicalidade, totalidade e permanência do seguimento de Jesus em comunhão fraterna (Benedetto LINO, ofs, projeto de formação permanente, dossiê mensal n. 36, a. 3, dez. 2012, disponível em http://www.ciofs.org/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=605%3Amonthly-dossier-december-2012&catid=34%3Amaterials&Itemid=4&lang=es).
O mesmo "eis-me aqui" de Isaías (Is 6:8) também é dito, na leitura de hoje, por José - "eis-me aqui" (Gn 37:13) – quando Israel, seu pai, o chama e diz: "vou enviar-te a eles", teus irmãos (Gn 37, 12) "Vá ver como estão seus irmãos e o rebanho, e traga-me notícias" (Gn 37:14).
Temos essa disponibilidade de José? Apresento-me e digo "envia-me"?! Vou onde quer que estejam meus irmãos, com carinho, cuidado, para entregar a eles junto comigo? Trazer deles boas notícias a Deus? Como está o rebanho?
José vai. E é vendido como escravo. Que destino é esse? Que plano preparado por Deus que envia e depois aprisiona? Aprisiona, mas aprisiona em Cristo (Ef 3:1) e em seu caminho de liberdade.
Assim é que José vai ao Egito e depois se torna fonte de salvação para seus irmãos.
Da mesma forma é Deus conosco em nosso dia-a-dia. Ele nos aponta para onde ir. A entrega exige que não nos preocupemos com o que vamos encontrar no caminho. Não saberemos (Mt 5:36-37: "você não pode fazer um só fio de cabelo ficar branco ou preto. Diga apenas 'sim', quando é 'sim'; e 'não', quando é 'não'"; Mt 6:34: "não se preocupem com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações"; Mc 13:11: "Quando conduzirem vocês para serem entregues, não se preocupem com aquilo que vocês deverão dizer"; Lc 9:3: "Não levem nada para o caminho"; Mt 6:28: "Olhem como crescem os lírios do campo"). Precisamos compreender bem o significado de dizer "venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa Vontade", não a minha.
Devemos mantermo-nos firme e seguir o caminho que Ele nos aponta. Porém, o monte belo e maravilhoso que possamos vislumbrar no final não é nossa meta, mas apenas a direção. Muitas vezes, o que Ele deseja para nós não está lá, mas em algum ponto no meio do caminho. Ali é nossa chegada e um novo início, até realizarmos o seu desejo e assim, dar passos na nossa missão, a qual apenas se completa quando, puros, estivermos na presença do trono celeste.
Vamos aos irmãos!
Paz e Bem