Franciscanos Seculares em Natal

Estruturada a partir de Fraternidades Locais, a Ordem Franciscana Secular compõe-se de pessoas que, assumindo sua condição de batizados, propõem-se a, no estado secular, seguir o Evangelho conforme o exemplo de São Francisco, observando a Regra e Vida da OFS. A Fraternidade São Francisco de Assis integra a Família Franciscana do Brasil e fica na Cidade Alta (Centro), em Natal-RN. Foi a primeira da cidade.

Levar o Evangelho à Vida

"Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho." (Evangelii Gaudium, n. 127)

Oração de São Francisco


quarta-feira, 28 de julho de 2010

Riqueza e probreza

Pobre: o que nada tem a ofertar.
Fazer-se igual ao pobre: renunciar à riqueza para buscar o irmão.
Segue comentário ao Evangelho enviado pelos Arautos do Evangelho.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Boaventura (1221-1274), franciscano, Doutor da IgrejaVida de São Francisco, Legenda major, cap. 7 (a partir da trad. de Vorreux, Eds franciscaines 1951, p. 122)
A pérola de grande valor
De entre os dons espirituais recebidos da generosidade de Deus, Francisco obteve em particular o de enriquecer constantemente o seu tesouro de simplicidade graças ao seu amor pela extrema pobreza. Vendo que aquela que tinha sido a companheira habitual do Filho de Deus se tornara, nessa altura, objecto de uma aversão universal, tomou a peito desposá-la e devotou-lhe um amor eterno. Não satisfeito em «deixar por ela pai e mãe» (cf. Gn 2, 24), distribuiu pelos pobres tudo o que pudesse ter (cf. Mt 19, 21). Nunca ninguém guardou tão ciosamente o seu dinheiro como Francisco guardou a sua pobreza; nunca ninguém vigiou o seu tesouro com maior cuidado do que o que ele colocou em guardar esta pérola de que fala o Evangelho.Nada o magoava mais do que encontrar junto dos seus irmãos qualquer coisa que não fosse perfeitamente conforme à pobreza dos religiosos. Pessoalmente, desde o princípio da sua vida como religioso até à morte, não teve senão uma túnica, uma corda a servir de cinto e umas bragas como única riqueza; não precisava de mais nada. Acontecia-lhe muitas vezes chorar ao pensar na pobreza de Cristo Jesus e na de Sua Mãe. Dizia ele: «Aqui está a razão pela qual a pobreza é a rainha das virtudes: pelo esplendor com que brilhou no «Rei dos reis» (1Tm 6, 15) e na Rainha Sua Mãe.»Quando os irmãos lhe perguntaram um dia qual era a virtude que nos torna mais amigos de Cristo ele respondeu abrindo-lhes, por assim dizer, o segredo do seu coração: «Sabei, irmãos, que a pobreza espiritual é o caminho privilegiado para a Salvação, visto que é a seiva da humildade e a raiz da perfeição; os seus frutos são incontáveis, embora escondidos. Ela é esse «tesouro escondido num campo», do qual nos fala o Evangelho, pelo qual é necessário vender tudo o resto e cujo valor deve impelir-nos a desprezar todas as outras coisas.»

Festa de Santa Maria dos Anjos

Aproxima-se o dia de Santa Maria dos Anjos, 2 de agosto. Nessa data, a Igreja proporciona a indulgência plenária ou "perdão de Assis" àqueles que observarem as devidas condições.
"Uma noite do ano de 1216, Francisco estava em oração e contemplação na igreja da Porciúncula, quando repentinamente a igrejinha se encheu de uma vivíssima luz, e Francisco viu sobre o altar o Cristo revestido de luz e a sua direita a sua Mãe Santíssima, rodeados de uma multidão de Anjos. Francisco com o rosto na terra adorou ao seu Senhor em silêncio.
Eles lhe perguntaram, então, o que desejava para a salvação das almas. A resposta de Francisco foi imediata: 'Santíssimo Pai, ainda que eu seja um pobre pecador, te rogo que a todos que, arrependidos de seus pecados e confessados, venham visitar esta igreja, lhes conceda amplo e generoso perdão, com uma completa remissão de todas as culpas'."

Visita à Toca de Assis

Ontem a fraternidade realizou visita à Casa feminina Nossa Senhora dos Pobres, da Toca de Assis, em Natal-RN.
O grande objetivo foi o de promover uma maior integração do carisma franciscano e através da oração aumentar o serviço aos pobres.
Na ocasião, foi realizada uma doação de alimentos para as obras da Toca, feita a oração operários do reino e visita ao Santíssimo.
Além disso, o momento serviu para animar ainda mais o desejo de construir boas obras em prol do Reino de Deus.
A visita foi motivo de grande alegria e partilha de ideais e idéias entre os presentes.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Do Evangelho à vida: minhas palavras, teus lábios


(quando menos se espera, Deus nos fala)

Quero ser boa semente, ó Senhor! Aquela que, caindo em Terra boa, produz muito frutos.
Quero ser semente para o semeador. (ver texto céu e terra)


“Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo” (Jr 1:8)


Jeremias recebeu a palavra de Deus para arrasar, demolir tudo o que de distante de Deus se encontrava, mas para depois “construir e plantar” (Jr 1:10). Para, com a Palavra, construir uma nova aliança.
“Eis que chegarão dias em que eu semearei […] sementes de homens […] para construir e plantar”, diz o Senhor (Jr 31:27-28)
Mas eu preciso fazer-me semente (como se fazer o próximo). Para isso, devo manter-me no caminho de Deus, onde posso frutificar. Devo, então, afastar as tentações.

Na parábola do semeador há esse caminho (v.g. Mt 13:1-9 e 18 segs.), o qual deve ser completado com os ensinamentos que o próprio Cristo faz acerca das tentações no deserto (Lc 4:1-13). São três passos, aplicáveis a cada passagem da Bíblia.

- a Sagrada Escritura traz a descrição de uma verdade, de um fato;
- a Sagrada Escritura tem lições que podem ser aplicada a nossa vida, ao que vivemos psicologicamente, ao nosso trabalho, ao nosso lar;
- a Sagrada Escritura contém a Verdade divina, de profundo saber e interpretação teológica.

Também três são os momentos a observar aqui:

Quando estamos áridos, o primeiro desejo é o de transformar as pedras em pão. Mas nem só de pão, do terreno, das coisas do mundo, vive o homem, mas, sobretudo, de Deus.
Mas esse seria um exemplo impossível para nós, transformar uma pedra em pão? Não, não é, se lembrarmos que falamos de Jesus. E a nós? A nós aproveita, sim, o ensinamento.
Tornar a pedra em pão é fazermos o que é para nós fácil e está ao nosso alcance. Simplesmente desobedecer o que deve ser feito e aproveitarmo-nos das facilidades que o mundo oferece para saciar nosso desejo.
É a semente que cai à beira do caminho, que se aliena das coisas do alto, que não compreende a Palavra de Deus.

Se superamos essa fase, a tentação persiste (“meu filho, se você se apresenta para servir ao Senhor, prepare-se para a provação” – Eclo 2:1) e faz crer que o certo é errado e difícil, mas: só a Deus adorarás! (Lc 4:8) Somos levados a crer que, com um pouco do que é errado, do mal, alcançaremos a paz. Porém, o sacrifício do Bem não abranda o mal.
Esta é a semente que está em terreno pedregoso e que, diante das perseguições, por não ter raiz, desiste nas tribulações.

Por fim, somos tentados, se resistimos a essas fases, a sermos vencidos pelo cansaço, a desistir da prática evangélica, a não resistir. Somos tentados a jogarmo-nos no abismo porque não haveria outra saída e aguardar pelos anjos. Mas o Senhor já nos mandou ao mundo!
E não tentarás o Senhor, teu Deus! (Lc 4:12)
É quando distorcemos o nosso próprio entendimento, somos tomados pelo que há de errado e não conseguimos mais discernis os sinais que nos chegam. Nossa mente não está mais nos céus. Mesmo que tenhamos vencido as fases anteriores, mas a tentação também se fez mais forte.
Contudo igualmente grande também será a libertação.
São aqueles presos pelas estruturas do mundo, pelas ilusões terrenas, que estão entre os espinhos, que impedem os frutos.
Não devemos tentar tornar a nosso favor preceitos que claramente são contrários. É fácil mudar o sentido. O mais difícil não é cumprir as leis, mas ver os erros que cometemos. Atualizar o que Deus pede é importante, pois Ele vive, mas isso não significa mudar o que claramente dizem em sua essência. “Eles dizem: ‘somos sábios, temos a Lei de Javé’. Mas a caneta falsa do escriba transforma em mentira a Lei de Deus” (Jr 8:8).

Na terra boa, estará aquele que ouve a Palavra, compreende-a e, assim, frutifica.

Cristo sempre semeia bem.

“Maldito o homem que confia no homem e que busca apoio na carne” (Jr 17:5). “Quando alguém puder medir o tamanho do céu nas alturas ou examinar com cuidado os profundos alicerces da terra, só então eu rejeitarei o povo inteiro de Israel por causa de tudo o que ele fez” (Jr 31:37). (Eles serão o meu povo e eu serei o Deus deles)


Não há como Deus nos abandonar, mas sempre que julgamos confiar apenas nas nossas razões, na nossa exclusiva capacidade de resolver os problemas, afastamo-nos dele, pois admoestou São Francisco: “Bem-aventurado o servo (Mt 24,46) que não se exalta mais por causa do bem que o Senhor diz e faz através dele do que pelo que diz e faz através de outro.” (c. XVII.)
Confiemos nas santas palavras da Escritura, sejamos boa semente, humilde e serva do Senhor.
Paz e Bem!


“Muitos olhavam para mim como um prodígio, porque eras tu o meu abrigo seguro.
Minha boca está cheia do teu louvor e do teu esplendor o dia todo.”
(Sl 71:7-8)

terça-feira, 20 de julho de 2010

Do Evangelho à vida: Céu e Terra

Hoje a leitura salmística nos traz mais uma belíssima mensagem:

Da Terra brota a fidelidade, brota o sim de Maria e de cada um de nós, cuidada pelos céus.
Do céu, virá a Justiça de Deus, e dos homens a fidelidade ao seu Amor.
Pois o projeto do homem fica sem sentido se não for ligado (religado, daí religião) aos céus.
Só assim, o pastor guiará seu rebanho para verdes e belas pastagens (Mq 7:14, Sl 23:2).
Por isso, diz Jesus:
todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe” (Mt 12:50).

Então,apenas fazendo na Terra a vontade do Pai, que está no céu, estaremos dentro do Templo do Senhor (Ez 43:5).
E esse fruto do homem será abundante, pois diz o Cristo
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor (Jo 10:10-11).
E “da mesma forma como a chuva e a neve, que caem do céu e para lá não voltam sem antes molhar a terra, tornando-a fecunda e fazendo-a germinar, a fim de produzir semente para o semeador e alimento para quem precisa comer, assim acontece com a minha palavra que sai de minha boca: ela não volta para mim sem efeito, sem ter realizado o que eu quero e sem ter cumprido com sucesso a missão para a qual eu a mandei” (Is 55:10-11)
Cristo-Palavra viva de Deus faz essa missão.
Pois, já dissera Deus: “Conheço meus projetos sobre vocês: são projetos de felicidade e não de sofrimento, para dar-lhes um futuro e uma esperança” (Jr 29:11).
O contrário a esse projeto e fidelidade divinas é ilusão pela qual não devemos deixar-nos guiar (Jr 29:8-9; Mq 2:6-7).
Paz e Bem!
“O Senhor é meu pastor. Nada me falta. Em verdes pastagens me faz repousar; para fontes tranqüilas me conduz” (Sl 23:1-2)
“Apascenta o teu povo com o cajado da autoridade, o rebanho de tua propriedade, os habitantes dispersos pela mata e pelos campos cultivados” (Mq 7:14)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Do Envagelho à vida: crer


Crer em Deus é agir com Ele.

Não serão sacrifícios rituais e apenas exteriores ao coração que nos colocarão em sua companhia. E sim o gesto que brota do íntimo do ser, como uma planta que faz o seio da pequena semente mostrar-se na terra onde antes estava escondida.

Oferta de gestos, da vida de outros seres e, relembrando Abraão (como faz Miquéias, no capítulo 6:7 de sua profecia), até a mais profunda, a de um filho, não é a própria oferta.

A harmonia da natureza já é de Deus e Ele a conhece (Sl 49:10-13). Ele não precisa pedir-nos ou depende da carne que ofertaríamos.

Contará com Deus aquele que cumprir as promessas a Ele feitas. Mas quem usa sua boca para o mal e os lábios para tramar fraudes, falar ou desonrar o irmão, este terá contra e diante de si os próprios pecados (Sl 49:19-21).

O verdadeiro sacrifício agradável ao Senhor é fazer-lhe companhia. Assumir as próprias culpas e, diante de sua santidade, apresentá-las e manter-se firme no seu caminho.

Na certeza da presença de Jesus, essa fé que brota do fundo do coração e da alma, com força e inteligência (Lc 10:27) é que deve fazer-nos reconhecer sua participação no mistério da Trindade e a presença de Deus em nossas vidas.

Não será por sinais externos, ocasionais e estéreis que veremos a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo ou, mais, que demonstraremos que Deus está, habita, em nosso coração. Mas antes, é preciso pensar: queremos realmente crer? Precisamos ver algo acontecer? Quero realmente saber se é verdade? Ou apenas criticar, ter mais um motivo de perguntar mais?

Por isso, Cristo fala que uma "geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado" (Mt 12:39).

Numa alusão a sua futura ressurreição, o Cristo diz que tal qual Nínive se converteu depois de seus pecados ao sinal do livro de Jonas (três dias no ventre da baleia), também os incédulos deveriam ver nele alguém com uma mensagem muito maior e mais sábio que Salomão ou seriam bem mais condenáveis que aquele povo.

Aquele que caminha com Deus vê de tal maneira seus sinais em sua vida que ela mesma passa a ser manifestação da glória divina em seus pequenos detalhes. De tal forma que não vê o Senhor a necessidade de intervir com momentos de maravilhas fora do comum.

Sabemos de nossas fraquezas, mas é com mansidão e discernimento que poderemos pregar o Evangelho; através do diálogo, da FÉ e da compreensão.

Paz e Bem!


"Meu sacrifício é um espírito contrito. Um coração contrito e esmagado tu não o desprezas." (Sl 50:19)

(na segunda-feira da 16ª semana comum, ano par)

sábado, 17 de julho de 2010

Do Evangelho à vida: aproximar-se de Deus


Estar com Deus, seguir seus mandamentos, é estar em Paz.

Mas será fácil seguir esses preceitos? Será difícil estar em Paz?

Moisés diz ser preciso converter-se "com toda a tua alma" (Dt 30:10).

Aparentemente impossível, contudo, ele mesmo ensina que isso não está fora de nosso alcance.

Não é algo impossível de ser buscado, mas na verdade foi colocada em nossa boca e nosso coração. Basta procurarmos a santidade impressa neles para encontrar a Paz contra as tentações do mundo (Dt 30:14). "Veja: estou colocando minhas palavras em sua boca" (Jr 1:9).

Como compreender isso se às vezes temos tantos desejos que fogem ao caminho de Deus?

Não pensemos em como o mal penetra nos nossos pensamentos, como a perturbação o atinge, mas em como podemos confiar que nele há o Bem.

É por isso que Paulo responde com firmeza: "Em nome da graça que me foi concedida, eu digo a cada um de vocês: não tenham de si mesmos conceito maior do que convém, mas um conceito justo, de acordo com a fé, na medida em que Deus concedeu a cada um" (Rm 12:3). Deus chama cada um com aquilo que pode dar, como fez com Paulo. Ele chama no estado em que nos encontramos.

E essa vocação acontece a cada instante. Viver é um chamado.

Portanto, temos apenas que acreditar, semos nós mesmos e nos afastarmos de tudo aquilo que nos atrai para fora da estrada de Cristo.

Se somos chamados, é porque o que temos e sabemos será importante em algum momento do jeito que fazemos.

O sacrifício que Deus quer só é sacrifício aos olhos dos outros. A quem o faz soa sempre como música suave. Porque Sua carga é suave e Seu fardo é leve (Mt 11:30).

Os planos pessoais (que estejam de acordo com o Bem) só podem ser postergados se isso não for prejudicar o bem que eles podem trazer - a si e aos outros - ou se a pessoa se sente especialmente impulsionada para uma nova atividade. Deus não habita na dúvida, sim na fé.

Os preceitos do Senhor são claros e alegria para a alma (Sl 19:9). E da fé se faz o exemplo.

É por isso que Cristo nos ensina que devemos amar a Deus sobre todas as coisas. Um Deus que podemos chamar de Pai e que pode ser invocado em todo lugar, desde que nos comprometamos com ele (Pai nosso...). Está em nossas palavras e em nosso coração...

E esse Deus não é inacessível, mas pode ser visto no outro, no próximo. Pois, como disse São João Batista, "o Reino do Céu está próximo" (Mt 3:2).

Aquilo que era tão distante, o céu distante que Moisés já avisara não ser o esconderijo da salvação, estava perto. E essa boa notícia seria trazida por Jesus.
Mas apenas entrará no Reino do Céu aquele que põe em prática a vontade do Pai, "que está no céu" (Mt 7:21), socorre o oprimido (Is 1:17, 56:1) e combate a injustiça. "Se você fizer isso, a sua luz brilhará como a aurora [...] e a glória de Javé virá acompanhando você. Então você clamará [...] e Javé responderá: 'Estou aqui!'" (Is 58:8-9).
Porque você estará ao Seu lado, em Sua companhia e o sofrimento que você sentir é o que Ele sentirá, com o remédio que já tem preparado.

Portanto: ver a Deus no outro e assim amar ao próximo como a si mesmo (Lc 10:27). Tal também nos lembra SS Pp. Bento XVI na Carta Ecíclica "Deus Caritas Est".

A questão central, portanto, não é perguntar quem é o próximo (Lc 10:29), mas fazer-se próximo! Disse Jesus: "vai e faze a mesma coisa" (Lc 10:37), "sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês que está no céu" (Mt 5:48).

E a perfeição é esse chamado a deixar revelar a santidade que habita nosso ser. Novamente, é Paulo que afirma que devemos olhar para a frente, em direção ao Alto: "todos nós que somos perfeitos devemos ter esse sentimento. E, se em alguma coisa vocês pensam de maneira diferente, Deus os esclarecerá." É ter esperança.

Assim, somos chamados a fazermo-nos próximos de Jesus. Pela oração e pelo outro.

Apenas isso pode reduzir a agitação de nosso coração, como o Senhor alertou a Marta, que trabalhava, enquanto Maria ouvia as lições de Jesus.

Apenas com o coração em Cristo nossas ações terrenas terão sentido.

Uma ação terrena que rompe com preconceitos e não reduz a pessoa a um mero serviçal excluído do acesso à Verdade.

Diz Jesus: "Marta! Tu te preocupars e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária" (Lc 10:41-42). Ouvi-Lo. E depois, deixar que sua Verdade penetre em nosso coração e saia por nossa boca.

É a disponibilidade do serviço de Abraão (Gn 18:3 e segs), de Paulo, que leva à companhia do Senhor (Sl 15).

A lição clara de Francisco ajuda-nos a tudo compreender quando diz que somos mães de Nosso Senhor Jesus Cristo "quando o trazemos em nosso coração e nosso corpo através do amor e da consciência pura e sincera; damo-lo à luz por santa operação que deve brilhar como exemplo para os outros" (2Fi:53).

Paz e Bem!